sábado, 23 de outubro de 2010

A explicação da Igreja

T. Austin-Sparks

Publicação: 22/10/2010 http://www.celebrandodeus.com.br/

"O pensamento e a mente de Deus é somente isto, "Cristo, tudo em todos"
O que é a igreja? O pensamento de Deus não é o Cristianismo; não é o de ter igrejas como centros organizados do Cristianismo; não é a propagação do ensino e empreendimento cristãos. O pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual, Cristo é tudo em todos. Esta é a igreja. Temos que revisar nossas idéias. No pensamento de Deus a igreja começa e termina com isto – a absoluta supremacia do Senhor Jesus Cristo. E o que Deus está sempre buscando é juntar aqueles de Seu povo que mais completamente concretizarão este pensamento dele, e serão para Ele a satisfação de Seu próprio desejo eterno: o Senhor Jesus em todas as coisas tendo a preeminência e sendo tudo em todos. Ele ignora a grande instituição, a assim chamada "Igreja", e está com aqueles que em si mesmos são de um humilde e contrito espírito e que tremem diante de Sua palavra, e nos quais o Senhor Jesus é o único objeto de reverência e adoração. Estes satisfazem o coração de Deus. Estes, para Ele, são a resposta à Sua eterna busca.

Vocês percebem que a Palavra de Deus diz isto. Vejam novamente Cl 3:11: "no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos". Eles têm se revestido "do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou". Observem atentamente estas palavras e vocês entenderão que este é o homem corporativo, a Igreja, o Corpo de Cristo, "a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas" (Ef 1:23). E ali, naquele homem corporativo, não pode haver grego ou judeu. Note as palavras. Não diz que gregos e judeus se unem em uma abençoada comunhão. Não, não há nacionalidades na igreja; temos nos livrado de todas as nacionalidades, e agora temos um novo homem espiritual, uma nova criação, onde não pode haver grego, judeu, escravo, livre. Todas as distinções terrenas se foram para sempre – é um novo homem. O braço direito não é um ju deu e o braço esquerdo um grego!

Não, isto passou. Nesta Igreja há apenas um novo homem – não uma combinação onde anglicanos, metodistas, batistas, congregacionais e todo o resto se juntam e esquecem suas diferenças por um tempo; isto não é a Igreja. Na Igreja estas diferenças não são meramente cobertas por um tempo – elas não existem. Há um Corpo, um Espírito. A Igreja é isto, "Cristo é tudo em todos". Tenha isto e tem-se a Igreja. Chamar qualquer outra coisa de Igreja e deixar isto de fora é uma contradição. Testem-na através disto.

Se é verdade que a vida cristã conforme o pensamento e a mente de Deus é somente isto, "Cristo, tudo em todos", então somos eu e você verdadeiros cristãos? Pois temos visto que mediante a cruz nós desaparecemos para dar lugar para o Senhor Jesus. Agora, se professamos ter vindo pelo caminho do Calvário até o Senhor, a implicação é que desaparecemos por intermédio desta cruz, para que Cristo seja tudo em todos.

O que pensar? Queremos nós um pedacinho do mundo? Nós ainda voluntariamente nos apegamos a esta ou aquela coisa fora do Senhor, porque o Senhor Jesus não tem nos satisfeito plenamente e precisamos ter um contrapeso? Um cristão mundano é uma contradição de termos. Ter um pouquinho de algo fora de Cristo é negar o Calvário e permanecer diretamente em oposição ao eterno propósito de Deus referente a Cristo. Você assume esta responsabilidade? Deus determinou isto desde toda a eternidade no referente a Seu Filho. Podemos nós professar pertencer ao Senhor Jesus e ao mesmo tempo ainda não ser verdade que Ele é tudo em todos para nós? Se podemos, há algo errado, há uma negação, uma contradição. Estamos nos opondo ao pensamento e propósito de Deus. É verdade que Ele é tudo em todos? Ele será isto se tomarmos todo o caminho.

