quinta-feira, 29 de abril de 2010

A BEM AVENTURANÇAS XX

Não Matarás (Mt 5.21-26) “21Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. 23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. 25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. 26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.” Nestes versos temos o primeiro dos seis exemplos que Jesus apresenta sobre a sua interpretação da Lei, em contraposição aos ensinamentos e interpretação dos escribas e fariseus, Jesus apresenta seis contrastes, cada um introduzido mediante a fórmula que diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos…Eu, porém, vos digo…” Versos 21; 27; 31; 33; 38; 43. É desta maneira que devemos interpretar Mateus 5, e quase todo o Sermão do Monte. Toda essa porção esta associada, atrelada ao verso 20 que declara – “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.”. O contraste que Jesus faz não é entre a Lei de Moisés e seu ensino, mas o entre a falsa interpretação da Lei de Moisés, pelos escribas e fariseus, e a apresentação autêntica da Lei, por aquele que foi o próprio autor da Lei, Jesus Cristo-(Jeová Elohin). Lembre o apóstolo Paulo em Romanos 7, onde declara que no passado pensara estar observando a Lei. Até que percebeu o verdadeiro espírito da Lei. Neste primeiro trecho temos uma perfeita interpretação que os escribas e fariseus faziam com a Lei. Verso 21 “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento”. Nâo matarás é um do Dez Mandamentos, mas percebamos que “não matarás” (Dt 5.17) é o mandamento e a parte “quem matar estará sujeito a julgamento” que se encontra em Números 35.30-31, é um acréscimo do escribas e fariseus, que juntavam essas duas passagens de tal modo que reduziam o sentido real desse mandamento. Como se o mandamento “não matarás” envolvesse apenas um caso de assassinato, que redundasse na morte física de alguém. O segundo erro dos escribas e fariseus era o de reduzir a punição do transgressor desta lei a um assunto da esfera dos magistrados civis, das cortes humanas. O juizo desta transgressão seria feito por um tribunal terreno, despindo assim, o verdadeiro sentido, o princípio da Lei. Eles nunca mencionavam o juizo divino. Temos a tendência a isto também, lembrem a estória do jovem rico (Mt 19.16-22), que achava que cumpria os mandamentos, mas estava errado quanto aos princípios da Lei. Jesus retrucou esse ensino errado dos escribas e fariseus e ensina corretamente como devemos interpretar o mandamento de “não matarás”. No verso 22, o Senhor explica – “Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento”, Jesus não estava falando do homicídio físico, mas do homicídio causado pela ira sem motivo, guardada no coração. Odiar, nutrir ressentimentos contra outra pessoa é o mesmo que cometer um homicídio. A ira guardada no coração contra qualquer pessoa, especialmente aos irmãos da fé, é repreensível diante de Deus, é homicídio. Este é o significado real da Lei “não matarás”, diz Jesus. Isto não é tudo, Jesus ainda diz que nunca devemos ser culpados de expressões que manifestem desprezo – “e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal, e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.”. O desprezo é um sentimento de zombaria ou escárnio, é a atitude que acaba impelindo uma pessoa chegar a cometer um suicídio. Muitas vezes temos assasinado uns aos outros, em nossos corações, nas nossas mentes e com nossos comentários. Não é verdade? Jesus então ensina o que devemos fazer, qual deve ser a atitude do verdadeiro cristão – “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.”. Devemos tomar o cuiddo de não tentarmos fazer expiação por nossa pecado, equilibrando o mal com o bem. É o perigo de fazermos sacrifícios litúrgicos na tentativa de encobrir alguma falha moral. Deus não aceita tal manobra. É necessário que eu acerte a situação com meu irmão. Sómente depois poderei retornar e oferecer meu sacrifício. Essas são as condições impostas: arrependimento e confissão de pecado, independente de tudo quanto pudermos fazer. Confiados na graça oferecida por Cristo na cruz do Calvário. Chegue a um acordo imediato com o seu adversário e não seja mais um assassino. Douglas Bataglião,07/04/2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

Globo sai em defesa da lei da Mordaça Gay

Por Angelo Manassés ⋅ abril 22, 2010

Por Julio Severo
Propaganda jornalística da Globo martela, de novo, lei anti-“homofobia” como proteção aos homossexuais

No dia 15 de abril, o Jornal Hoje tocou no assunto do PLC 122, na tentativa de dar uma mão (ou pata) para a ditatorial lei anti-“homofobia” passar.

