quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TRÊS REAÇÕES AO NATAL


Introdução - Ler Mat. 2:1-12...
As pessoas reagiram ao nascimento de Cristo de diferentes maneiras...

I. Herodes ficou perturbado (v.3).
A. Ele afligiu-se com a idéia de um rival em potencial para o seu trono... O astuto monarca foi despertado diante da notícia trazida pelos magos.
2. Inúmeros assassínios haviam manchado seu caminho ao trono.
3. Sendo estrangeiro, era odiado pelo povo sobre quem governava.
4. Caso este novo Príncipe ganhasse o coração do povo, seu governo déspota estaria arruinado.

B. O temor espalhou-se...
1. "... toda Jerusalém" perturbou-se "com Ele" v.3.
2. É fácil entender a razão desta agitação entre o povo.
3. As pessoas que habitavam Jerusalém estavam familiarizadas com as atrocidades que Herodes era capaz de cometer.
4. Temendo um tumulto, ele bem que poderia decretar o massacre de centenas ou milhares de pessoas.

C. O temor experimentado por Herodes finalmente o levou a mandar "matar todos os meninos que haviam em Belém... de dois anos para baixo..." v.16.
1. Tal ato tão hediondo estava de acordo com o seu caráter insensível.
2. Esta crueldade foi um dos últimos atos de sua vida.
a. Pouco tempo depois ele foi obrigado a submeter-se àquela condenação que ninguém pode desviar.
b. "Teve morte terrível" (D.T.N., 56).
3. Em sua ganância, perdeu o trono e deixou de conhecer ao Salvador.

D. Muitas pessoas hoje também ficam perturbadas com o Natal, com o nascimento do Salvador.
1. Isto acontece quando vêem a Cristo como um rival em potencial para o trono de suas vidas.
2. Elas também se perturbam quando entendem o que significa realmente o senhorio de Cristo.
3. Finalmente se perturbam quando ouvem o desafio para suportarem a cruz e serem Seus discípulos.

II. A reação dos líderes religiosos judeus foi de indiferença (vs. 4-6).
A. Herodes perguntou-lhes "onde havia de nascer o Cristo" v.4.
1. Os líderes religiosos deram-lhe a resposta correta.
a. Citaram a profecia (v.5).
b. Apontaram Belém como sendo o local do glorioso nascimento.
2. Porém, recusaram-se a buscar "o Cristo" por si mesmos.
a. Nem mesmo iriam a Belém, a ver se estas coisas eram assim...
b. O orgulho e a inveja fecharam seus corações para "a luz verdadeira, que alumia a todo homem" (Jo.1:9).
c. Eles consideraram as novas trazidas pelos magos como fanatismo e portanto indignas de atenção.
d. Seu orgulho e obstinação cresceram até culminarem em decidido ódio contra o Salvador.
B. Muitas pessoas ainda hoje reagem com indiferença à mensagem do Natal.
1. Muitos ainda celebram o Natal sem Cristo...
2. Não procuram ao Salvador...
3. Natal hoje, com muita freqüência, é símbolo de Papai-Noel, compras, presentes, festas e tudo o mais...

III. Porém, a reação dos "magos" foi de adoração (v.11).
A. Sozinhos partiram de Jerusalém.
1. Não sabiam, como os pastores que foram informados pelo anjo (Luc. 2:8-12), que a Criança era humilde...
2. Chegando a Belém não encontraram nenhuma guarda real protegendo o recém-nascido Rei.
3. Nenhuma grande autoridade terrena estava presente.
4. Jesus estava deitado numa manjedoura.
a. O Rei dos reis fora colocado num cocho para animais.
5. Mas, apesar de tudo isso quando viram o Menino "prostrando-se, O adoraram" Mat. 2:11.
a. Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da Divindade.
B. Deram-lhe o coração como a Seu Salvador, apresentando então suas dádivas... (v.11).
1. Ouro...
a. Símbolo da "fé que opera por amor". P.J., 158.
2. Incenso...
a. Símbolo da "fé sincera e incontaminada". C.P.P.E., 54.
3. Mirra...
a. A mirra pode representar a preciosidade da fé que se apóia em Cristo "como o Messias prometido". C.P.P.E., 54.
C. Os cristãos verdadeiros sempre responderão ao Natal com louvor e ação de graça.
1. Eles cantarão um cântico cheio de significado.
a. Ler Sal. 40:1-3...
b. Quando o Espírito de Deus controla a mente e o coração, a alma convertida entoa um novo cântico...
c. Canta um novo cântico porque reconhece que a promessa de Deus se tem cumprido em sua experiência...
d. Reconhece que sua transgressão foi perdoada e seu pecado coberto (A.A., 476).
2. Eles orarão com o coração cheio de agradecimento.
3. Eles oferecerão seus talentos e dons generosamente.
4. Eles oferecerão um culto "vivo, santo e agradável a Deus". Rom. 12:1.

Conclusão:
1. Herodes reagiu ao nascimento de Cristo com ira...

2. Os líderes religiosos consideraram "as novas de grande alegria", mera superstição...

3. Apenas os magos, aqueles que eram considerados pagãos, receberam o Rei Menino de coração...

4. Como você reage nesta ocasião?

5. Deixará que Cristo renasça em seu coração?

Pr. Mauro Bueno - Direitos Autorais - AP

sábado, 23 de outubro de 2010

A explicação da Igreja

T. Austin-Sparks

Publicação: 22/10/2010 http://www.celebrandodeus.com.br/

"O pensamento e a mente de Deus é somente isto, "Cristo, tudo em todos"
O que é a igreja? O pensamento de Deus não é o Cristianismo; não é o de ter igrejas como centros organizados do Cristianismo; não é a propagação do ensino e empreendimento cristãos. O pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual, Cristo é tudo em todos. Esta é a igreja. Temos que revisar nossas idéias. No pensamento de Deus a igreja começa e termina com isto – a absoluta supremacia do Senhor Jesus Cristo. E o que Deus está sempre buscando é juntar aqueles de Seu povo que mais completamente concretizarão este pensamento dele, e serão para Ele a satisfação de Seu próprio desejo eterno: o Senhor Jesus em todas as coisas tendo a preeminência e sendo tudo em todos. Ele ignora a grande instituição, a assim chamada "Igreja", e está com aqueles que em si mesmos são de um humilde e contrito espírito e que tremem diante de Sua palavra, e nos quais o Senhor Jesus é o único objeto de reverência e adoração. Estes satisfazem o coração de Deus. Estes, para Ele, são a resposta à Sua eterna busca.

Vocês percebem que a Palavra de Deus diz isto. Vejam novamente Cl 3:11: "no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos". Eles têm se revestido "do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou". Observem atentamente estas palavras e vocês entenderão que este é o homem corporativo, a Igreja, o Corpo de Cristo, "a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas" (Ef 1:23). E ali, naquele homem corporativo, não pode haver grego ou judeu. Note as palavras. Não diz que gregos e judeus se unem em uma abençoada comunhão. Não, não há nacionalidades na igreja; temos nos livrado de todas as nacionalidades, e agora temos um novo homem espiritual, uma nova criação, onde não pode haver grego, judeu, escravo, livre. Todas as distinções terrenas se foram para sempre – é um novo homem. O braço direito não é um ju deu e o braço esquerdo um grego!

Não, isto passou. Nesta Igreja há apenas um novo homem – não uma combinação onde anglicanos, metodistas, batistas, congregacionais e todo o resto se juntam e esquecem suas diferenças por um tempo; isto não é a Igreja. Na Igreja estas diferenças não são meramente cobertas por um tempo – elas não existem. Há um Corpo, um Espírito. A Igreja é isto, "Cristo é tudo em todos". Tenha isto e tem-se a Igreja. Chamar qualquer outra coisa de Igreja e deixar isto de fora é uma contradição. Testem-na através disto.