Oh! Estas sugestões sutis que estão sempre sendo sussurradas em nossos ouvidos, que se desistirmos disto ou daquilo iremos nos arruinar, e a vida será mais pobre, e seremos reduzidos até que nada tenha restado. É uma mentira! É isto que contrapõe o grande pensamento de Deus sobre nós. O pensamento de Deus sobre nós é que alguém, nada menos que Seu Filho, Jesus Cristo, em Quem toda a plenitude da divindade habita em forma corpórea, seja a nossa plenitude. Toda a plenitude de Deus em Cristo para nós! Você nunca obterá isto ao rejeitá-lo. A vida será muito menos do que precisa ser se você não for até o fim com o Senhor. E o que se obtém em matéria de nossa consagração ao Senhor, nosso inteiro e completo abandono a Ele em nossa vida, nosso deixar completamente tudo que não é do Senhor, isto se obtém no domínio do serviço. Esta carne ama se jactar na obra cristã, e nos diz que se passarmos a ser dependentes do Senhor nós passaremos a ter um tempo de ansiedade. Mas uma vida de dependência de Deus pode ser uma vida de contínuo romance. É ali que fazemos descobertas que são constantes maravilhas.

Você pode estar quase morto num minuto e no seguinte o Senhor lhe dá algo para fazer e você fica muito vivo, dependendo dele para cada respiração sua. Assim você vem a conhecer o Senhor. Mas, depois daquela experiência, você se torna de novo inútil e morto por um tempo, contudo você se lembra de que o Senhor fez algo. Então Ele faz de novo; e a vida se torna um romance. Ninguém pensaria que você estava dependendo do Senhor para sua própria respiração. É algo muito abençoado saber que o Senhor está fazendo isto, quando você não pode fazê-lo de jeito nenhum – é humana e naturalmente impossível, mas o Senhor o está fazendo!

Prossigamos, amados, no assunto da Igreja. Apliquem o teste. Não estou falando com julgamento ou censura, nem tenciono discriminar num sentido errado, mas deixe-me ser fiel – para nós, nossa comunhão deve estar onde o Senhor Jesus é mais honrado. Nossa comunhão deve estar onde Deus tem o que é seu mais plenamente, onde Cristo é tudo em todos. Nós não podemos estar presos por tradições, por coisas que levantam um clamor e assumem uma denominação. Onde o Senhor é mais honrado, aí é onde nossos corações devem estar; onde tudo o mais é feito subserviente a apenas isto: "Cristo, tudo em todos". Este é o pensamento de Deus sobre a Igreja, e este deve ser o lugar aonde nossos corações gravitam. O lugar onde Deus vai registrar Seu testemunho e trazer o impacto deste testemunho sobre outros será encontrado onde o Senhor Jesus é mais honrado. E vocês perceberão que onde houver pessoas famintas vocês terão oportunidade de ministério se v ocês estiverem completamente em acordo com o propósito de Deus referente a Seu Filho.

9. Vivenciando tudo

Lembre-se que tudo relacionado ao cristão é experimental. Tudo em relação ao Senhor Jesus é essencialmente experimental. Não é apenas doutrina. Não é questão de credo. Não é que aceitemos certas declarações de doutrina ou credo, e que somente por isto sejamos trazidos a um relacionamento com o Senhor Jesus. Nós não nos tornamos cristãos por aceitar declarações doutrinárias ou credos ortodoxos, ou fatos sobre o Senhor Jesus. A Igreja não se constitui sobre estes parâmetros, embora a Igreja defenda certos princípios. A experiência tem que ser operada na vida, você deve ser tornar parte dela e ela parte de você. Não é suficiente crer que Cristo morreu na cruz. Isto deve se aplicar aqui em nossas vidas tornando-se uma experiência, uma poderosa e operante força e fator em nosso ser. A igreja não é constituída sobre uma base de declarações doutrinárias. Você não pode juntar pessoas e dizer: "isto parece perfeitamente confiáv el, constituiremos nossa igreja sobre esta base". Você não pode fazer isto.