O jornalismo da Globo, numa verdadeira atitude de preconceito, arrogância e discriminação contra os fatos, apresentou o PLC 122 apenas como uma lei que protege os homossexuais contra o preconceito, frisando o tempo inteiro o PLC 122 apenas como uma lei supostamente benigna que combate crimes contra os homossexuais.

Em nenhum momento, a Globo revelou o fato de que o PLC 122 é uma grave ameaça aos cidadãos brasileiros, instituindo pela primeira vez na História do Brasil o delito de opinião, tornando crime a expressão de toda e qualquer opinião moral, filosófica, científica ou religiosa contrária ao homossexualismo.

Para assistir ao vídeo inédito preparado pelo Blog Julio Severo expondo o jornalismo tendencioso da Globo, siga este link: http://www.youtube.com/watch?v=tO5-fSh0Mog

O que a Globo fez é perfeitamente natural. Para quem há anos defende o adultério, a prostituição (todo relacionamento sexual fora da aliança conjugal), o homossexualismo, a bruxaria e outras perversões em sua programação, seria de surpreender ver a Globo agora fazendo um “jornalismo imparcial” sobre o PLC 122?

A Globo já está fazendo sua parte para aprovar o PLC 122.

Faça agora a sua parte para enfraquecer a propaganda global que defende a ditadura gay mascarada de lei de “proteção aos homossexuais”.

Escreva agora mesmo aos senadores pedindo a rejeição do PLC 122/2006, o projeto da ditadura gay. Para ver a lista completa de emails dos senadores, siga este link: http://juliosevero.blogspot.com/2009/04/cientista-medica-escreve-aos-senadores.html

Ligue agora mesmo aos senadores pedindo a rejeição do PLC 122/2006, o projeto da ditadura gay, pelo telefone gratuito do Senado: 0800-612211

Divulgue esta mensagem para todos os seus amigos, especialmente aos pastores, padres e outros líderes.

E persista na rejeição da ditadura gay. Periodicamente, mande e-mail’s para os senadores do se estado.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Intolerância dos Tolerantes

