quinta-feira, 29 de abril de 2010

A BEM AVENTURANÇAS XX

Não Matarás (Mt 5.21-26) “21Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. 23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. 25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. 26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.” Nestes versos temos o primeiro dos seis exemplos que Jesus apresenta sobre a sua interpretação da Lei, em contraposição aos ensinamentos e interpretação dos escribas e fariseus, Jesus apresenta seis contrastes, cada um introduzido mediante a fórmula que diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos…Eu, porém, vos digo…” Versos 21; 27; 31; 33; 38; 43. É desta maneira que devemos interpretar Mateus 5, e quase todo o Sermão do Monte. Toda essa porção esta associada, atrelada ao verso 20 que declara – “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.”. O contraste que Jesus faz não é entre a Lei de Moisés e seu ensino, mas o entre a falsa interpretação da Lei de Moisés, pelos escribas e fariseus, e a apresentação autêntica da Lei, por aquele que foi o próprio autor da Lei, Jesus Cristo-(Jeová Elohin). Lembre o apóstolo Paulo em Romanos 7, onde declara que no passado pensara estar observando a Lei. Até que percebeu o verdadeiro espírito da Lei. Neste primeiro trecho temos uma perfeita interpretação que os escribas e fariseus faziam com a Lei. Verso 21 “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento”. Nâo matarás é um do Dez Mandamentos, mas percebamos que “não matarás” (Dt 5.17) é o mandamento e a parte “quem matar estará sujeito a julgamento” que se encontra em Números 35.30-31, é um acréscimo do escribas e fariseus, que juntavam essas duas passagens de tal modo que reduziam o sentido real desse mandamento. Como se o mandamento “não matarás” envolvesse apenas um caso de assassinato, que redundasse na morte física de alguém. O segundo erro dos escribas e fariseus era o de reduzir a punição do transgressor desta lei a um assunto da esfera dos magistrados civis, das cortes humanas. O juizo desta transgressão seria feito por um tribunal terreno, despindo assim, o verdadeiro sentido, o princípio da Lei. Eles nunca mencionavam o juizo divino. Temos a tendência a isto também, lembrem a estória do jovem rico (Mt 19.16-22), que achava que cumpria os mandamentos, mas estava errado quanto aos princípios da Lei. Jesus retrucou esse ensino errado dos escribas e fariseus e ensina corretamente como devemos interpretar o mandamento de “não matarás”. No verso 22, o Senhor explica – “Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento”, Jesus não estava falando do homicídio físico, mas do homicídio causado pela ira sem motivo, guardada no coração. Odiar, nutrir ressentimentos contra outra pessoa é o mesmo que cometer um homicídio. A ira guardada no coração contra qualquer pessoa, especialmente aos irmãos da fé, é repreensível diante de Deus, é homicídio. Este é o significado real da Lei “não matarás”, diz Jesus. Isto não é tudo, Jesus ainda diz que nunca devemos ser culpados de expressões que manifestem desprezo – “e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal, e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.”. O desprezo é um sentimento de zombaria ou escárnio, é a atitude que acaba impelindo uma pessoa chegar a cometer um suicídio. Muitas vezes temos assasinado uns aos outros, em nossos corações, nas nossas mentes e com nossos comentários. Não é verdade? Jesus então ensina o que devemos fazer, qual deve ser a atitude do verdadeiro cristão – “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.”. Devemos tomar o cuiddo de não tentarmos fazer expiação por nossa pecado, equilibrando o mal com o bem. É o perigo de fazermos sacrifícios litúrgicos na tentativa de encobrir alguma falha moral. Deus não aceita tal manobra. É necessário que eu acerte a situação com meu irmão. Sómente depois poderei retornar e oferecer meu sacrifício. Essas são as condições impostas: arrependimento e confissão de pecado, independente de tudo quanto pudermos fazer. Confiados na graça oferecida por Cristo na cruz do Calvário. Chegue a um acordo imediato com o seu adversário e não seja mais um assassino. Douglas Bataglião,07/04/2010

Um comentário:

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