Se é verdade que a vida cristã conforme o pensamento e a mente de Deus é somente isto, "Cristo, tudo em todos", então somos eu e você verdadeiros cristãos? Pois temos visto que mediante a cruz nós desaparecemos para dar lugar para o Senhor Jesus. Agora, se professamos ter vindo pelo caminho do Calvário até o Senhor, a implicação é que desaparecemos por intermédio desta cruz, para que Cristo seja tudo em todos.

O que pensar? Queremos nós um pedacinho do mundo? Nós ainda voluntariamente nos apegamos a esta ou aquela coisa fora do Senhor, porque o Senhor Jesus não tem nos satisfeito plenamente e precisamos ter um contrapeso? Um cristão mundano é uma contradição de termos. Ter um pouquinho de algo fora de Cristo é negar o Calvário e permanecer diretamente em oposição ao eterno propósito de Deus referente a Cristo. Você assume esta responsabilidade? Deus determinou isto desde toda a eternidade no referente a Seu Filho. Podemos nós professar pertencer ao Senhor Jesus e ao mesmo tempo ainda não ser verdade que Ele é tudo em todos para nós? Se podemos, há algo errado, há uma negação, uma contradição. Estamos nos opondo ao pensamento e propósito de Deus. É verdade que Ele é tudo em todos? Ele será isto se tomarmos todo o caminho.

Oh! Estas sugestões sutis que estão sempre sendo sussurradas em nossos ouvidos, que se desistirmos disto ou daquilo iremos nos arruinar, e a vida será mais pobre, e seremos reduzidos até que nada tenha restado. É uma mentira! É isto que contrapõe o grande pensamento de Deus sobre nós. O pensamento de Deus sobre nós é que alguém, nada menos que Seu Filho, Jesus Cristo, em Quem toda a plenitude da divindade habita em forma corpórea, seja a nossa plenitude. Toda a plenitude de Deus em Cristo para nós! Você nunca obterá isto ao rejeitá-lo. A vida será muito menos do que precisa ser se você não for até o fim com o Senhor. E o que se obtém em matéria de nossa consagração ao Senhor, nosso inteiro e completo abandono a Ele em nossa vida, nosso deixar completamente tudo que não é do Senhor, isto se obtém no domínio do serviço. Esta carne ama se jactar na obra cristã, e nos diz que se passarmos a ser dependentes do Senhor nós passaremos a ter um tempo de ansiedade. Mas uma vida de dependência de Deus pode ser uma vida de contínuo romance. É ali que fazemos descobertas que são constantes maravilhas.

Você pode estar quase morto num minuto e no seguinte o Senhor lhe dá algo para fazer e você fica muito vivo, dependendo dele para cada respiração sua. Assim você vem a conhecer o Senhor. Mas, depois daquela experiência, você se torna de novo inútil e morto por um tempo, contudo você se lembra de que o Senhor fez algo. Então Ele faz de novo; e a vida se torna um romance. Ninguém pensaria que você estava dependendo do Senhor para sua própria respiração. É algo muito abençoado saber que o Senhor está fazendo isto, quando você não pode fazê-lo de jeito nenhum – é humana e naturalmente impossível, mas o Senhor o está fazendo!

Prossigamos, amados, no assunto da Igreja. Apliquem o teste. Não estou falando com julgamento ou censura, nem tenciono discriminar num sentido errado, mas deixe-me ser fiel – para nós, nossa comunhão deve estar onde o Senhor Jesus é mais honrado. Nossa comunhão deve estar onde Deus tem o que é seu mais plenamente, onde Cristo é tudo em todos. Nós não podemos estar presos por tradições, por coisas que levantam um clamor e assumem uma denominação. Onde o Senhor é mais honrado, aí é onde nossos corações devem estar; onde tudo o mais é feito subserviente a apenas isto: "Cristo, tudo em todos". Este é o pensamento de Deus sobre a Igreja, e este deve ser o lugar aonde nossos corações gravitam. O lugar onde Deus vai registrar Seu testemunho e trazer o impacto deste testemunho sobre outros será encontrado onde o Senhor Jesus é mais honrado. E vocês perceberão que onde houver pessoas famintas vocês terão oportunidade de ministério se v ocês estiverem completamente em acordo com o propósito de Deus referente a Seu Filho.

9. Vivenciando tudo

Lembre-se que tudo relacionado ao cristão é experimental. Tudo em relação ao Senhor Jesus é essencialmente experimental. Não é apenas doutrina. Não é questão de credo. Não é que aceitemos certas declarações de doutrina ou credo, e que somente por isto sejamos trazidos a um relacionamento com o Senhor Jesus. Nós não nos tornamos cristãos por aceitar declarações doutrinárias ou credos ortodoxos, ou fatos sobre o Senhor Jesus. A Igreja não se constitui sobre estes parâmetros, embora a Igreja defenda certos princípios. A experiência tem que ser operada na vida, você deve ser tornar parte dela e ela parte de você. Não é suficiente crer que Cristo morreu na cruz. Isto deve se aplicar aqui em nossas vidas tornando-se uma experiência, uma poderosa e operante força e fator em nosso ser. A igreja não é constituída sobre uma base de declarações doutrinárias. Você não pode juntar pessoas e dizer: "isto parece perfeitamente confiáv el, constituiremos nossa igreja sobre esta base". Você não pode fazer isto.

A Igreja é aquela na qual a verdade tem sido operada, na qual ela tem se tornado experimental. Credos não podem nos manter juntos quando o inferno se levanta para nos dividir. Não, o credo mais ultra-fundamentalista não tem conseguido manter as pessoas juntas. A unidade do Espírito é algo trabalhado lá dentro. A menos que seja assim, nada pode resistir contra os espíritos de divisão e cismas que estão por aí. Tudo precisa ser experimental, não apenas doutrinário ou confessional.

Agora, é aqui onde você chega à realidade de Deus. É uma coisa cantar hinos sobre Cristo ser tudo em todos, olhar para isto como algo objetivo e concordar com isto; mas é outra coisa ser trazido experimentalmente ao lugar onde a verdade realmente opera. Há muitos que dirão hoje "sim, isto está certo. Cristo é tudo em todos", e amanhã de manhã, quando você os toca sobre algum assunto melindroso em que suas preferências estão envolvidas, você percebe que Cristo não é tudo em todos. Temos que chegar a isto pela experiência. Que o Senhor nos dê graça para isto.

O apelo final que faço é que nós todos busquemos novamente a entronização do Senhor Jesus como supremo Senhor em nossos corações, em cada parte de nossa vida, em todos os nossos relacionamentos; que se houver algo que temos segurado, que deixemos ir; se temos tido qualquer reserva, que a quebremos agora; se temos sido menos que completamente comprometidos com Ele, de agora em diante isto não seja mais assim, mas que Ele seja tudo em todos, a partir de agora. Este deve ser nosso entendimento, nosso compromisso com o Senhor. Fará você isto? Peça ao Senhor para quebrar cada amarra que está no caminho de Ele ser tudo em todos. Estamos preparados para isto?

Que o Senhor nos dê graça.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

II - O GOVERNO DE DEUS


O governo de Deus é uma expressão da Sua vontade, uma vontade que rege. Sua vontade é uma ordenação, que requer de nós uma resposta. Resistir ao governo de Deus é resisistir a Sua vontade, a Sua ordem, é não ter uma motivação reta para com a Sua ordenação.

ASPECTOS DO GOVERNO DE DEUS
 Pelo pecado o coração do homem tornou-se rebelde e obstinado, que rejeita o governo de Deus e resiste à Sua ordenação.
 A regeneração e o crescimento na graça, o amadurecimento do cristão, a santificação é que promove a nossa submissão à vontade e ao governo de Deus.