- de Ricardo Gondim
Há algum tempo recebi o convite para participar de um programa de debates, recém iniciado pela MTV onde abordariam a questão do homossexualismo. Aceitei com certa hesitação. Minha paixão pela polêmica me impediu de dizer não. Nos bastidores, antes de ir ao ar, percebi que seria minoria mais uma vez (embora seja pentecostal e corintiano). Sentei-me a mesa, rodeado por um drag queen e uma ativa militante do movimento lésbico. Mal o programa começou e já se percebia claramente que ele visava uma apologia do homossexualismo (ou homossexualidade como querem os politicamente corretos). Cada um dos mais de quinze painelistas se revezava em defender a prática homossexual como uma questão de preferência e não de ética. Finalmente a apresentadora do programa perguntou minha opinião.
Pausadamente, procurando me esquivar da pecha de fundamentalista e homofóbico expus o que penso ser um consenso do pensamento evangélico; "Cremos em um Deus criador e preservador de todo o universo. Ele, além de possuir pessoalidade, preocupa-se com a felicidade de toda a sua criação. Dele provém uma lei moral que fornece os parâmetros do comportamento humano e, por ser exterior a nós , não se molda às nossas preferências". “De acordo com essa lei” continuei com o mesmo tom de voz, "nós evangélicos, entendemos o homossexualismo como um pecado, uma perversão moral". Bastaram essas palavras. O tempo fechou. Quase todos ao redor da mesa falavam, cada qual subindo um pouco seu tom de voz. Alguns, descontrolados proferiam palavrões. Sarcasticamente, confesso, perguntei: "Afinal de contas este espaço não é plural? Por que não posso manifestar meu ponte de vista assim corno os senhores expõem os seus? Se vocês pregam a tolerância, por que tanta intolerância ao meu ponto de vista?" Meu sarcasmo não deu resultado. Cada vez que tentei falar, me abafavam aos gritos.
Modernidade
A modernidade sempre se gabou de respeitar os diferentes, Voltaire, arauto do lluminismo, dizia “Devemos tolerar-nos mutuamente porque somos todos fracos, inconseqüentes, sujeitos à mutabilidade ao erro. Um caniço vergado pelo vento sobre a lama porventura diria ao caniço vizinho vergado em sentido contrário ‘Rasteja a meu modo miserável ou farei um requerimento para que te arranquem e te queimem?’” Por que mesmo anunciando o respeito à opinião do outro, a Modernidade patrocinou as guilhotinas da Revolução Francesa? Por que o estado marxista promoveu o expurgo de Stalin? Por que na Alemanha, berço dos grandes filósofos e teólogos aconteceu o Holocausto? Se a modernidade é tão tolerante com o diferente, por que tanta intolerância?
Entendamos um pouco da Modernidade. Primeiro, ela valoriza o método. A tolerância para com a razão, para a prova "irrefutável", tornou-se desnecessária. André Comte-Sponville afirma “Quando a verdade é conhecida com certeza, a tolerância não tem objeto”. Ele e todos os filósofos da modernidade crêem que os cientistas necessitam não de tolerância, mas de liberdade. Os fatos, provenientes da observação empírica impõem-se. Refutá-los é negar a razão. Como a ciência não depende de opiniões, ela não necessita de tolerância mas de espaço. Depois, a Modernidade também é naturalista. Só trabalha com um sistema fechado. Matéria, energia, tempo e chance são as únicas variáveis consideradas. Portanto, a verdade está contida somente a esses elementos. Como filosofar é pensar sem provas, e provar faz parte do paradigma da Modernidade a filosofia (também a teologia) é tolerada, desde que obedeça as regras da abordagem científica e naturalista. Nesse sistema, somente os céticos ao transcendente como Hume e Bultmann recebem qualquer reconhecimento. O resto é descartado como irrelevante. Por último a Modernidade é universalista. Aceita que seus achados transcendem ao tempo e ao espaço. Devido a essa visão é que a Modernidade, de acordo com D. A, Carson adotou a dialética marxista da história, a teoria Helegiana do espírito universal, a visão pós-iluminista do progresso e a teologia liberal que aceita como factível apenas o que é julgado racional e “científico”. Aqueles que se recusam à ditadura da Modernidade, são imediatamente rotulados: medievais, supersticiosos, reacionários. A tolerância da Modernidade se restringe aos limites impostos por ela; quem fugir deles percebe rapidamente sua intransigência Mas, voltemos ao programa da MTV.
Entendendo a Intolerância