A Igreja é aquela na qual a verdade tem sido operada, na qual ela tem se tornado experimental. Credos não podem nos manter juntos quando o inferno se levanta para nos dividir. Não, o credo mais ultra-fundamentalista não tem conseguido manter as pessoas juntas. A unidade do Espírito é algo trabalhado lá dentro. A menos que seja assim, nada pode resistir contra os espíritos de divisão e cismas que estão por aí. Tudo precisa ser experimental, não apenas doutrinário ou confessional.

Agora, é aqui onde você chega à realidade de Deus. É uma coisa cantar hinos sobre Cristo ser tudo em todos, olhar para isto como algo objetivo e concordar com isto; mas é outra coisa ser trazido experimentalmente ao lugar onde a verdade realmente opera. Há muitos que dirão hoje "sim, isto está certo. Cristo é tudo em todos", e amanhã de manhã, quando você os toca sobre algum assunto melindroso em que suas preferências estão envolvidas, você percebe que Cristo não é tudo em todos. Temos que chegar a isto pela experiência. Que o Senhor nos dê graça para isto.

O apelo final que faço é que nós todos busquemos novamente a entronização do Senhor Jesus como supremo Senhor em nossos corações, em cada parte de nossa vida, em todos os nossos relacionamentos; que se houver algo que temos segurado, que deixemos ir; se temos tido qualquer reserva, que a quebremos agora; se temos sido menos que completamente comprometidos com Ele, de agora em diante isto não seja mais assim, mas que Ele seja tudo em todos, a partir de agora. Este deve ser nosso entendimento, nosso compromisso com o Senhor. Fará você isto? Peça ao Senhor para quebrar cada amarra que está no caminho de Ele ser tudo em todos. Estamos preparados para isto?

Que o Senhor nos dê graça.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

II - O GOVERNO DE DEUS


O governo de Deus é uma expressão da Sua vontade, uma vontade que rege. Sua vontade é uma ordenação, que requer de nós uma resposta. Resistir ao governo de Deus é resisistir a Sua vontade, a Sua ordem, é não ter uma motivação reta para com a Sua ordenação.

ASPECTOS DO GOVERNO DE DEUS
 Pelo pecado o coração do homem tornou-se rebelde e obstinado, que rejeita o governo de Deus e resiste à Sua ordenação.
 A regeneração e o crescimento na graça, o amadurecimento do cristão, a santificação é que promove a nossa submissão à vontade e ao governo de Deus.

GOVERNO – definição
 Se não houver governo, não haverá segurança, não haverá ordem, nem paz.
 A falta de segurança, de paz, de ordem é fruto da falta de governo, ou de governo desvirtuado do real significado do que é governo, segundo a criação de Deus.
 Vemos e vivemos num mundo desgovernado, por isso há medo, insegurança, falta de paz.
 Por causa do pecado o homem está em desgoverno, seja em qualquer tipo de sistema político de governo. Se houvesse governo humano perfeito, não haveria necessidade de salvação.
 Na vida espiritual acontece a mesma coisa, se não estamos sob o governo de Deus, somos pessoas espiritualmente e emocionalmente inseguros, medrosos, temos falta de propósito, não temos paz, Pv 29.18 diz – “onde não há visão, o povo se corrompe;…” onde não há governo há corrupção, há “cabelo desgrenhado, desalinhado”, sentido real da palavra neste texto.
 Deus é um conquistador, um marido integral. Ele quer todas as esferas de nossas vidas sob o seu governo.
 O governo de Deus, portanto, deve ser visto em todas as áreas da existência: na Criação, na Redenção, no Lar, na Igreja, no Culto,…


DEUS ESTABELECEU O SEU GOVERNO ATRAVÉS DA SUA VONTADE, OU PROPÓSITO
O governo de Deus é absoluto e é eterno – “Quem lhe entregou o governo da terra? Quem lhe confiou o universo?” (Jó 34:13)
UNIVERSO – UNI – (um, uno, único)
– VERSO – (versão, propósito, vontade) - (veja anexo no final da apostila)

O universo foi criado para que seja cumprida “uma vontade”, “uma versão única”, “um propósito único”.