GOVERNO – definição
 Se não houver governo, não haverá segurança, não haverá ordem, nem paz.
 A falta de segurança, de paz, de ordem é fruto da falta de governo, ou de governo desvirtuado do real significado do que é governo, segundo a criação de Deus.
 Vemos e vivemos num mundo desgovernado, por isso há medo, insegurança, falta de paz.
 Por causa do pecado o homem está em desgoverno, seja em qualquer tipo de sistema político de governo. Se houvesse governo humano perfeito, não haveria necessidade de salvação.
 Na vida espiritual acontece a mesma coisa, se não estamos sob o governo de Deus, somos pessoas espiritualmente e emocionalmente inseguros, medrosos, temos falta de propósito, não temos paz, Pv 29.18 diz – “onde não há visão, o povo se corrompe;…” onde não há governo há corrupção, há “cabelo desgrenhado, desalinhado”, sentido real da palavra neste texto.
 Deus é um conquistador, um marido integral. Ele quer todas as esferas de nossas vidas sob o seu governo.
 O governo de Deus, portanto, deve ser visto em todas as áreas da existência: na Criação, na Redenção, no Lar, na Igreja, no Culto,…


DEUS ESTABELECEU O SEU GOVERNO ATRAVÉS DA SUA VONTADE, OU PROPÓSITO
O governo de Deus é absoluto e é eterno – “Quem lhe entregou o governo da terra? Quem lhe confiou o universo?” (Jó 34:13)
UNIVERSO – UNI – (um, uno, único)
– VERSO – (versão, propósito, vontade) - (veja anexo no final da apostila)

O universo foi criado para que seja cumprida “uma vontade”, “uma versão única”, “um propósito único”.

Ir contra o governo de Deus é ir contra a Sua vontade, contra o Seu propósito. Toda vez que há rebeldia contra o Seu governo, sempre resultará em disciplina, haverá sansão, implicará juizo.

Nossa mais perfeita felicidade é cumprir a vontade de Deus, éssa deve ser sempre a fonte de nosso prazer - Rm 12.2b – “, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Salmos 40:8 – “agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei.”
Quando um filho se rebela contra a ordem do seus pais, quando uma mulher não se submete ao seu marido, quando um marido não ama; cuida; ou protege a sua esposa e família, quando um empregado não se submete ao seu patrão, quando um patrão não trata com dignidade ao seu empregado, quando um cidadão quebra uma regra de sua sociedade, esta pessoa está se rebelando contra o governo de Deus, pois foi Ele que estabeleceu o princípio de governo em todas as esferas da vida espiritual, da vida em sociedade, na vida da igreja, na família. Toda autoridade é delegada por Deus – João 19:10-11 – “Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.”

2 – DEUS CRIOU O HOMEM PARA QUE SEU PROPÓSITO, SUA VONTADE FOSSE CUMPRIDA NO UNIVERSO

v. 14-15 - Nossa vida não foi obra do acaso, foi estabelecida antes da fundação do mundo – “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo,… ” (Ef 1.4a), e criada por Deus para cumprimento do seu Eterno propósito, em Cristo Jesus. Essa é a determinação de sua vontade e devemos nos submeter a essa governo, ou vontade soberana – “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).

Deus rege o Universo e em sua mão está o cetro, a vara e o cajado. Jesus é o Supremo pastor que tem toda a autoridade nos céus e na terra e debaixo da terra. Ele rege com a vara e o cajado (Salmo 23). Vara para a disciplina e punição (Jo 14.6 – Verdade). Cajado para apascentar, conduzir, resgatar (Jo 1.17 – Amor).

A criança é sempre é desequilibrada. E quando somos imaturos ou crianças espiritualmente, tendemos ver Deus somente como o Deus da vara; o punidor, ou então, por outro lado, somente O vemos como o Deus do amor; do cajado. Por causa desse nosso desequilíbrio, frequentemente vemos graça, mas não vemos governo, vemos cajado, mas não vemos vara. O escritor de Hebreus deveria estar pensando assim, quando diz que o alimento sólido é para os que são maduros (huios, grego) – (Hb 5.13-14).

Deus nos introduziu no Seu governo através da graça, por meio de Jesus Cristo, somos salvos, mas muitas vezes encontramos em nós, nas nossas atitudes e princípios falta deste governo de Deus. Quando nos encontramos desequilibrados, infelizes, inseguros com medos, isto é evidência da falta do governo de Deus em nossas vidas. Confira o que diz o Salmo 66.7 – “Ele, em seu poder, governa eternamente; os seus olhos vigiam as nações; não se exaltem os rebeldes.”


3 – EM JESUS ESTÁ O GOVERNO E A VONTADE DE DEUS PARA NÓS
Isaías 9.1-7 – “1 Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. 2 O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. 3 Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. 4 Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas; 5 porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. 6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, 7 para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.”
Este texto foi citado por Mateus no capítulo 4.15-16 quando falou que Jesus veio trazer o Reino dos céus, isto é, o governo de Deus aos homens.

v.2 - A alusão a trevas neste verso é uma figura da falta de governo. A luz na Bíblia é uma tipologia de governo.

No verso 6, Isaías declara “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu” – aqui o profeta, provavelmente está se referindo as duas naturezas de Jesus Cristo, “um menino nos nasceu” – fala se sua natureza humana. Deus não nasce, Ele é eterno, “um filho se nos deu” – novamente a palavra “huios”, filho maduro, um filho não criado (Jo 3.16).

E o verso continua dizendo – “o governo está sobre os seus ombros”. Como a descendencia de Davi, segundo a promessa, Ele veio para trazer graça, salvação, perdoar pecados, livrar do inferno, da ira de Deus e nos capacitar a vivenciár o Seu governo, pois éramos inimigos e rebeldes contra Deus (Rm 5.10 ; Cl 1.21; Tt 2.11-14)

Jesus veio trazer o Seu governo sobre os rebeldes, incluindo-os na cruz, trazendo-os pela graça, para dentro do Seu governo. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13) – isto é troca de governo.

Mas o seu governo não é implantandado em nós compulsoriamente, deve ser desejado e conquistado com disposição passo a passo “…, dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés”(Js 1.2-3). “Mas a vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).

Jesus não é apenas nosso Salvador, mas também é nosso Senhor, Isaías ainda diz – “o governo está sobre os seus ombros”, e relata os atributos deste que tem o governo:
“maravilhoso” – único, especial. “conselheiro” – consolador, unção. “Deus forte” – como nenhum outro. “Pai da eternidade” em primeiro lugar – o que era antes da eternidade, o incriado, o autoexistente. Em segundo o – Pai dos que foram chamados para ter vida eterna.
“príncipe da paz” – só governo pode trazer paz verdadeira e duradoura.

V.7 – “para que se aumente o seu governo”. Jesus seria rejeitado pelo seu povo e pelos seus opositores, andou debaixo do desgoverno humano causado pelo pecado. Quando ressucitou chamou muitos filhos para debaixo do Seu governo. Desde o início da igreja, até hoje Ele governa sobre o seu povo. Na Sua segunda vinda governará sobre todas as nações por 1.000 anos. Seu governo vai aumentando dia a dia através da conversão e da submissão voluntária dos seus servos à Sua vontade. Finalmente abrangerá tudo, todas as nações, pessoas, e seres espirituiais, portanto, todo o universo. E o resultado do seu governo será paz, segurança e tranquilidade – “, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre… ”


4 – COMO EXPERIMENTAR O GOVERNO DE DEUS NÁ PRÁTICA?

4.1. Separação – precisamos dar um não para o que Deus tem mandado a nós pela Sua Palavra. A igreja tem que ser diferente, EK-KLESIA, “EK – para fora; KLESIA – assembléia. Pela própria definição de seu nome, a igreja deve ser um corpo diferente do mundo, fora do mundo, separada do mundo. A igreja deve ser sal, deve ser luz para o mundo, deve fazer a diferença (Mt 5.14-16).

4.2. Unidade – Unidade fala de um só propósito, uma só motivação. Sem unidade não há governo. Unidade é a expressão do governo. Quando há ciúmes, disputas, disssenções, facções, há quebra da unidade, portanto há desgoverno em todas as esferas de nossos relacionamentos– “como andarão dois juntos se não houve entre eles acordo(unidade)” (Amós 3.3).