Por que tanta intolerância à ética judeu-cristã? Por que tanto incômoda à cosmovisão religiosa? O problema reside nos pressupostos transcendentais. O cristianismo baseia-se na revelação de uma lei moral, outorgada por um Deus que não pode ser definido como parte de minha humanidade (humanismo), reduzido a uma energia (naturalismo) ou mera projeção mítica (neurose freudiana). A premissa cristã que propõe a Revelação, o conhecimento do transcendente como um valor epistemológico, bate de frente com a Modernidade. O cristão sabe que sabe, por Revelação. Pedro já asseverava no primeiro século; "porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." (2 Pe 1:21). Contrariamente, na Modernidade a verdade religiosa não é factível, é questão de opinião. Nunca ninguém pode estar absolutamente certo sobre os assuntos espirituais. Portanto religião não pode participar do debate público; deve manter-se reduzida à arena dos juízos e dos sentimentos; não é demonstrável nem refutável.
A revelação da lei moral de Deus, caso aceita, obrigaria as pessoas a obedecê-la, acabando com a noção de preferência. A Modernidade propõe que a lei moral seja uma construção humana, restrita à cultura e ao tempo de sua elaboração; caso aceitasse que provém de Deus reconheceria que todos, em todas as épocas, deveriam obedecê-la.
Sponville diz que uma ditadura imposta pela força é um despotismo; se ela se impõe pela ideologia, um totalitarismo. O problema da Modernidade é que, mesmo sem querer, vem se tornando cada dia mais déspota e totalitária. Não somente rechaça os valores da ética cristã, como tenta forçar seus pressupostos como únicas opções válidas, por serem "cientificamente irrefutáveis". O homossexualismo, por exemplo, é hoje discutido como uma questão de mutação do código genético, descartando a moral. Os militantes gays conseguiram manter o debate no nível 'científico', Nessa esfera, basta provar uma alteração nos genes e está tudo resolvido; “O homossexual foi programado, na evolução para agir daquele modo e não há como interferir em suas preferência. Mas o pleito homossexual é pequeno diante das implicações dessa nova ditadura. Carson propõe em seu livro The Gagging of God (O Amordaçar de Deus) que experimentamos uma nova espécie de intolerância. Em sociedades relativamente livres e abertas, a tolerância mais nobre é aquela exercitada para com as pessoas, mesmo quando se discorda de seus pontos de vista. 'Essa robusta tolerância para com as pessoas, mesmo quando há forte desacordo às suas idéias, gera uma medida de civilidade no debate público, mesmo quando a discussão é apaixonada". Para Carson o ocidente vive hoje uma tolerância somente de idéias, não mais das pessoas. As idéias são admitidas, só não se admitem pessoas diferentes (criam-se as tribos); à roda sentam-se sempre os mesmos.
O resultado de se adotar esse novo tipo de tolerância é que há menos discussão dos méritos de idéias conflitantes e menor civilidade. Há menos discussão porque a tolerância de idéias diversas exige que evitemos criticar as pessoas por adotarem aquelas idéias. Assim, a Modernidade vai admitindo excentricidades, loucuras e comportamentos bizarros. Ninguém tem o direito de dizer nada sobre o comportamento de ninguém. Só há problema quando qualquer idéia tenta provar sua superioridade sobre qualquer outra. Imediatamente, o mundo cai. Exclusividade é intolerável na modernidade, principalmente no campo religioso. A palavra proselitismo (na sua concepção técnica) virou palavrão. Cada um na sua. Desde que você não se intrometa com o meu estilo de vida. Ninguém precisa mudar, pois todas as opções religiosas, morais, éticas, filosóficas são válidas, não porque sejam verdadeiras, mas porque todas são igualmente questionáveis. Voltaire dizia; "O que é tolerância? É o apanágio da humanidade. Somos todos feitos de fraquezas e erros; perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices, é esta a primeira lei da natureza."
O resultado disso tudo é um mundo cada vez mais inconseqüente quanto à sua ética, cada vez mais secularizado, e cada vez mais intolerante para com a fé cristã, mascarando seu discurso exclusivista e proselitista. Enquanto afirma que não há mais absolutos insiste que está absolutamente certo disso.
Saí do programa da MTV dizendo para mim mesmo; "Incrível como os liberais são fundamentalistas na defesa dos seus posicionamentos. Intolerantes! Não aceitam que seus pontos de vista sejam questionados por outros que pensam diferentemente. Talvez tenham medo de estar errados."

