quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

AS BEM AVENTURANÇAS

“1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos;
2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.” (Mt 5.1-12)

Há muito tempo no início da minha vida cristã, ouvi uma mensagem do pr. Carlos Alberto, que disse que os capítulos 5, 6 e 7 é a pratica de vida do novo homem. E ele estava certo, pois nestes último mês, lendo este trecho da Escritura Sagrada, estudando as interpretações anteriores de homens de Deus sobre esta passagem, todos concordam com esta afirmação. Por isto quero iniciar o estudo das Bem-Aventuranças, que será tema para nossa meditação no ano de 2010, com alguns pressupostos bíblicos sobre a quem é dirigido este sermão.

“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte,…” – Jesus sempre estava envolvido com todas as pessoas, curava todas, visitava qualquer pessoa, tocava qualquer um, Jesus não discriminava ninguém, amava a todos, incondicionalmente. Mas este discurso é dirigido especificamente aos seus discípulos.

“como se assentasse” – esta era uma atitude costumeira de Jesus, quando ele ia pregar ou ensinar os seus discípulos. Hoje, para pregar e ensinar, nós sempre ficamos de pé. Psicologicamente, esta é uma atitude impor-se, de mostrar autoridade, de chamar a atenção. Jesus não precisava disto, veja este versículo – “Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” Marcos 1:22. Como precisamos dessa autoridade que é conferida e não imposta.

“aproximaram-se os seus discípulos;” - seus discípulos já conhecendo os métodos do seu Mestre, sabiam que Jesus iria lhes ensinar algo importante, por isso aproximaram-se e dedicaram toda a atenção, pois estavam desejosos de receber o que Jesus tinha para ensiná-los.

“e ele passou a ensiná-los, dizendo:” – passou a ensiná-los, porque sabia que eles poderiam, não somente conhecer esses princípios, mas, mais que isto, ele os capacitaria, através do Espirito Santo, a viver e praticar estes princípios através da nova vida que receberiam pela salvação.

E então começa pelo começo – versículo 5.3 – “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.”, que é a base, a condição necessária para que alguém tenha capacidade para praticar os princípios que vem logo apos esta primeira declaração. Esta condição e o novo nascimento, ou a regeneração, que aconteceu quando Jesus vai para a cruz e declara que iria nos incluir na sua morte e ressurreição – “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” Jo 12.32.

Pr. Douglas Bataglião,24/12/2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NOSSA UNIÃO COM CRISTO

UNIÃO COM CRISTO

“Disse, porém, Boaz: No dia em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a moabita, já viúva, para suscitar o nome do esposo falecido sobbre a herança dele. Então, disse o resgatador: Para mim nã poderei resgatar, para que não prejudique a minha.”
“… e também tomou por mulher Rute , amoabita, que foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre a sua herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e da porta da sua cidade; disto, hoje, sois testemunhas” (RUTE 4.5,6; 10)

Rute 4 fala de casamento, união, isso implica em herança, herdar.

Herança é um conceito muito importante na Palavra de Deus. Esta palavra aparece três vezes na narrativa de Rute. No Antigo Testamento esta palavra é muito recorrente.

Em Números, na terra de Moabe, houve 2 ressenceamentos:
• o primeiro contou a primeira geração(Nm 1; 2.32-34), que morreu toda no deserto

• antes do povo entrar em Canaã, foi feito um 2º ressenceamento(Nm 26), fala da segunda geração, que foi trazida do deserto e iria entrar na terra prometida e possuí-la, terra que mana leite e mel.

A terra prometida representava as insondáveis riquezas de Cristo, a plenitude de vida.

Herança tem duas conotações na Velha Aliança:
• entre o Pentateuco e livros de históricos(Rute a 2Cr) – herança refere-se à teraa de Canaã, terra prometida. Ao entrar nela, aquela se tornou a sua herança
• na 2ª parte do livro de Salmos em diante a palavra herança já se refere ao povo de Israel como herança de Deus.

Deus deu aquela terra como herança apenas como um meio para alcançar um fim, desfrutar daquela terra e dizer “Deus é minha herança, esta terra é minha herança” (Sl 16.5-6; 73.26; Is 19.5; Jr 2.7; 12.7-9,14,18; 50.11)

Esta é apenas a metade da história. No Novo Testamento a mesma coisa acontece.

Cristo – a nossa herança – “…nele digo, no qual fomos também feitos herança…” (Ef 1.11). Esse texto fala que obtivemos uma herança.

Cristo é a nossa herança, Deus em Cristo é a nossa herança. 1 Coríntios 3:21-23 - “Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus.”