4.3. Relacionamentos Estáveis – Em Neemias capítulo 7 vemos que já haviam sido restauradas as estruturas os muros, o templo, os utensílios, o serviço, mas a cidade precisava de vida, de pessoas, de relacionamentos fortalecidos, esta é mais uma tipologia da igreja do Novo Testamento. Igreja e família são os lugares onde os laços são fortes, até mesmo mais fortes do que com parentes consanguíneos. Onde irmãos e irmãs, conjuges e vizinhos tem compromisso uns com os outros, compromisso com a igreja, com o serviço para igreja.

4.4. Amor resturado – em Neemias 8 podemos ver o resultado da restauração como o amor por Deus, pela Palavra e o governo de Deus estabelecido.

Tudo isso é o resultado do Governo de Deus, que é estabelecido e aumenta dia a dia.

Até que ponto o governo de Deus está aumentando em sua vida pessoal, na sua família, na assembléia que você se reune, no serviço que você presta ao Senhor?

sábado, 9 de outubro de 2010

O Propósito, Governo e Ordem de Deus!




O PROPÓSITO DE DEUS - Não é preciso ir tão longe para reconhecer que a maior parte da igreja vive sem saber por que existe. Muitos testemunhos e pregações partem da queda do homem e enfatizam a necessidade de sua restauração. Há muito pouca referência ao glorioso programa de Deus e a Sua suprema realização, seu beneplácito (Ef 1. 5,9). É imperativo termos um ponto de partida correto se quisermos manter as coisas em um apropriado contexto de referência, para o propósito da criação do Universo, para a formação do homem, da nação de Israel, ou mesmo da Igreja e da família.
É importante reconhecermos o antes e o depois de Deus. Devemos voltar no tempo, até o coração de Deus antes que Ele criasse qualquer coisa, antes da redenção ser necessária e perguntar – Qual éra o propósito de Deus naquele tempo, antes que Ele começasse quaisquer das Suas atividades na terra e no céu? Qual era o Seu profundo desejo e a intensão naquele grande “antes”? O que estava “na folha de papel em branco” do Seu coração, antes de Ele começar o Universo?
Enquanto nos faltar a compreensão do supremo propósito de Deus, ficaremos centrados em meios e métodos e jamais compreenderemos plenamente as verdadeiras dimensões, o significado da vida e o propósito oculto no coração do Pai.
O apóstolo Paulo respondeu qual é esse mistério a maioria das perguntas que poderíamos fazer a respeito do Pai de da Sua grande família que destinou para Si, e o que está sendo agora realizado por intermédio de Seu Filho unigênito, em uma única frase em Efésios 1.3-4,:
QUEM: “Ele” - Deus, o Pai (v.3).
O QUE: “nos escolheu” - nos tornou filhos em Sua família (v.4).
COMO: “Nele” - Cristo, o Filho eterno envolvido em todos os aspectos (vv. 3,4,5,6,7,9,10,11,12).
QUANDO: “antes da fundação do mundo” – Na eternidade passada, antes de tudo (v.4).
POR QUE: “para Ele mesmo” - como propriedade Sua para Seu prazer, glória e satisfação (v.5, (Cl 1,16).
ONDE: “para que pudéssemos estar perante Ele” - em Sua própria presença (v.4; 2.6).
Assim, como é imperativo ter um ponto de partida correto se quisermos manter todas as coisas em um apropriado contexto de referência. Desta forma torna-se possível reconhecer o que cada um dos membros da Trindade - Pai, Filho e Espirito Santo - está realizando para cumprir um único Supremo Propósito.
 O Pai cumpre aquilo que Seu coração anelou em todos os tempos: uma grande família de filhos conformados à imagem de Seu Filho Unigênito - uma família que trará a Ele honra paterna, glória e satisfação (Ef 1.5,9).
 O Senhor Jesus, O Filho, está recebendo o que o Pai designou para Ele: um Corpo de muitos membros, a igreja, que será a Sua exata expressão em todo o Universo ( Ef 3.10).
 O Espírito Santo está recebendo um templo glorioso construído com pedras vivas que será para Ele, a Sua eterna habitação (Ef 1.22, 1Pe 2.5).

O GOVERNO DE DEUS - O governo de Deus é uma expressão da Sua vontade, do Seu Supremo Propósito, uma vontade que rege. A Sua vontade é uma ordenação, que requer de nós uma resposta. Resistir ao governo de Deus é resisistir à Sua vontade, ao Seu Propósito, à Sua ordem, é não ter uma motivação reta para com a Sua ordenação.

A ORDENAÇÃO DE DEUS - A Glória de Deus não pode ser entregue ao homem de qualquer maneira. Por que a Sua Glória expressa o próprio ser e o governo de Deus. Glória é uma qualidade da habitação de Deus em nós, em Efésios 3.16-17, Paulo fala sobre o habitar de Cristo em nós, que vem pelo Espírito, para fazer morada própria e permanente, como administrador, como dono que ordena todas as coisas. Ordem, portanto, é o modo de expressão mais prática do governo de Deus em nossas vidas. E esta ordem é determinada pelo arranjo(organização) de Deus em todas as áreas dessa vida, no cristão, na família, na igreja e da sociedade. Que pode também ser descrita como arranjo, para que o Seu Supremo Propósito se cumpra em todo o Universo. E nós, a igreja, somos os ecolhidos para manifestar este Governo em todas as eferas do universo, e aos principados e postestades nas regiões celestiais. Que grande propósito!!! Que grande responsabilidade!!!
Douglas Bataglião

O Propósito, o Beneplácito, a determinação do coração de Deus, o Seu anseio Eterno.



Efésios 2. 19-22 -“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.”

Neste trecho mais uma vez o apóstolo Paulo toca qual é o Propósito de Deus, o tema central de Efésios e de toda a Bíblia, que é o mistério já revelado anteriormente em uma única frase no capítulo 1.3-5.

Onde a maioria das perguntas que poderíamos fazer a respeito do Pai de da Sua grande família que destinou para Si, o que está sendo agora realizado por intermédio de Seu Filho unigênito:
QUEM: “Ele” - Deus, o Pai (v.3).
O QUE: “nos escolheu” - nos tornou como filhos em Sua família (v.4).
COMO: “Nele” - Cristo, o Filho eterno envolvido em todos os aspectos (vv. 3,4,5,6,7,10).
QUANDO: “antes da fundação do mundo” (v.4).
POR QUE: “para Ele mesmo” - como propriedade Sua para Seu prazer, glória e satisfação (v.5).
ONDE: “para que podéssemos estar perante Ele” - em Sua própria presença (v.4, versão Wuest).

É imperativo ter uma visão correta se quisermos manter todas as coisas em um apropriado contexto de referência no Lívro de Aos Efésios, que só tem um tema.

Desta forma torna-se possível reconhecer o que cada um dos membros da Trindade - Pai, Filho e Espirito Santo - esta realizando para cumprir um único Supremo Propósito.

 O Pai cumpre aquilo que Seu coração anelou em todos os tempos: uma grande família de filhos conformados à imagem de Seu Filho Unigênito - uma família que trará a Ele honra paterna, glória e satisfação (Ef 1.5,9).
 O Senhor Jesus, O Filho, está recebendo o que o Pai designou para Ele: um Corpo de muitos membros, a igreja, que será a Sua exata expressão em todo o Universo ( Ef 3.10).
 O Espírito Santo está recebendo um templo glorioso construído com pedras vivas que será para Ele, a Sua eterna habitação (Ef 1.22, 1Pe 2.5).

Então temos a seguinte, e constante conclusão em toda a carta Aos Efésios e na Bíblia que:

“O Pai dentro da Sua realidade, terá uma família com muitos filhos que expressarão o caráter único de Cristo, o Filho;

O Senhor Jesus Cristo terá uma Noiva, a Igreja, composta de muitos membros para manifestar a Sua glória em todo o universo;

E o Espírito Santo terá um Templo, para Sua habitação eterna, composto de muitas Pedras Vivas, que manifestarão as maravilhas, as riquezas da Sua glória e poder.”