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A BEM AVENTURANÇAS XIV

Os Pacificadores - (Mt 5.9) “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”

Há tempos um historiador político fez uma pesquisa sobre guerras em documentos de até 4.000 a.C. Ele ficou surpreso ao descobrir que em apenas 100 anos não houve conflitos entre os homens ou nações. Hoje em todo tempo e lugares como Europa, Africa, Américas, Ásia, nos mares, continua acontecendo hostilidades sangrentas. Quando eles aprenderão?

Mesmo em nosso país que não está envolvido com conflitos nacionais, temos diariamente presenciado guerras nas cidades entre policias e bandidos, gangues rivais, indios e brancos, fazendeiros com posseiros, conflitos raciais e religiosos, e até entre famílias. A paz em todos os níveis, desde o cenário internacional até nossas vidas pessoais torna-se mais difícil que nunca. E muito se fala e procura-se a paz na terra e organismos internacionais.

Na Bíblia a palavra paz significa mais que uma simples ausência de conflitos. Ela traz uma conotação de saúde e plenitude. No Antigo Testamento dois termos hebraicos semelhantes continham este conceito: shalom (paz) e shalem (saudável ou pleno). A visão de plenitude hebraica interrelaciona todos os elementos da natureza humana com a experiência pessoal. Paz inclui tranquilidade interior, saúde, plenitude, integração com a vida – mesmo em meio a grandes conflitos, problemas ou tribulações.

No Novo Testamento a palavra correspondente grega eirene (paz) aparece cem vezes. Por exemplo, a frase “Vão em Paz”, em Tiago 2.16, significa “Estejam bem”. Na noite anterior à sua morte Jesus disse a seus discípulos – “A minha paz vos dou… Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Como no Antigo Testamento, paz tem um significado positivo para a pessoa como um todo em sua convivência interpessoal.

Não é de adimirar que o papel do pacificador seja tão importante para Jesus, que é o Principe da Paz. E o único meio de nos dar esta característica intrínseca de sua natureza. Vejamos Isaías 9.1-17 – “1 Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. 2 O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. 3 Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. 4 Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas; 5 porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. 6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; 7 para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.”

O pacificador é aquele que tem em sí o Senhor da Paz(shalom, eirene) vivendo nele e por isso seus conflitos interiores cessam, pois ele fica bem consigo com Deus, e consigo mesmo, tem saúde interior e plenitude(shalem) “Para os perversos, todavia, não há paz, diz o SENHOR.” (Is 48.22).

Ele também é um promotor da paz entre os homens “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).

Mas também eles tem a plena conciência de que a verdadeira paz entre as nações e os homens só acontecerá quando vier o Principe da Paz reinar sobre a terra no seu reino de justiça e paz “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Apocalipse 11:15
“Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.” Apocalipse 12:10.

Afirma John Stott – “De onde procedem as guerras? Do homem, do pecado e de Satanás. A discórdia foi introduzida no mundo desta maneira. Porém, este bendito Deus de Paz – digo-o com reverência – não se pôs a “defender a própria dignidade” antes veio realizar entre nós a sua obra benfazeja. Deus estabeleceu a paz. Em seu Filho, Deus se humilhou, a fim de estabelecer a paz. Eis por que os pacificadores são considerados “filhos de Deus”. O que eles fazem é repetir o que Deus já fizera”. Isto aconteceu na cruz do calvário como afirma o apóstolo Paulo – “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.” Cl 1.20.

Douglas Bataglião,24/02/2010

sábado, 10 de abril de 2010

E-mail para o Apostolo Paulo Amado apóstolo

Estou escrevendo para colocá-lo a par da situação do Evangelho que um dia você ajudou a propagar para nós gentios, e que lhe custou á própria vida. As coisas estão muito difíceis por aqui. Quase tudo o que você escreveu foi esquecido ou deturpado.

Você foi bastante claro ao despedir-se dos irmãos em Éfeso, alertando que depois de sua partida lobos vorazes penetrariam em meio à igreja, e não poupariam o rebanho [1]. Palavras de fato inspiradas, pois isso se concretiza a cada dia.