Ir contra o governo de Deus é ir contra a Sua vontade, contra o Seu propósito. Toda vez que há rebeldia contra o Seu governo, sempre resultará em disciplina, haverá sansão, implicará juizo.

Nossa mais perfeita felicidade é cumprir a vontade de Deus, éssa deve ser sempre a fonte de nosso prazer - Rm 12.2b – “, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Salmos 40:8 – “agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei.”
Quando um filho se rebela contra a ordem do seus pais, quando uma mulher não se submete ao seu marido, quando um marido não ama; cuida; ou protege a sua esposa e família, quando um empregado não se submete ao seu patrão, quando um patrão não trata com dignidade ao seu empregado, quando um cidadão quebra uma regra de sua sociedade, esta pessoa está se rebelando contra o governo de Deus, pois foi Ele que estabeleceu o princípio de governo em todas as esferas da vida espiritual, da vida em sociedade, na vida da igreja, na família. Toda autoridade é delegada por Deus – João 19:10-11 – “Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.”

2 – DEUS CRIOU O HOMEM PARA QUE SEU PROPÓSITO, SUA VONTADE FOSSE CUMPRIDA NO UNIVERSO

v. 14-15 - Nossa vida não foi obra do acaso, foi estabelecida antes da fundação do mundo – “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo,… ” (Ef 1.4a), e criada por Deus para cumprimento do seu Eterno propósito, em Cristo Jesus. Essa é a determinação de sua vontade e devemos nos submeter a essa governo, ou vontade soberana – “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).

Deus rege o Universo e em sua mão está o cetro, a vara e o cajado. Jesus é o Supremo pastor que tem toda a autoridade nos céus e na terra e debaixo da terra. Ele rege com a vara e o cajado (Salmo 23). Vara para a disciplina e punição (Jo 14.6 – Verdade). Cajado para apascentar, conduzir, resgatar (Jo 1.17 – Amor).

A criança é sempre é desequilibrada. E quando somos imaturos ou crianças espiritualmente, tendemos ver Deus somente como o Deus da vara; o punidor, ou então, por outro lado, somente O vemos como o Deus do amor; do cajado. Por causa desse nosso desequilíbrio, frequentemente vemos graça, mas não vemos governo, vemos cajado, mas não vemos vara. O escritor de Hebreus deveria estar pensando assim, quando diz que o alimento sólido é para os que são maduros (huios, grego) – (Hb 5.13-14).

Deus nos introduziu no Seu governo através da graça, por meio de Jesus Cristo, somos salvos, mas muitas vezes encontramos em nós, nas nossas atitudes e princípios falta deste governo de Deus. Quando nos encontramos desequilibrados, infelizes, inseguros com medos, isto é evidência da falta do governo de Deus em nossas vidas. Confira o que diz o Salmo 66.7 – “Ele, em seu poder, governa eternamente; os seus olhos vigiam as nações; não se exaltem os rebeldes.”


3 – EM JESUS ESTÁ O GOVERNO E A VONTADE DE DEUS PARA NÓS
Isaías 9.1-7 – “1 Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. 2 O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. 3 Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. 4 Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas; 5 porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. 6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, 7 para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.”
Este texto foi citado por Mateus no capítulo 4.15-16 quando falou que Jesus veio trazer o Reino dos céus, isto é, o governo de Deus aos homens.

v.2 - A alusão a trevas neste verso é uma figura da falta de governo. A luz na Bíblia é uma tipologia de governo.