Que o Senhor nos encaminhe cada dia mais para a Sua Suprema Vontade!
Douglas Bataglião,10/10/2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O mistério do matrimônio



Figura do Supremo Propósito de Deus(*)
"Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e os dois serão uma só carne. Grande é este mistério; mas eu digo isto com respeito a Cristo e a igreja" (Ef. 5:32).
O que é o matrimônio? É o que todo mundo conhece como tal? Há algo mais profundo, e que o mundo não conhece? O matrimônio é, podemos assim dizer, a metáfora de um mistério. Este mistério –Cristo e a igreja– não foi dado a conhecer aos profetas do Antigo Testamento, embora a sua metáfora –o matrimônio– já tinha sido estabelecido em Gênesis 2:24: "Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e serão uma só carne".
O matrimônio é uma metáfora ou uma alegoria do mistério de Cristo e a igreja, e não a revelação plena do mesmo, porque mostra a união de Cristo e a igreja de forma velada, não abertamente. No dia que vermos Cristo unido para sempre com a sua igreja, nos lugares celestiais, celebrando as bodas do Cordeiro, esse dia a metáfora terá uma manifestação completa.
Para conhecer o verdadeiro significado do matrimônio, temos que conhecer Cristo e à igreja. O Senhor aceitou certa distorção quanto ao matrimônio sob o Antigo Pacto, mas não pode aceitá-la sob o Novo. Porque no matrimônio, o marido representa a Cristo, e a esposa à igreja, o qual não se conhecia sob o Antigo Pacto.
Quando os fariseus se aproximaram do Senhor para lhe perguntar sobre o matrimônio, eles tinham em mente os ensinos de Moisés dados em Deuteronômio capítulo 24. No entanto, Ele levou-lhes mais atrás, a Gênesis capítulo 2. "Pela dureza do vosso coração Moisés permitiu-lhes repudiar as suas mulheres; mas no princípio não foi assim" (Mt. 19:8). "No princípio não foi assim". É o parâmetro com que se tem que medir. O que está no princípio mostra o modelo original de Deus, e que expressa o desejo do seu coração. O posterior é o resultado da incapacidade e irresponsabilidade do homem para sustentar aquele modelo. De maneira que temos que ver atentamente como foram as coisas no princípio, para assim conhecer o mistério que encerra o matrimônio.
Quando Deus criou a Adão teve em mente o seu Filho, e quando Deus criou a Eva, como companheira de Adão, teve em mente à igreja. O primeiro é Cristo e a igreja, não Adão e Eva. Não o matrimônio de Adão e Eva, mas de Cristo e a igreja. O matrimônio é uma réplica no tempo daquela união maravilhosa e eterna de Cristo e a igreja.
O mistério de Cristo e a igreja –como todos os que Deus revelou em seu evangelho–, não é revelado a todos os homens, mas somente aos que são da fé: "Ele respondendo-lhes disse: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas a eles não é dado" (Mat. 13:11). Estes mistérios não são entendidos por carne e sangue, mas são entendidos espiritualmente, por revelação do Espírito Santo.
Fonte: www.aguasvivas.ws
(*) e sublinhados – grifo meu, Douglas Bataglião

sábado, 4 de setembro de 2010

Seita Universal distribui a unção dos milionários!

Ninguém se surpreende mais com a audácia e a falsidade doutrinária destes que se dizem cristãos e infestam os púlpitos desta seita.

Quisera se dissessem qualquer outra coisa: espíritas, mamônicos, adoradores de Baal, o que fosse! Nos poupariam da vergonha e do desejo de nos apartarmos destas suas práticas degradantes.

Como não o fazem, nos forçam a reafirmar que o sacrifício do Senhor Jesus foi definitivo e que o véu rasgado não é para ser costurado.

Que o Senhor tenha misericórdia dos que são enganados ou se deixam enganar e permitem que seus olhos sejam desviados da Cruz, para esta prosperidade comprada ao aviltante custo de suas próprias almas.

Que confortante (!) seria imaginar que um óleo tocado por milionários e consagrado neste altar de Mamôm pudesse dar aos ungidos riquezas sem fim. Fosse assim, sugeriria como o fiz no site da "arca universal", que publicou a matéria a seguir, mas sem mesma ironia, que providenciassem ao menos uma pessoa ética, de moral ilibada na referida agremiação afim de tocar em tantos barris de óleo fossem necessários para dar aos membros da Universal uma unção daquilo que mais desesperadamente necessitam.

Mas algo de positivo fica deste episódio. A verdade está exposta para quem quiser ver. Independente do valor da "ato profético" da consagração de óleo, a seita Universal deixa claro que a consagração não é nem sequer feita a Deus por servos do Senhor, mas por milionários ao Deus Mamon! Servos do dinheiro, consagrando óleo ao deus do dinheiro para o uso da massa gananciosa e cega às riquezas espirituais.



Quem nunca sonhou em ser um milionário? Quem nunca sonhou em ter iates, jatinhos, mansões, carros importados, casas na praia e muito dinheiro?


Não são poucos os livros e textos na internet que ensinam as pessoas a ficarem ricas, como por exemplo: dormir e acordar só pensando em dinheiro; não abrir mão de qualquer possibilidade de obter lucro; criar um produto exclusivo; inspirar-se nos líderes; ser original; antecipar-se às tendências, entre outros.

Porém, a realidade na vida de grande parte da população é marcada por desemprego, dívidas, restrições no nome, cheques devolvidos e humilhação.

Pensando nessas necessidades, A Igreja Universal do Reino de Deus realiza todas as segundas-feiras a “Reunião dos 318 pastores”. Durante o encontro, orações e ensinamentos são realizados com o objetivo de trazer o êxito financeiro e profissional aos participantes.

“A nação dos 318, todas as segundas-feiras, fala de promessas materiais. Abraão juntou homens nascidos do seu povo, de sua tribo e pegou esses 318 homens corajosos, valentes e foi em busca do seu sobrinho e ele venceu nove reis, ao mesmo tempo, apenas com esses homens, e recuperou tudo, inclusive seu sobrinho. Eu tenho visto muita gente conquistando nessa reunião, quem crê vai, quem não crê fica. Quem vem segunda-feira é porque pensa grande, tem visão, fé e nós suprimos a necessidade dessas pessoas com a fé que a bíblia nos apresenta. Pois, o que nós ensinamos nessa reunião é de suprema importância para o seu dia a dia”, disse o bispo.

Na última segunda-feira (2), aconteceu a “Grande Noite da Unção dos Milionários”, onde o pastor ungiu os presentes com o azeite consagrado por 7 milionários. Além disso, ele ensinou sobre a importância de não esmorecer diante dos problemas: “De repente você está cansado. Não por causa do trabalho, mas por não ver o resultado do seu trabalho. E pensa em desistir diante dos problemas. Mas, Deus lhe trouxe aqui para você reagir e lutar. Pois a vitória é certa”, explicou.

Genizah

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2010/08/seita-universal-distribui-uncao-dos.html#ixzz0ycRNBFwf
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tuya es, oh Jehová

VAMOS VOLTAR ADORAR COM SIMPLICIDADE

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A revelação de Cristo pelo Espírito



G. Campbell Morgan

A restauração do homem para Deus forçosamente resulta na restauração para o homem do conhecimento de Deus. O propósito original na criação do homem era que fosse um ser capaz de conhecer o próprio Deus, em comunhão e cooperação com ele. Tudo isto é restaurado em Cristo. Assim como a união vital entre Deus e o homem é criada e mantida pelo Espírito, também a obra de revelar Deus ao homem é do Espírito. «O Espírito tudo esquadrinha, até as profundezas de Deus», e estas «coisas que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem subiram ao coração do homem… são as que Deus preparou para os que o amam», quer dizer, as coisas do amor de Deus em Cristo, das que o homem na inteligência nublada era ignorante, «Deus nos revelou pelo Espírito» (1ª Coríntios 2:9, 10). Assim, enquanto que em Cristo Deus tem se provido de um Meio de revelação própria, Cristo é revelado ao homem pelo Espírito.