Lembra-se que você escreveu ao jovem Timóteo, que o amor ao dinheiro era a "raiz de todos os males" [2]? Quero que saiba que suas palavras foram invertidas, e agora se prega que o dinheiro é a "solução" de todos os males.
Também é com tristeza que lhe digo que em nossa época ninguém mais quer ser chamado de pastor, missionário ou evangelista, pois isso é por demais humilde: um bom número almeja levar o título de apóstolo. Sei que em seu tempo, os apóstolos eram "fracos... desprezíveis... espetáculo para os homens... loucos... sem morada certa... injuriados... lixo e escória" [3]. Agora é bem diferente. Trata-se de uma honraria muito grande: acercam-se de serviçais que lhes admiram, quando viajam exigem as melhores hospedarias e são recebidos nos palácios pelos governantes.

Eles não costumam pregar seus textos, pois você fala muito da "Graça" e da "liberdade que temos em Cristo" [4]. Isso não soa bem hoje, pois a Igreja voltou à "teologia da retribuição" da Antiga Aliança (só recebe quem merece), e liberdade é a última coisa que os pastores querem pregar à suas ovelhas.

Você não é bem visto por aqui, pois sempre foi muito humano, sem jamais esconder suas fraquezas: chegou até reconhecer contradições internas, dizendo que não faz o bem que prefere, mas o mal, esse faz [5]. Eles não gostam disso, pois sempre se apresentam inabaláveis e sem espinhos na carne como você. A presença deles é forte, a sua fraca [6], eles são saudáveis, você sofria de alguma coisa nos olhos [7], eles jamais recomendariam a um irmão tomar remédio, como você fez com Timóteo [8], mas aqui eles oram e determinam a cura – coisa que você nunca fez.
Você dizia que por amor de Cristo perdeu "todas as cousas" considerando-as refugo [9]. As coisas mudaram, irmão. Agora cantamos: "Restitui, quero de volta o que é meu!".
Vivo em uma cidade que recebeu o seu nome, e aqui há um apóstolo que após as pregações distribui lencinhos vermelhos encharcados de suor, e as pessoas levam pra casa, como fizeram em Éfeso, imaginando que afastarão enfermidades [10]. Sim, eu sei que você nunca ordenou isso, nem colocou como doutrina para a igreja nas epístolas, mas sabe como é o povo...
Admiro sua coragem por ter expulsado um "espírito adivinhador" daquela jovem [11], embora isso tenha lhe custado, prisão e açoites. Você não se deixou enganar só porque ela acertava o prognóstico. Hoje há uma profusão de pitonisas e prognosticadores no meio do povo de Deus, todavia esses espíritos não são mais expulsos, ao contrário, nos reunimos ansiosos para ouvir o que eles têm a dizer para nós.

Gostaria de ter conhecido os irmãos bereanos que você elogiou. Infelizmente, quase não existem mais igrejas como as de Beréia, que recebam a palavra com avidez e examinem as Escrituras "todos os dias para ver se as coisas são de fato assim"[12].

Tem hora que a gente desanima e se sente fragilizado como Timóteo, o seu companheiro de lutas. Mas que coisa bonita foi quando você o reanimou insistindo para que reavivasse "o dom de Deus" que havia nele [13]. Estou lhe confessando isso, pois atualmente 90% dos pregadores oferecem uma "nova unção" para quem fraqueja. Amo esta sua exortação, pois você ensina que dentro de nós já existe o poder do Espírito, dado de uma vez por todas, e não precisamos buscar nada fora ou nada novo!

Nossos cultos não são mais como em sua época, onde a igreja se reunia na casa de um irmão, havia comunhão, orações, e a palavra explanada era o prato principal... ás coisas mudaram: culto agora é como fosse um show, a fumaça não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo seco, e o brilho não é mais o da luz de Cristo, mas das luzes dos refletosres, a palavra é só para ensinar como conseguir mais coisas do céu.

O Espírito lhe revelou que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé "por obedecerem a espíritos enganadores" [14]. Essa profecia já está se cumprindo cabalmente, e creio que de forma irreversível.
E o que dizer de não agradar a si mesmo, mas procurar o interesse do outro afim que seja edificado [15], hoje é cada um buscando o seu próprio interesse.
Amado apóstolo, sinto ter lhe incomodado em seu merecido descanso eternal, mas eu precisava desabafar. Um dia estaremos todos juntos reunidos com a verdadeira Igreja de Cristo. Maranata!