Na Nova Aliança a terra prometida, Canaã, tipifica uma pessoa, Jesus Cristo. Porque Ele próprio é a nossa herança. A Bíblia constantemente nos afirma que Jesus Cristo é nossa herança (Ef 1.14,18; Cl 1.12; Hb 9.15; 11.8; 1Pe 1.4; 3.9)

Cristo é nossa herança (Ef 1.18). Estamos unidos a Cristo, desfrutamos dEle como nossa herança, porém Deus tem sua herança nos santos.
Douglas Bataglião, 02/12/200
(Baseado estudo de Cristian Chen)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Senado minimiza resultado de sua enquete sobre PLC 122/06

Por Angelo Manassés ⋅ dezembro 7, 2009 ⋅
A Agência Senado (AS) foi sincera o suficiente para reconhecer que “a maioria dos internautas que votou na enquete da Agência Senado e da Secretaria de Pesquisas e Opinião Pública (Sepop), no mês de novembro, se posicionou contra a aprovação do PLC 122/06″.

A AS também admitiu que, “do total, 51,54% foram contrários à proposta e 48,46% a favor. A enquete recebeu 465.326 votos, e foi a que mais mobilizou votantes desde que esse tipo de consulta foi criado”.

Entretanto, rapidamente a AS jogou água fria em tudo, dizendo:

A Agência Senado frisa que as enquetes pela internet não utilizam métodos científicos, apenas colocam os temas em debate. Entretanto, o DataSenado fez pesquisa, dessa vez científica, a respeito do tema e nesse caso, 70% dos entrevistados foram favoráveis ao projeto que criminaliza a homofobia.

Houve muitas queixas contra a enquete, pois cada vez que o “não” ao PLC 122/06 subia, ocorria uma “pane”. Depois da pane, o resultado invariavelmente favorecia a posição do governo e dos grupos homossexuais.

Houve muitas queixas também contra a pesquisa “científica” do Senado, pois em nenhum momento ela deixou transparecer que por criminalização da “homofobia” (que é toda e qualquer oposição à agenda gay), o PLC 122/06 forçará significativas mudanças legais, obrigando a aceitação do “casamento” homossexual, adoção de crianças por homossexuais e impedindo padres, pastores e cristãos comuns de mencionarem a condenação bíblica às práticas homossexuais. Os formuladores e responsáveis pela pesquisa empenharam-se em acobertar tal ameaça, mas em todos os países em que esse tipo de projeto passou, a conseqüência foi nessa direção.

Além disso, a Agência Senado não se lembrou de mencionar que os resultados da enquete e da pesquisa não refletem os sentimentos da população brasileira.

Pesquisa realizada por organização ligada ao PT no começo de 2009 chegou à conclusão de que, de uma forma ou de outra, 99% da população brasileira não concordam com o homossexualismo. Contudo, o governo Lula e instituições atreladas — inclusive a Agência Senado — insistem em ignorar o que pensa a vasta maioria do Brasil, embarcando em malabarismos técnicos, estatísticos e políticos para apresentar ao público mirabolantes resultados pseudocientíficos que favoreçam a ideologia de uma minoria imoral.

Se a honestidade fosse um guia útil para o governo e suas instituições, o Senado não teria dificuldade alguma de alertar o público sobre as discrepâncias de sua enquete e pesquisa. O Senado prontamente notificaria o óbvio, declarando: “Em vista do fato de que a vasta maioria da população brasileira não concorda com o homossexualismo, estranhamos o resultado da enquete, que apontou apenas 51,54% nessa posição, e estranhamos muito mais nossa própria pesquisa, que produziu um resultado literalmente alienígena de 70% a favor do PLC 122/06. Faremos uma investigação interna para averiguar que tipo de manipulação na redação das perguntas ou nos números levou a tal discrepância. Agradecemos a sua paciência.”

No entanto, com ou sem enquetes e pesquisas, as políticas do governo Lula estão determinadas a homossexualizar a sociedade. Aliás, o governo Lula está usando o resultado da pesquisa sobre 99% da população brasileira contrária ao homossexualismo como evidência da necessidade de reeducar o Brasil a dar meio volta mental. Tal reeducação também se aplicaria se o povo fosse a favor do homossexualismo?

Tente imaginar. Se uma pesquisa indicasse que 99% da população brasileira aceitam o homossexualismo, qual seria a atitude da esquerda brasileira? Não tenha a menor dúvida: eles gritariam que a vontade do povo tem de ser respeitada e não admitiriam, em hipótese alguma, que se falasse em “reeducação” para o povo parar de aceitar o homossexualismo. Eles gritariam que a simples menção de “reeducação” seria tratada como sinônimo de ditadura e violação da Constituição brasileira — sem mencionar violação dos direitos humanos da grande maioria da população.

Entretanto, estamos aceitando deles essas mesmas imposições e abusos, da forma mais passível possível. Nossos filhos nas escolas públicas estão sendo vítimas de uma poderosa lavagem cerebral estatal que quer exterminar deles os sentimentos de 99% do Brasil.

Afinal, o que é a maioria do povo para eles? Um bando de trouxas emudecidos que precisa ser “alfabetizado” nos valores “mais elevados” deles?

Será necessário muito mais do que uma mera enquete ou pesquisa para que o governo respeite a vontade do povo, pois um governo ideológico minimizará toda enquete e pesquisa que não representar sua própria vontade, e as legitimará somente quando favoráveis aos seus interesses. Se os resultados lhe favorecem, ele nos responde: “Calem-se, idiotas! O povo falou, tá falado. Essa é a vontade do povo. Ponto final”. Se os resultados favorecem a maioria do povo, ele diz: “Esses resultados só comprovam que vocês são idiotas e precisam ser reeducados!”

