quarta-feira, 26 de maio de 2010

As sete igrejas


Apocalipse 2.1-3.22

O numeral sete tem na Bíblia geralmente o significado de totalidade, perfeição, completude.

Aqui Jesus revela a João a totalidade da realidade do desenvolvimento da igreja de cristã na história.

O significado dos nomes das igrejas determinam a realidade espiritual e social do seu tempo. Vamos quão sugestivos são esses nomes e contextos de cada igreja citada por Jesus.

Éfeso significa “desejo” ou “relaxamento”, que mostra que eles deixaram o primeiro amor.
Esmirna é originada da palavra “mirra”, a qual significa “amargo”, mostra o período que a igreja sofreu as peserguições de Roma.
Pérgamo tem signifcado de “torre alta”, representando a igreja com posição e poder mundanos, seguindo o imperador romano Constantino, apos este ter acaitado o cristianismo e feio dele a religião oficial do império.
Tiatira tem significado de “sacrifício infatígável”, cujo período se encaixa perfeitamente no surgimento do sistema católico romano de sacerdócio especial, adoração de ídolos. Considerada a época mais negra e corrupta da igreja “Idade das Trevas”.
Sardes significa “reavivamento” ou “restauração”, um indício de fatos que ocorreram no tempo da Reforma Protestante, apesar de a condição espiritual ainda ser fraca.
Filadelfia tem o significado de “amor fraternal”, a qual teve sua manifestação em torno de cento e cinquenta anos atrás quando ocorreu ocorreu certa restauração da igreja quando muitos irmãos uniram-se em amor, mantendo-se fiéis as verdades bíblicas (restauração, grupos familiares, comunhão entre igrejas).
Laodicéia sugere significado de “opinião do povo”, e com isso se aplica apropriadamente à condição da igreja hoje, humanista.


A Igreja de Laodicéia – sinal da falsa igreja do século XXI
(Apocalipse 3:14-22)

"Estou absolutamente convencido de que a falta de sentido não advém de sermos molestados pela dor. A falta de sentido vem de sermos molestados pelo prazer. E é por isso que estamos desprovidos de sentido em uma terra de tantas coisas". Ravi Zacharias

Não há dúvida de que vivemos nosso melhor momento. Nunca, na história do cristianismo, houve tantas conversões, tantas igrejas e tanto dinheiro para apoiar o empreendimento evangelizador. Construções de grandes templos, livros, cds, bandas, astros da televisão nas igrejas, programas evangélicos na TV, todos os dias.

Assim era a igreja em Laodicéia. Rica, muita rica, porém cega, muito cega.
"Ricos somos, e estamos enriquecidos, e de nada temos falta!"

Jesus viu aquela igreja de maneira diferente: leia Ap. 3:17 ("e não sabes que és um desgraçado, miseravél, pobre, cego e nu...")

Uma igreja mundana vê o sucesso diferente de Jesus. A primeira vê o sucesso exterior e suas armadilhas - edificios grandes contas bancarias lucrativas e multidões de seguidores predispostos a idolatria. Jesus vê o caminho extreito para a cruz e as qualidades interiores de uma vida piedosa, de humildade e devoção real por suprir as necessidades dos outros.

Como a Igreja de hoje parece com a Igreja de Laodicéia, criamos um evangelho para nossa cultura, tudo do nosso jeito, sempre negligenciando os principios bíblicos.

A Carta à Igreja em Laodicéia
O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, conhecida por sua igreja morna, que causou enjôo no seu Senhor, Jesus Cristo.

A igreja em Laodicéia (14): A igreja em Laodicéia é citada no Apocalipse (aqui e em 1:11) e na carta de Paulo aos colossenses (4:13-16). As cidades de Laodicéia, Colossos e Hierápolis (veja Colossenses 4:13) ficavam no vale do rio Lico. Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, Turquia, no cruzamento de estradas principais da Ásia Menor. Antigamente, a água da cidade vinha via aquedutos das fontes termais ao sul da cidade. Até chegar em Laodicéia, a água ficava morna. A qualidade dela não era boa, e a cidade ganhou a reputação de ter água não potável. Ao engolir esta água, muitas pessoas vomitavam. Semelhantemente, Jesus sentiu vontade de vomitar de sua boca a igreja de Laodicéia (3:15-16).

O nome Laodicéia vem de duas palavras gregas:“laos” – leigos, povo e “diceia” – opinião, costume, que significa ”POVO REINANTE: era uma IGREJA ARROGANTE, governada pelos seus membros.
A cidade de Laodicéia era um centro comercial importante. Foi conhecida como um centro bancário (3:17-18), famosa por causa da sua linda lã negra(3:18), que era tecida e usada para fazer roupas finas e caras. Havia também uma escola de medicina ligada ao templo de Esculápio, cujos médicos preparavam um pó frígio famoso para a cura de infecções oculares, usado em forma de colírio(3:19). Seus moradores, entre os quais havia uma grande colônia judia, haviam reunido consideráveis fortunas, e se orgulhavam de sua cidade que se tornara também em um grande centro financeiro. Seu grande problema era o suprimento de água: suas próprias fontes produziam água geralmente muito quente e poluída, que não se podia beber; construíram então canais de pedra para trazer água da cidade vizinha, Heliópolis, mas a água chegava ainda morna, tendo que ser esfriada antes de se poder beber.