[1]At.20.23; [2]ITm.6:10; [3]ICo.4:9-13; [4]Gl.2:4; [5]Rm.7:19; [6]IICo.10:10; [7]Gl.4:13-15; [8]ITm.5:23; [9]Fp.3:8; [10]At.19:12; [11]At.17:18; [12]At.17:11; [13]IITm.1:6
[14]ITm.4:1; [15]Rm.15:1-3]

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A BEM AVENTURANÇAS XII

(Os Misericordiosos)
Mt 5:7 “Bem-aventurados os misericordiósos, porque ele alcançarão misericórdia”

“Vitor Hugo escreveu um clássico chamado “Os Miseráveis”, seu personagem Jean Valjean, liberto da prisão, não consegue alimento nem abrigo por causa da desconfiança e ódio das pessoas.
Quando bate a porta de um bondoso bispo diz: - meu nome é Jean Valjean, estou em liberdade condicional, já cumpri dezenove anos de prisão, fui libertado há quatro dias. O senhor pode me hospedar, andei a pé 72 km, estou cansado e faminto, tenho dinheiro para pagar, não importa o preço.
O bispo chama sua criada e manda preparar um lugar à mesa para Jean, mas apesar da bondade do bispo, Jean rouba a prataria da casa à noite e foge.
Quando é pego pela polícia e trazido de volta à catedral o bispo o saúda com entusiasmo: – eis ai você, estou muito contente em vê-lo, você esqueceu que e também havia lhe dado os catiçais? Eles são de prata e valem pelo menos 200 francos(ou R$5 mil). O bispo dispensa os policiais, coloca os castiçais na sacola de Valjean e diz: – Não esqueça que você me prometeu usar este dinheiro para se tornar um homem nonesto.
Depois de 24 horas, Valjean encontra-se ajoelhado, convertido não só ao cristianismo, mas como a um estilo de vida honesta”.

A misericórdia tem grande poder sobre a vida das pessoas. Como muitas das outras atitudes e qualidades que Cristo ordenou nas bem-aventuranças – mansidão, pobreza espiritual, pureza de coração.

A misericórdia é frequentemente interpretada como fraqueza, em vez de força. Mas esta “incapacidade” tem o poder de transformar vidas.

John Stott define misericórdia como “compaixão pelas pessoas em necessidade”.

O Comentário “The Expositor” explica que – “misericórdia engloba tanto o perdão para os culpados como a compaixão pelos que sofrem e passam necessidades”

James Montgomery escreve: “Misericórdia é o amor que se estende para ajudar os desamparados que precisam de salvação. A misericórdia identifica-se com os miseráveis em sua miséria”.

A etimologia da palavra vem de “miséria” mais “córdia”, que exprime a idéia de que ser misericordioso, é ver a miséria do outro com o coração.

A misericória é um atributo divino. Para o cristão, a misericórdia não é uma opção – é uma necessidade. Contamos com a misericórdia de Deus. Devemos ser misericordiosos como é misericordioso nosso Pai.

Vejamos com Paulo mostra a manifestação da misericórdia de nosso Pai.
“ Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2.1-10).

Se quisermos receber misericórdia devemos estar dispostos a dá-la. Nosso Pai não deseja que sigamos regras e leis farisaicas, mas, ao invés, quer misericórdia, justiça humilde e comunhão com Ele.

“Bem-aventurados (realizados, felizes) os misericordiosos” de verdade.

Nossos corações devem estar cheios de misericórdia se quisermos agradar a quem servimos.

Douglas Bataglião, 10/02/2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PRÉ CANDIDATA MARINA SILVA EM RECIFE

Sábado, 03 de Abril de 2010.