Este esquema da revelação deve ser compreendido se houver uma verdadeira apreciação da revelação em si. Este perfeito sistema está revelado nos últimos discursos de Jesus aos seus discípulos antes da sua paixão. Quando Felipe, como porta-voz da humanidade caída (ainda que não o compreendesse cabalmente), disse a Jesus: «mostra-nos o Pai, e nos basta» (Jo. 14:8), não houve nem dúvida nem incerteza na resposta do Senhor. Claramente disse: «quem me vê a mim, vê o Pai» (Jo. 14:9).

Esta declaração está em perfeita harmonia com a inspirada afirmação de João de que «ninguém jamais viu a Deus; o Unigênito filho, que está no seio do Pai, o deu a conhecer» (João 1:18). Não há maneira em que ele possa conhecer a Deus salvo por meio de Cristo. Toda tentativa da parte do homem de formular um conceito de Deus, ou declarar uma doutrina concernente a ele, é inútil, a menos que o conceito e a doutrina se apóiem sobre a revelação que ele tem feito de si mesmo em Cristo, e sejam sempre fiéis a ela.



A obra do Espírito Santo

Reconhecendo a inabilidade do homem para conhecer a Deus por si mesmo, o Senhor também reconhece que os homens eram incapazes de compreender a revelação de Deus em si mesmo, salvo que for explicada por esse Espírito que «tudo esquadrinha, até o profundo de Deus» (1ª Cor. 2:10). Portanto, imediatamente depois da pergunta de Felipe, deu a promessa do Espírito, junto com um ensino a respeito dele, que prepararia os discípulos para a sua vinda e obra. Desse ensino final serão suficientes como cabeçalho, três declarações principais:

a) «O Espírito Santo – aquele que vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que eu vos tenho dito» (João 14:26)

b) «O Espírito da verdade – ele dará testemunho a respeito de mim» (João 15:26).

c) «O Espírito da verdade – ele me glorificará; porque tomará do que é meu, e vos fará saber» (João 16:13, 14).

Estas palavras claramente demonstram duas coisas. Primeiro, que a obra do Espírito é essencialmente a de revelar a Cristo a aqueles em quem ele tem feito morada; e segundo, que o homem só pode conhecer a Cristo mediante a iluminação do Espírito, assim como o homem só pode conhecer a Deus pela revelação de Cristo.

Qualquer cristologia que ele não seja o resultado direto do ensino do Espírito é falsa, porque o mistério da sua pessoa e o significado da sua obra são igualmente inescrutáveis para a mente entenebrecida do homem, e só podem ser compreendidos à medida que a luz de Deus desce sobre eles. Por meio de Cristo, o Espírito da verdade habita no crente e por meio do Espírito da verdade, portanto, Cristo chega a ser o Morador. Sendo ele revelado ao homem pelo Espírito, o homem é restaurado para o conhecimento de Deus que tinha perdido por causa do pecado.

O conhecimento que o homem tem de Deus mediante Cristo pelo espírito pode contemplar-se, então, considerando primeiro a revelação de Cristo pelo Espírito; em seguida, a compreensão de Cristo por meio do Espírito; e finalmente o conseqüente conhecimento de Deus.



Uma revelação individual e histórica

A revelação que o Espírito tem feito de Cristo foi individual e histórica. Começou a sua obra com indivíduos, e depois por consideração às gerações vindouras e em cooperação com elas, procedeu para prepará-las para o futuro. Por revelação pessoal de Cristo a indivíduos preparou a homens para deixar um registro escrito no tocante a Cristo. Em seguida, mediante homens assim preparados veio ser o Autor do novo registro. Completada essa narração, deu uma exposição dela através dos séculos, em constante cooperação com os homens.

O Espírito começou a sua obra quando no dia do Pentecostes batizou àquelas almas que se achavam em atitude de espera, em uma nova união com Deus em Cristo. Ao traçar a sua obra, pois, é necessário começar com os Atos dos apóstolos, enquanto que, é obvio, ao estudar a sua revelação, a estrutura do Novo Testamento é a verdadeira ordem. Nos Atos dos apóstolos vemos o Espírito comunicando vida aos homens individuais, e em seguida dirigindo-os definitiva e imediatamente em todos os assuntos de sua vida.

Uma das notas destacadas da narração da igreja primitiva é de como estes homens foram especificamente guiados pelo Espírito, e não obstante, sempre se observa que a sua ação sob a sua direção é de lealdade a Cristo. O Espírito impede ou impele, mas são restringidos quando ele impede, ou seguem adiante quando ele impele, sendo leais a Cristo. Assim é evidente que embora estes homens fossem conscientes da constante interposição do Espírito, reconheciam que esta era uma interpretação da vontade do seu coroado Senhor para eles.

Eventualmente, para a consolação da igreja em sua relação a Cristo, e para a continuidade do seu sentido de Cristo, era necessário que se escrevesse esse relato dele como uma pessoa na história, constituindo uma base perpétua para a interpretação do Espírito. Desta necessidade surgiram as Escrituras que agora se conhecem como as do Novo Testamento. Nestes escritos o único tema do Espírito é Cristo. Nos Evangelhos estão registrados os atos que são necessários referentes à sua pessoa e ensino. Neles o vemos principalmente em esplêndida solidão, separado, mas no meio dos homens; glorioso em verdadeira e régia dignidade, como mostra a narração de Mateus; paciente em incessante serviço, conforme registra Marcos, supremo na realização do ideal divino da humanidade, como demonstra o Evangelho de Lucas, e misterioso na Majestade essencial da Deidade como declaram os escritos de João.

Em seguida segue esse tratado no qual Cristo é manifestado em nova união com os homens, continuando essa obra começada em isolamento, em cooperação com aqueles que estão unidos a ele pelo Espírito Santo. Este testemunho tem que ver quase exclusivamente com Cristo chamando para Si mesmo os homens para a remissão de pecados, para a renovação da vida, para a restauração da ordem perdida.

Passando disto, nos grandes escritos didáticos, o Espírito revela a Cristo como realizado no crente, e expressando-se a si mesmo por meio da igreja. Enquanto que nos Atos o vemos quase inteiramente chamando o pecador, nas epístolas o vemos quase exclusivamente em sua relação com aqueles que foram em obediência ao seu chamado. Depois, em Apocalipse, a um homem que está «no Espírito» lhe concedendo a própria visão que Cristo teve de sua vitória vindoura, e a consumação de todos os propósitos de Deus concernentes aos homens, fatos efetivos em Cristo.



Uma compreensão mais ampla e profunda de Cristo

Ao chegar a este ponto, os escritos estando completos, o Espírito não cessou a sua obra, melhor, a começou em toda a sua plenitude e formosura. Através dos séculos da era cristã pode traçar uma compreensão de Cristo sempre mais ampla e profunda, devido invariavelmente à revelação do Espírito à igreja de Cristo, uma revelação que constantemente está em harmonia com os escritos inspirados, de modo que não foi revelado nada fora dos atos inspirados, de modo que não foi revelado nada fora dos atos registrados naqueles, embora em uma compreensão sempre mais ampla, chegou esta sempre crescente apreciação de Cristo.

Podemos com segurança afirmar que a pessoa e obra de Jesus são melhores compreendidas agora do que antes, e que ele, pelo Espírito, está demandando e recebendo uma maior e mais profunda lealdade que em qualquer tempo passado. Esta afirmação se faz com um reconhecimento muito intenso de que o conflito que foi produzindo-se na periferia da revelação cristã se está concentrando ao redor da cidadela central da pessoa de Cristo. Em vista e na presença desse conflito, não há temor no coração de quem seja consciente da continuada presença e trabalho do Espírito. O resultado tem que ser uma nova vindicação da personalidade do Deus-homem, e uma nova apreciação daquilo que, relativo a ele, sempre estará além da possibilidade de declarações formuladas por parte do homem.