No verso 6, Isaías declara “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu” – aqui o profeta, provavelmente está se referindo as duas naturezas de Jesus Cristo, “um menino nos nasceu” – fala se sua natureza humana. Deus não nasce, Ele é eterno, “um filho se nos deu” – novamente a palavra “huios”, filho maduro, um filho não criado (Jo 3.16).

E o verso continua dizendo – “o governo está sobre os seus ombros”. Como a descendencia de Davi, segundo a promessa, Ele veio para trazer graça, salvação, perdoar pecados, livrar do inferno, da ira de Deus e nos capacitar a vivenciár o Seu governo, pois éramos inimigos e rebeldes contra Deus (Rm 5.10 ; Cl 1.21; Tt 2.11-14)

Jesus veio trazer o Seu governo sobre os rebeldes, incluindo-os na cruz, trazendo-os pela graça, para dentro do Seu governo. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13) – isto é troca de governo.

Mas o seu governo não é implantandado em nós compulsoriamente, deve ser desejado e conquistado com disposição passo a passo “…, dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés”(Js 1.2-3). “Mas a vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).

Jesus não é apenas nosso Salvador, mas também é nosso Senhor, Isaías ainda diz – “o governo está sobre os seus ombros”, e relata os atributos deste que tem o governo:
“maravilhoso” – único, especial. “conselheiro” – consolador, unção. “Deus forte” – como nenhum outro. “Pai da eternidade” em primeiro lugar – o que era antes da eternidade, o incriado, o autoexistente. Em segundo o – Pai dos que foram chamados para ter vida eterna.
“príncipe da paz” – só governo pode trazer paz verdadeira e duradoura.

V.7 – “para que se aumente o seu governo”. Jesus seria rejeitado pelo seu povo e pelos seus opositores, andou debaixo do desgoverno humano causado pelo pecado. Quando ressucitou chamou muitos filhos para debaixo do Seu governo. Desde o início da igreja, até hoje Ele governa sobre o seu povo. Na Sua segunda vinda governará sobre todas as nações por 1.000 anos. Seu governo vai aumentando dia a dia através da conversão e da submissão voluntária dos seus servos à Sua vontade. Finalmente abrangerá tudo, todas as nações, pessoas, e seres espirituiais, portanto, todo o universo. E o resultado do seu governo será paz, segurança e tranquilidade – “, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre… ”


4 – COMO EXPERIMENTAR O GOVERNO DE DEUS NÁ PRÁTICA?

4.1. Separação – precisamos dar um não para o que Deus tem mandado a nós pela Sua Palavra. A igreja tem que ser diferente, EK-KLESIA, “EK – para fora; KLESIA – assembléia. Pela própria definição de seu nome, a igreja deve ser um corpo diferente do mundo, fora do mundo, separada do mundo. A igreja deve ser sal, deve ser luz para o mundo, deve fazer a diferença (Mt 5.14-16).

4.2. Unidade – Unidade fala de um só propósito, uma só motivação. Sem unidade não há governo. Unidade é a expressão do governo. Quando há ciúmes, disputas, disssenções, facções, há quebra da unidade, portanto há desgoverno em todas as esferas de nossos relacionamentos– “como andarão dois juntos se não houve entre eles acordo(unidade)” (Amós 3.3).

4.3. Relacionamentos Estáveis – Em Neemias capítulo 7 vemos que já haviam sido restauradas as estruturas os muros, o templo, os utensílios, o serviço, mas a cidade precisava de vida, de pessoas, de relacionamentos fortalecidos, esta é mais uma tipologia da igreja do Novo Testamento. Igreja e família são os lugares onde os laços são fortes, até mesmo mais fortes do que com parentes consanguíneos. Onde irmãos e irmãs, conjuges e vizinhos tem compromisso uns com os outros, compromisso com a igreja, com o serviço para igreja.