Vida Urbana
Coluna Graça e Paz - (Angelo Manassés)

DIARIO DE PERNAMBUCO
Olhar para frente
Na última quinta-feira tive oportunidade de conhecer de perto a senadora Marina Silva, pré-candidata a presidência da República pelo PV. Ela participou de um encontro com pastores e líderes na quadra do Colégio Agnes. Na oportunidade Marina contou um pouco de seu testemunho e falou sobre a importância de olhar para frente. “Este ano querem fazer uma eleição plebiscitária, ou seja, estão tentando colocar na cabeça das pessoas uma espécie de julgamento entre os oito anos de Fernando Henrique e os oito anos do presidente Lula. Precisamos deixar o passado, as comparações e olhar para frente”, alertou a senadora. Sempre encaixando passagens bíblicas para reforçar os argumentos, Marina destacou a importância do desenvolvimento sustentável e da biodiversidade. De origem muito humilde e com uma trajetória de vida impressionante Marina demonstrou ser uma cristã comprometida, coerente e séria. Emocionou-se ao falar do pai, da luta para enfrentar a morte quando foi desenganada pelos médicos e da superação. Até os 17 anos a senadora era analfabeta e enfrentou um grave problema de saúde. Membro da Assembléia de Deus, Marina também destacou a importância do respeito “não devemos demonizar ninguém”. Antes de conhecê-la tinha em mente a imagem de uma mulher frágil. Mas, a senadora mostrou ser muito forte e dona de uma determinação impressionante. Seu discurso bem que poderia terminar com as palavras do apóstolo Paulo. “irmãos, uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3: 13 e 14).

Registro // Vários pastores estiveram presentes para ouvir a senadora. Na foto, da esquerda para direita, apóstolo Ebenézer Nunes, Marina Silva, Rev. Cilas Menezes, Pr. Douglas Bataglião e apóstolo Doriel Bezerra.

CRUZ E COROA - de Dennis Downing

Coroas sempre foram um sinal de autoridade e realeza.

O Rei Charles tinha uma coroa de oito lados. Cada um dos oito lados
era uma placa de ouro. Cada placa era revestida de esmeraldas e pérolas.

Ricardo Coração de Leão, Rei da Inglaterra, tinha uma coroa tão
pesada que precisava de dois homens para segurá-la na sua cabeça.

A rainha Elizabete tem uma coroa que vale $20 milhões.

Mas, junte todas estas coroas e elas não valem um tostão em comparação às coroas que Cristo tem.

Apocalipse 19:12 diz que Jesus tem "muitas coroas".
Ele tem a coroa da justiça. Ele possui a coroa da glória.
Ele tem a coroa da vida. Jesus tem a coroa de paz e de poder.

Mas, de todas as coroas que Jesus possui, uma é a mais querida de todas.

Esta coroa não foi fabricada com ouro nem prata. Ela não é coberta de jóias.
Esta coroa não foi feita pelas mãos de um mestre artesão.
Esta coroa foi formada às pressas, pelas mãos rudes de um soldado Romano.

Esta coroa não foi colocada na cabeça de Jesus numa cerimônia de glória e honra.
Ela foi colocada em Jesus num ato de humilhação. É uma coroa de espinhos.

O impressionante sobre esta coroa, a coroa que Jesus escolheu para si, é que, de todas as coroas que ele poderia ter escolhido, esta não pertencia a Jesus.

Esta coroa era minha e sua.
Eu e Você mereciamos usar esta coroa.
Eu e Você mereciamos sentir os espinhos.
Eu e Você mereciamos sentir o sangue descendo pelos seu rosto.

Eu e Você mereciamos os insultos, os açoites e os pregos.
Eu e Você mereciamos a morte.
Porque o pecado - pelo qual Jesus morreu – era seu.

Eu e Você mereciamos todo o sofrimento que Jesus passou.
Mas, para você, e para mim, Jesus reservou outra coroa.

Ele tomou a nossa coroa e nos oferece até hoje a coroa que era dEle - a coroa da vida eterna.

Por causa do poder do amor dele.
Um amor tão grande que escolheu o pior para si e o melhor para nós.

Um amor tão forte que nem o túmulo pôde conter.
Este é o amor de Jesus por nós – a verdadeira mensagem da Páscoa.