Conheço as tuas obras (15): Como fez com todas as igrejas destes dois capítulos, Jesus expressa o seu conhecimento íntimo da igreja em Laodicéia. Ele anda no meio dos candeeiros (1:13,20; 2:1).

Que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! (15): As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Mas as águas das fonte mornas de Laodicéia basicamente não serviam para nada; só davam ânsia de vômito aos viajantes sedentos!

Assim...estou a ponto de vomitar-te da minha boca (16): Jesus olhou para a igreja de Laodicéia, contente no seu estado de auto-suficiência e falsa confiança, e sentiu vontade de expulsá-la de sua presença.

Pois dizes (17): As afirmações da própria igreja de Laodicéia não refletiam o verdadeiro estado dela. É fácil dizer que está tudo bem na vida espiritual de uma igreja ou de uma pessoa, mas Jesus sabe a verdade. Ele vê as obras e sonda os corações. A igreja de Laodicéia mentia para si mesma, mas Jesus não foi enganado!

Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu (17): O orgulho dos discípulos de Laodicéia os cegou ao ponto de não enxergarem os seus problemas. Eles se achavam fortes e independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e infrutífera. A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Parece que a igreja sentia a mesma atitude de auto-suficiência, perigosíssima num rebanho de ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor! Numa cidade conhecida por tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do Grande Médico. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lucas 5:31-32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2 Coríntios 5:3; Colossenses 3:9-10).

Aconselho-te (18): Jesus não elogiou a igreja em Laodicéia, mas ofereceu conselho para guiá-la de volta à comunhão íntima com ele. Sugeriu três coisas necessárias para a igreja:

1. Comprar de Cristo ouro refinado. A verdadeira riqueza é espiritual, e vem exclusivamente de Deus. Ele oferece o ouro puro, refinado pelo fogo.

2. Comprar do Senhor vestiduras brancas. É Deus quem lava os nossos pecados e nos veste de pureza e de atos de justiça (3:4; 19:8).

3. Comprar de Jesus colírio para os olhos. Somente Jesus pode curar a cegueira espiritual que aflige os orgulhosos e auto-suficientes. Foi exatamente o mesmo problema que Jesus criticou nos fariseus (Mateus 15:14; 23:25-26). É o mesmo problema de qualquer um que esquece da importância do sacrifício de Jesus e começa a confiar em si mesmo (2 Pedro 1:9).

Eu repreendo e disciplino a quantos amo (19): A correção que vem de Deus é uma manifestação do seu amor (Hebreus 12:4-11). Quando Deus nos corrige, devemos aceitar a disciplina como ele deseja, para o nosso próprio bem. Ele quer nos conduzir ao arrependimento e à plena comunhão com ele. A disciplina aplicada pelos servos de Deus deve, também, ser motivada pelo amor (Hebreus 12:12-13). Esta atitude deve guiar os pais que corrigem os seus filhos (Provérbios 13:24), e os cristãos que corrigem os seus irmãos na fé (Tiago 5:19-20; 2 Coríntios 2:5-8).

Sê, pois, zeloso e arrepende-te (19): A solução ao problema dos discípulos em Laodicéia não seria meramente algumas mudanças externas. Precisavam do zelo para com Deus para se arrependerem.

Eis que estou à porta e bato (20): Jesus pôs uma porta aberta diante da igreja de Filadélfia (3:7), mas a igreja de Laodicéia colocou uma porta fechada diante de Jesus! Ele bate, mas não força ninguém a abrir a porta. Ele chama, mas depende dos ouvintes atender à voz dele. Este versículo reforça o entendimento do livre arbítrio do homem. Jesus oferece a salvação a todos, mas cada pessoa toma a sua própria decisão.

Entrarei ... e cearei (20): Ambas as figuras, aqui, representam a comunhão com Cristo. Ele entra na casa e habita naqueles que obedecem a palavra dele (João 14:23). Cear com alguém sugere uma relação especial de estar de acordo ou em comunhão (1 Coríntios 10:21; 5:11). É um privilégio especial comer à mesa do rei (2 Samuel 19:28). Não há privilégio maior do que a bênção de cear com o Rei dos reis!

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono (21): Os vencedores terão o privilégio de reinar com Cristo (veja 2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus foi obediente ao Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9). Somente os obedientes serão exaltados com Cristo.

Quem tem ouvidos... (22): Jesus bate e chama. Cabe ao homem ouvir e atender a sua voz!