4.4. Amor resturado – em Neemias 8 podemos ver o resultado da restauração como o amor por Deus, pela Palavra e o governo de Deus estabelecido.

Tudo isso é o resultado do Governo de Deus, que é estabelecido e aumenta dia a dia.

Até que ponto o governo de Deus está aumentando em sua vida pessoal, na sua família, na assembléia que você se reune, no serviço que você presta ao Senhor?

sábado, 9 de outubro de 2010

O Propósito, Governo e Ordem de Deus!




O PROPÓSITO DE DEUS - Não é preciso ir tão longe para reconhecer que a maior parte da igreja vive sem saber por que existe. Muitos testemunhos e pregações partem da queda do homem e enfatizam a necessidade de sua restauração. Há muito pouca referência ao glorioso programa de Deus e a Sua suprema realização, seu beneplácito (Ef 1. 5,9). É imperativo termos um ponto de partida correto se quisermos manter as coisas em um apropriado contexto de referência, para o propósito da criação do Universo, para a formação do homem, da nação de Israel, ou mesmo da Igreja e da família.
É importante reconhecermos o antes e o depois de Deus. Devemos voltar no tempo, até o coração de Deus antes que Ele criasse qualquer coisa, antes da redenção ser necessária e perguntar – Qual éra o propósito de Deus naquele tempo, antes que Ele começasse quaisquer das Suas atividades na terra e no céu? Qual era o Seu profundo desejo e a intensão naquele grande “antes”? O que estava “na folha de papel em branco” do Seu coração, antes de Ele começar o Universo?
Enquanto nos faltar a compreensão do supremo propósito de Deus, ficaremos centrados em meios e métodos e jamais compreenderemos plenamente as verdadeiras dimensões, o significado da vida e o propósito oculto no coração do Pai.
O apóstolo Paulo respondeu qual é esse mistério a maioria das perguntas que poderíamos fazer a respeito do Pai de da Sua grande família que destinou para Si, e o que está sendo agora realizado por intermédio de Seu Filho unigênito, em uma única frase em Efésios 1.3-4,:
QUEM: “Ele” - Deus, o Pai (v.3).
O QUE: “nos escolheu” - nos tornou filhos em Sua família (v.4).
COMO: “Nele” - Cristo, o Filho eterno envolvido em todos os aspectos (vv. 3,4,5,6,7,9,10,11,12).
QUANDO: “antes da fundação do mundo” – Na eternidade passada, antes de tudo (v.4).
POR QUE: “para Ele mesmo” - como propriedade Sua para Seu prazer, glória e satisfação (v.5, (Cl 1,16).
ONDE: “para que pudéssemos estar perante Ele” - em Sua própria presença (v.4; 2.6).
Assim, como é imperativo ter um ponto de partida correto se quisermos manter todas as coisas em um apropriado contexto de referência. Desta forma torna-se possível reconhecer o que cada um dos membros da Trindade - Pai, Filho e Espirito Santo - está realizando para cumprir um único Supremo Propósito.
 O Pai cumpre aquilo que Seu coração anelou em todos os tempos: uma grande família de filhos conformados à imagem de Seu Filho Unigênito - uma família que trará a Ele honra paterna, glória e satisfação (Ef 1.5,9).
 O Senhor Jesus, O Filho, está recebendo o que o Pai designou para Ele: um Corpo de muitos membros, a igreja, que será a Sua exata expressão em todo o Universo ( Ef 3.10).
 O Espírito Santo está recebendo um templo glorioso construído com pedras vivas que será para Ele, a Sua eterna habitação (Ef 1.22, 1Pe 2.5).

O GOVERNO DE DEUS - O governo de Deus é uma expressão da Sua vontade, do Seu Supremo Propósito, uma vontade que rege. A Sua vontade é uma ordenação, que requer de nós uma resposta. Resistir ao governo de Deus é resisistir à Sua vontade, ao Seu Propósito, à Sua ordem, é não ter uma motivação reta para com a Sua ordenação.