Tome também como exemplo o próprio PLC 122/06, de autoria da petista Iara Bernardi e sob a relatoria atual da petista Fátima Cleide. Esse projeto anti-”homofobia”, que nasceu das próprias entranhas do PT, foi aprovado de forma maliciosa na Câmara dos Deputados e está avançando da mesma forma no Senado. O governo petista vai enfiar esse profano remédio goela abaixo da população, para erradicar de uma vez o que Lula considera uma doença “perversa” — toda opinião contrária ao homossexualismo.

Quer goste ou não, o povo vai ter de engolir o remédio estatal. “É para o bem deles”, sussurram Fátima Cleide, Lula e outras cabeças petistas entre si. “Mais tarde, quando estiverem todos devidamente reeducados, eles aceitarão todas as nossas políticas e projetos e nos verão como heróis. É só aguardar mais um tempo”.

Não há saída. Diante de um governo ideológico que quer apenas impor sua vontade nos cidadãos, mil enquetes e pesquisas nada significam. A vontade da maioria não tem importância. A única coisa que importa é o avanço da ideologia, custe o que custar ao Brasil.

Então, que chance o povo tem diante da máquina estatal que passa por cima de opiniões e sentimentos populares? Que chance o povo tem diante de uma máquina que quer manipulá-lo, reeducá-lo e doutriná-lo?

Fonte: Julio Severo

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A ENCARNAÇÃO
João 1.1-18
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim. Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”
Este é o texto cental das Escrituras que narra e define para nós a extraordinária vinda e a entrada de Deus na história humana. Porém, este texto está longe de ser o único a tratar deste mistério. Todos os cristãos reconhecem que, em Jesus, Deus estava presente na sua plenitude, e que Ele se mudou para a nossa vizinhança num ato humilde de amor, algo incomparável na história.
Quando falamos de Encarnação com “E” maiúsculo, nós nos referimos àquele ato sublime de amor e humilhação através do qual Deus decide entrar nas profundezas do nosso mundo, nossa vida, nossa realidade, para que a redenção e consequente união entre Deus e a humanidade se torne concreta. Esta “en-carne-ação” de Deus é tão radical e total que ela confere qualificação a todos os atos posteriores de Deus neste mundo. (Frost e Hirsch)
Quando Deus veio ao mundo em e através de Jesus, o Eterno estabeleceu residência entre nós “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). E o motivo central da Encarnação, considerando a nossa limitação em penetrar nesse mistério, era que, ao se tornar um de nós, Deus foi capaz de alcançar a redenção humana. Mas, a profunda afinidade, uma identificação radical com tudo o que significa ser um humano – um ato que libera toda sorte d potencialidade naquele com o qual a identificação acontece. Mas, mais do que identificação, Encarnação é revelação: ao tomar sobre si todos os aspectos da humanidade, Jesus é para nós, literalmente, a Imagem humana de Deus. Se nós queremos saber como Deus é, nós não precisamos procurar além de Jesus. Nós podemos compreendê-Lo porque ele é um de nós. Ele nos conhece e pode nos mostrar o caminho.
Como um seguimento disto, nós podemos identificar pelo menos quatro dimensões que dão estrutura ao nosso entendimento da Encarnação de Deus em Jesus, o Messias. Elas são:
1. PRESENÇA – Em Jesus, o Deus eterno está plenamente presente para nós. Jesus não era meramente um representante de Deus ou um profeta enviado por Ele; Ele era Deus em carne humana (Jo 1.1-15; Cl 2.9)
2. PROXIMIDADE – Deus, em Cristo, se aproxima de nós, não apenas de uma maneira que possamos compreender, mas, também, de uma maneira que podemos ter acesso a Ele. Ele não apenas chamou as pessoas ao arrependimento e proclamou a presença direta de Deus (Mc 1.15), mas Ele se relacionou com aqueles à margem da sociedade, e viveu a sua vida em proximidade com o quebrantado e o “perdido” (Lc 19.10).
3. ‘DESAPODERAMENTO’ – Ao se tornar “um de nós”, Deus toma forma de servo e não a forma de alguém que nos governa (Fp 2.6…; Lc 22.25-27). Ele não tenta nos impressionar com um show de sons e luzes, mas, ao contrário, Ele vive como um humilde carpinteiro no “sertão” da Galiléia por trinta anos, antes de ativar o seu destino messiânico. Ao agir assim, lançou por terra todas as noções normais de poder que coage, e demonstrou a nós como o amor e a humildade refletem a verdadeira natureza de Deus, e como eles são os meios principais para a transformação da sociedade humana.
4. PROCLAMAÇÃO – Não apenas a Presença de Deus dignificou tudo o que é humano, ela também anunciou o reinado de Deus e chamou as pessoas a darem uma resposta de arrependimento e fé. Nisto Ele iniciou o convite do evangelho, que está ativo até os dias de hoje.

Baseado em texto pr. Nelson Monteiro - STPN