Na carta à igreja em Laodicéia, Jesus não citou nenhuma doutrina errada e nenhum pecado de imoralidade. Ele não condenou a igreja por práticas idólatras. Esta igreja, que se achava rica e forte, foi criticada por seu orgulho e auto-suficiência. Exaltou-se, ao invés de se humilhar diante do Senhor dos senhores. Grande parte da “igreja” atual manifesta o espirito de Laodicéia, onde Jesus, sua obra de salvação executada na cruz do Calvário, a santidade, e o governo de Cristo como Cabeça da igreja esta do lado de fora batendo na porta, e ela continua fazendo ‘sua’ obra sem necessitar da presença e govero de Cristo. Misericórdia! Ora vem Senhor Jesus!
adaptado, Douglas A. Bataglião

sábado, 1 de maio de 2010

A família no tempo em que vivemos

Estamos vivendo tempos difíceis para as famílias cristãs. Todas as estruturas da sociedade do século 21 estão baseadas no paradigma mais comentado e utilizado nos discursos, textos, temas estudos que é o vocábulo “desconstrução”, ideia amplamente difundido pelos pensadores Jacques Derrida; Félix Guattari; Gilles Deleuze e Marshall McLuhan: que é contrário ao conceito do “estruturalismo” de Leví Strauss. O Estruturalimo que propomos é aquele baseado nos valores que encontramos na Bíblia Sagrada.
Esse princípio da “desconstrução” tem determinado a formação de pensamento e estabelecimento de quase tudo em nosso tempo, como, em nosso caso permeando a “desconstrução” dos valores judaico-cristãos que formaram a base da sociedade ocidental, os quais incluem a formação do estado, da economia, da educação, da religião, da cultura da família e todos os pilares que a formaram.
O maior e mais preocupante abalo que estamos sofrendo com esta transformação, verificamos na “célula mater” da sociedade que é a família. A “desconstrução” dos valores da família tradicional formada por Deus, com base nas Escrituras Sagradas, tem sofrido a influência deste modo de pensar de maneira catastrófica. Todas as estruturas de comunicação tem sido instrumento da massificação dessa “desconstrução” da família propondo a aceitação da “nova família”, que se manifesta em família de pais que tiverem vários casamentos, com o ajuntamento de “meios filhos” (enteados) de onde o marido da mãe(“tio”, padrasto) ou a esposa do pai(a “tia”, madrasta), tem causado desastres incontáveis nas crianças que nestes lares são criadas. Também temos a “nova família” onde na casa tem “duas mães”, ou “dois pais”, gerando almas sem identidade definida por masculino ou feminino, com suas consequências destruidoras da formação de personalidades indefinidas. Existem também a família onde os pais tem casas separadas e podem relacionar-se, exporadicamente, com um terceiro parceiro casual, alegando que isto fortalece a relação, quando assim agem só estão pensando em sí mesmos, sem considerar a insegurança que estão imprimindo nas pequenas criaturas que vivem no meio dessas “casas edificadas na areia”.
Deus estabeleceu a família segundo seus princípios eternos e para seu propósito específico de ter a sua própria família de filhos santos como o primogênito, Jesus Cristo (Gn 1.27, Rm 8.29).
Diante disso o que precisamos fazer nesta era da “desconstrução” é tirar os olhos do que vemos e fixar no que cremos, continuando a trabalhar por nossas casas, segundo os princípios da Palavra de Deus e esperar com paciência, até que a promessa de Deus sobre nossas famílias se cumpram. Leia estas palavras de Robert J. Tamasy sobre esperança que devemos continuar a ter em Deus e seus propósitos: “A Bíblia fala muito sobre esperança em termos de segura e confiante expectativa. Quando nosso mundo parece abalado em seus fundamentos, ela declara:“Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor, pois o nosso Deus é fogo consumidor!” (Hebreus 12.28-29).
Recordo as vívidas imagens de TV exibindo mansões de luxo em chamas depois que um terremoto atingiu Califórnia anos atrás. Os que ali viviam ficaram arrasados, vendo suas casas e bens pessoais serem consumidos. Se a “esperança” deles estivesse depositada apenas em bens materiais, seria compreensível que se sentissem desesperados, porque esses bens podem ser perdidos num piscar de olhos. Mas se estiver firmada no que é Eterno e não no que é passageiro o fundamento permanecerá seguro.
Esperança confiante. Ela deve estar firmada na fé, na confiança em Deus e em Suas promessas para todos quantos O servem e O seguem. “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11.1).
Esperança paciente. O objeto de nossa esperança pode não chegar tão rápido quanto queríamos. Paciência é elemento importante da esperança. Baseia-se no caráter de Deus e em Seu ativo envolvimento em cada aspecto de nossa vida. “Pois nessa esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é esperança. Quem espera por aquilo que está vendo? Mas se esperamos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente” (Romanos 8.24-25).
Esperança com expectativa. Os seguidores de Cristo no mundo profissional e de negócios anseiam pela Sua volta. Enquanto isso, devemos ser fiéis no cumprimento do chamado que Ele fez a cada um de nós, no ambiente de trabalho e em nossos lares. “Enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tito 2.13).”.
Por isso que neste mês de maio, continuareamos a pregar, ensinar e crer nos princípios eternos da Palavra de Deus para a edificação de sua família. Que o Senhor continue a edificar e abençoar a sua família. Douglas Bataglião