Assim se vê que o Santo Espírito da verdade, mediante processos de infinita paciência, seja com o indivíduo ou na história da raça, continua a sua sagrada obra de revelar a Cristo, interpretando a sua palavra e administrando a sua obra.

Tirado de "As Crises de Cristo".

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

NOVA HIERARQUIA NA IGREJA (você já viu isso ?)

AS NOVAS LOUCURAS DO "PAITRIARCA" (EX-"PAIPÓSTOLO") RENÊ TERRA NOVA

Por Danilo Fernandes e Hermes Fernandes
Adaptado por Artur Eduardo

A WEB cristã se escandalizou com o último delírio de Renê Terra Nova. Cercado de pompa e circunstância o já apóstolo da visão celular foi proclamado patriarca por vários líderes – ligados ao Ministério Internacional da Restauração – dando conta que a sua “unção” é a mesma dada por Deus a Abraão, o que pode ser conferido em seu próprio site (1). Esta unção foi inicialmente referendada em um “ato profético” realizado no final de 2009 por Morris Cerrullo (2). Desde então, Terra Nova deixou de assinar “apóstolo” e passou a se auto proclamar PAIpóstolo e, agora, patriarca. Ou seja: Temos um Papa Gospel!

Genizah faz uma radiografia do movimento celular brasileiro, em especial o MIR. Apresenta os meandros e técnicas de captação de membros, refuta as doutrinas espúrias do modelo dos 12 e defende a tese de que, por trás das práticas de idolatria geográfica e das mudanças na hierarquia eclesiástica, não há tão somente vaidade ou ignorância bíblica, mas a montagem de um arcabouço de gestão. Tal estrutura, em conjunto com o dogma da infalibilidade patriarcal, estabelecido recentemente por Terra Nova, e as campanhas de HONRA e FIDELIDADE ao “pai da visão”, garantem o controle financeiro e político sobre a dispersa, mas imensa estrutura da nação celular nacional.



O movimento G12 tem sido acusado de práticas absolutamente anti-bíblicas, em especial, função dos ventos de doutrina e modismos criados a partir de meras ilustrações vetero-testamentárias retiradas de seu contexto.

Contudo, antes de prosseguir, gostaríamos de fazer dois parênteses:

(1) Percebam que não generalizamos a crítica ao modelo ou as pessoas envolvidas, mas às práticas perniciosas vistas em alguns movimentos neste formato.

(2) Que fique claro que o foco da nossa crítica à estrutura celular não é em função da existência de grupos pequenos, ao contrário. Reconhecemos a importância de uma congregação baseada em grupos pequenos.

Entretanto, entendemos que os grupos pequenos são apenas satélites, não se pode transferir para as células a condução do discipulado e as bases doutrinárias da congregação. A nós, preocupa ver pessoas despreparadas assumindo um papel de liderança espiritual e doutrinária que caberia somente a um líder preparado, pastor aprovado e avaliado por anciões, como ocorre em uma congregação tradicional onde é dado o tempo necessário à formação de um líder de pessoas.

Diferentemente de um grupo pequeno de uma congregação tradicional, cujos objetivos são aumentar a comunhão dos membros, fortalecer os irmãos na fé, acompanhar neófitos e encorajar o estudo da Palavra; a estrutura celular assume papeis que caberiam às lideranças preparadas e o fazem no intuito primeiro de crescimento, não de fundamentação.

Sem a devida formação, ficam as células e seus líderes sujeitos a todo vento de doutrina, não são tendas fundadas na rocha, mas grupos frágeis emocionalmente dependentes de experiências sensoriais vividas em congressos e encontros periódicos, onde a sã doutrina passa longe. Ou seja, são cegos guiando outros cegos. Muitas igrejas saudáveis, ao aderirem ao tal “movimento”, acabaram divididas, comprovando que as células produzidas tornaram-se potencialmente cancerígenas.

No Brasil, não são poucas as ocorrências de claro sincretismo com práticas ocultistas, numerologia, candomblé e outras práticas disfarçadas sob uma “nomenclatura” pretensamente bíblica, mas que não encontra respaldo na Palavra e provoca um verdadeiro abismo entre suas práticas bizarras e a sã doutrina. Dados a realizar atos proféticos em profusão, destes que demarcam território com urina, atiram pétalas de rosas ungidas de helicóptero, ou realizam performances teatrais que lembram aquelas vistas em filmes de Hollywood simulando cortes de reis da antiguidade, os g12zistas são reconhecidos rapidamente pelo seu linguajar peculiar.

Seus encontros são famosos pelo uso de diversas práticas e jogos psicológicos envolvendo exposição humilhante dos novos participantes a técnicas de lavagem cerebral visando desestabilizá-los e torná-los susceptíveis ao processo de adesão ao grupo, tudo realizado em isolamento, horários maçantes e clima de constante pressão emocional.

Há muito material tratando destes aspectos de alguns movimentos de visão celular e de suas heresias. Nosso objetivo neste artigo é tratar de certos aspectos organizacionais do movimento no Brasil e defender a tese de que certas práticas, incluindo as recentes mudanças na hierarquia eclesiástica evangélica não têm base doutrinária (e nem mesmo são atos apenas de vaidade, como o supracitado caso do “patriarca”), mas são, simplesmente, a implantação de instrumentos de gestão financeira e política.

E tome encontros! E tome penas nos cocares dos caciques!

Quem vê filme de bang-bang sabe que quanto mais pena tem o índio no cocar, mas ele manda na tribo. Com uma estrutura que cria células (e caciques de células) em alta velocidade, botar ordem nesta tribo não é fácil. Mais do que isto, ao contrário dos grandes líderes de denominações com estrutura tradicional, o cacique manda-chuva da visão celular não conta com a mesma facilidade de arrecadação financeira e, função da distância das bases, fica mais sujeito ao sabor das disputas políticas e dos motins dos pequenos caciques.


Atos proféticos são a "alegria" dos encontros. Este aqui era para São Jorge, risos.


Com tantos índios de cocar e muito dinheiro circulando – veja que a arrecadação é alta, a doutrina é fundamentada na teologia da prosperidade e não há os custos tradicionais com obras, luz, aluguel, obreiros, etc. das congregações tradicionais – a gestão política é um caminhar no fio de navalha e gestão financeira... bem; tome taxa de evento ungido!

Congresso disto, encontro daquilo, caravana sabe-lá-pra-onde, esta é forma dos escalões superiores cobrarem das células a sua receita. Crescendo ao ritmo daqueles esquemas de pirâmides, cada encontro local, da região, da cidade, estado, nacional, internacional, vai ficando cada vez mais “tremendo” e enchendo os bolsos do cacique com mais pena.


Ninguém quer ser servo! Torpe ganância!

Bem disse Pedro, que embora apóstolo com pedigree, contentava-se em ser chamado “presbítero”: “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas. Para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe.2:3). Não quero estar por perto quando o juízo de Deus descer arretado no lombo desses pseudo-qualquer-coisa. Que bom seria se os pastores que se colocam sob sua "cobertura" atentassem para as palavras de Pedro, e percebessem a encrenca na qual estão se metendo. Se ainda há alguns sinceros, entre os milhares de ávidos por títulos e lucros, é a eles que o apóstolo endereça sua advertência: “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade; não como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe.5:2-3).