A ORDENAÇÃO DE DEUS - A Glória de Deus não pode ser entregue ao homem de qualquer maneira. Por que a Sua Glória expressa o próprio ser e o governo de Deus. Glória é uma qualidade da habitação de Deus em nós, em Efésios 3.16-17, Paulo fala sobre o habitar de Cristo em nós, que vem pelo Espírito, para fazer morada própria e permanente, como administrador, como dono que ordena todas as coisas. Ordem, portanto, é o modo de expressão mais prática do governo de Deus em nossas vidas. E esta ordem é determinada pelo arranjo(organização) de Deus em todas as áreas dessa vida, no cristão, na família, na igreja e da sociedade. Que pode também ser descrita como arranjo, para que o Seu Supremo Propósito se cumpra em todo o Universo. E nós, a igreja, somos os ecolhidos para manifestar este Governo em todas as eferas do universo, e aos principados e postestades nas regiões celestiais. Que grande propósito!!! Que grande responsabilidade!!!
Douglas Bataglião

O Propósito, o Beneplácito, a determinação do coração de Deus, o Seu anseio Eterno.



Efésios 2. 19-22 -“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.”

Neste trecho mais uma vez o apóstolo Paulo toca qual é o Propósito de Deus, o tema central de Efésios e de toda a Bíblia, que é o mistério já revelado anteriormente em uma única frase no capítulo 1.3-5.

Onde a maioria das perguntas que poderíamos fazer a respeito do Pai de da Sua grande família que destinou para Si, o que está sendo agora realizado por intermédio de Seu Filho unigênito:
QUEM: “Ele” - Deus, o Pai (v.3).
O QUE: “nos escolheu” - nos tornou como filhos em Sua família (v.4).
COMO: “Nele” - Cristo, o Filho eterno envolvido em todos os aspectos (vv. 3,4,5,6,7,10).
QUANDO: “antes da fundação do mundo” (v.4).
POR QUE: “para Ele mesmo” - como propriedade Sua para Seu prazer, glória e satisfação (v.5).
ONDE: “para que podéssemos estar perante Ele” - em Sua própria presença (v.4, versão Wuest).

É imperativo ter uma visão correta se quisermos manter todas as coisas em um apropriado contexto de referência no Lívro de Aos Efésios, que só tem um tema.

Desta forma torna-se possível reconhecer o que cada um dos membros da Trindade - Pai, Filho e Espirito Santo - esta realizando para cumprir um único Supremo Propósito.

 O Pai cumpre aquilo que Seu coração anelou em todos os tempos: uma grande família de filhos conformados à imagem de Seu Filho Unigênito - uma família que trará a Ele honra paterna, glória e satisfação (Ef 1.5,9).
 O Senhor Jesus, O Filho, está recebendo o que o Pai designou para Ele: um Corpo de muitos membros, a igreja, que será a Sua exata expressão em todo o Universo ( Ef 3.10).
 O Espírito Santo está recebendo um templo glorioso construído com pedras vivas que será para Ele, a Sua eterna habitação (Ef 1.22, 1Pe 2.5).

Então temos a seguinte, e constante conclusão em toda a carta Aos Efésios e na Bíblia que:

“O Pai dentro da Sua realidade, terá uma família com muitos filhos que expressarão o caráter único de Cristo, o Filho;

O Senhor Jesus Cristo terá uma Noiva, a Igreja, composta de muitos membros para manifestar a Sua glória em todo o universo;

E o Espírito Santo terá um Templo, para Sua habitação eterna, composto de muitas Pedras Vivas, que manifestarão as maravilhas, as riquezas da Sua glória e poder.”

Que o Senhor nos encaminhe cada dia mais para a Sua Suprema Vontade!
Douglas Bataglião,10/10/2010