Logo o leitor começa a perceber que a criação e distribuição de honrarias e títulos hierárquicos são estratégias necessárias a manutenção da ordem nesta nação. A FIDELIDADE é um dogma! E como a palavra HONRA é repetida nos discursos de Renê Terra Nova. Ser “legítimo” é ser aprovado pelo cacique e, a este, se deve fidelidade. A “honra” é dada ao fiel e ao pai da visão. O que ninguém consegue explicar é a razão pela qual o auto-aclamado patriarca se esquece de dar honra ao verdadeiro idealizador do modelo gedozista, o colombiano Cesar Castellanos, de quem, após aprender o pulo do gato, veio a separar-se em Março de 2005. O princípio protestante de que TODA HONRA e TODA a Glória devam ser atribuídas exclusivamente a Cristo, não faz parte do discurso de Terra Nova:

Filhos, os nossos Congressos estão crescendo na maturidade e adesão de novas lideranças. Estamos vivendo momentos singulares, pois a Visão chegou em um nível de consolidação que está atraindo os novos Filhos e os Filhos Legítimos estão mais sedimentados no propósito que antes.

Vamos consolidar com saúde os novatos, mantendo o testemunho da Honra ao nosso Líder. [...] Quero deixar claro aos Fiéis discípulos, Filhos Legítimos, possuidores do DNA da Honra que são de uma linhagem inegociável, que meu coração está pleno de alegria, pois tenho visto a Mão do Poderoso Deus nos dirigindo para coisas maiores. Tenho conhecido uma demanda de fidelidade em discípulos que jamais esperava que Deus fosse nos agraciar com tamanha medida.

A fim de assegurar para si o controle da nação e evitar a rebeldia de líderes regionais, o que já ocorreu diversas vezes, os líderes tomaram para si a aprovação dos líderes locais e o senhor Terra Nova tratou de, reiteradamente, conceder novos títulos aos líderes regionais, organizando macro e micro áreas de influência, o que o levou a conceder no ano passado o título de apóstolo aos líderes regionais, dando um upgrade no topo da hierarquia evangélica nacional, criando para si, a principio, o título de PAIpóstolo (o pai dos apóstolos) e, não lhe parecendo bastante, arvora para si o título ainda mais eloqüente: Patriarca, tal qual Abraão.

A infabilidade do patriarca

De que vale um título de patriarca sem todo o poder que este pode oferecer? O patriarca da igreja católica, o papa, conta com o dogma da infalibilidade que afirma ser o mesmo, em comunhão com o Sagrado Magistério, quando delibera e define solenemente algo em matéria de fé ou moral, ex cathedra, estar sempre correto. Pois não é que o senhor Renê Terra Nova defende para si o mesmo poder, veja o que disse em seu site:

Na Palavra principal desta manhã, o Apóstolo Renê Terra Nova falou sobre a responsabilidade que o líder da Visão Celular tem em preservar a identidade do Grande Eu Sou. Lembrou que o nome de uma pessoa é o bom tesouro que deve ser preservado. Para isso, no entanto, o líder deve em primeiro lugar conhecer a identidade do Grande Eu Sou, que fará toda diferença na sua vida, deixando de lado a exaltação pessoal. “Nunca um líder deve questionar a identidade do Grande Eu Sou. Todos os que fizeram isso, acabaram provando a morte física e espiritual, com o exemplo de Faraó, no Egito”.



Em segundo lugar, lembrou o Ap. Renê Terra Nova, o líder deve preservar a identidade do seu líder. Ele nunca deve questionar a identidade de seu mentor, a identidade de sua liderança. No dia em que João Batista fez isso, perdeu a cabeça. Ele que havia preparado o caminho de Jesus, que era primo de Jesus, mas que perdeu o legado da identidade de Jesus, quando entrou na rota da suspeita da identidade de seu líder. “Herodes questionou a identidade de Jesus e foi comido por bichos. João Batista questionou a identidade de seu líder Jesus e por isso perdeu a cabeça. Todo aquele que duvida da identidade do líder perde a legitimidade e o legado da liderança de Jesus”, disse o Apóstolo.



Que bela "exejegue"! Alguém já ouviu tamanho absurdo relativo ao profeta João Batista? O que o levou a perder a cabeça foi sua fidelidade para com o exercício de sua chamada, não negociando com a verdade.

Idolatria Geográfica

Encarrapitado no extremo norte do país, Terra Nova sabe que são limitadas as oportunidades de seu rebanho disperso visitar seu luxuoso templo em Manaus, a geografia não ajuda. Apesar disto, realiza ali alguns encontros cercados de meandros faraônicos e usa de forte pressão sobre os seus líderes regionais para trazer membros para as fanfarras gospel.


Mas são as viagens proféticas as grandes receitas do grande líder, que reciclou diversas festas do judaísmo vetero-testamentário e, mesmo do atual, de maneira a encher a “embaixada da visão” em Israel, para alegria dos vendedores de badulaques da baixa Jerusalém...


Comemorar Purim, Festa dos Tabernáculos, ano-novo judaico, Chanucá, etc. pode até parecer doutrina judaizante da parte deste senhor, e é. Mas o propósito maior é reunir o seu rebanho disperso para ouvir de “sua boca ungida de patriarca” a última visão dada por “deus” ao iluminado e garantir uma receita forte nas comissões das caravanas e nas ofertas alçadas em profetadas memoráveis.


Ei, você ai! Me dá uma oferta ai! Me dá uma oferta ai!


Será que o untado patriarca jamais leu Gálatas? Nunca lhe disseram que a Jerusalém atual é escrava juntamente com seus filhos, e que a Jerusalém que é de cima, da qual somos filhos, é livre? (Gl.4:25-26). Se ele não sabe disso, não serve para liderar. Se sabe, mas prefere manter o povo na ignorância, servindo-se da mesma, ele não presta nem pra ser cristão.

Percebam que estes encontros são necessidades vitais na gestão do negócio, contudo se não há o contexto mágico / espiritual da idolatria geográfica é muito mais difícil forçar uma adesão em massa. Sendo assim, práticas de “tomada de território para Jesus” e atos proféticos dependentes da energia dos locais “santos” são fundamentais para o alimento infantil dos membros deste grupo. (1Co 13:11). São viagens a Israel, Jordânia, Egito, Coréia (Vai saber o porquê!) e, a cada ano, uma visão nova dada pelo patriarca. E tome sacolinha subindo com ofertas da base para o topo da pirâmide da nação em ritmo acelerado!


Costuram o véu que Cristo rasgou! Sacerdotes, arcas, shofares e outras palhaçadas!



O acarajé de Jesus

A última tacada estratégica do Sr. Terra Nova foi estabelecer no Brasil um centro de peregrinação, mais viável econômica e logisticamente função de uma nação continental. Para tanto, era necessário criar uma falácia espiritual capaz de sustentar o engodo profético.


Neste intuito, há três anos Terra Nova colocou 800 “profeteiros” em escunas e redescobriu o Brasil em Porto Seguro, tomando posse espiritual no país para a visão celular: Uma bela conversa fiada que cria a atmosfera espiritual perfeita para a “Sião” brasileira, que não por acaso, é um destino: (1) central, (2) com super estrutura hoteleira – normalmente pouco ocupada na época do evento de Renê; e (3) conta com a milha aérea mais barata do país, função da profusão de vôos charter. Resumo da Ópera Gospel: Ali a “visão” criou uma espécie de PARINTINS GOSPEL, que a cada ano vem crescendo em gigantismo e bizarrice.



O apóstolo colabora com a mancha de óleo do golfo e unge o mar da Bahia para que não falte atum em óleo nos supermercados da nação.


Porto “Sião” Seguro, um evento feito na medida para atender a todo bolso da visão celular e garantir uma arrecadação milionária aos líderes, veja trecho da carta de Terra Nova sobre o assunto:

O que nos fortalecerá para esse êxito é a FIDELIDADE dos nossos Líderes, que são nossos representantes e que deverão, no ofício do chamado, fazer as convocações regionais ou ministrar nos Congressos acerca de Sião e da nossa aliança. Isso honrará o BRASIL como nação que visita e impacta Israel dentro do território, como equipes e não como isolados, pois a força de uma conquista é a UNIDADE.
Bem, também estamos esperando as inscrições para Porto Seguro, pois sabemos que neste ano de 2010 haverá uma explosão de fiéis que estarão dentro do nosso território profético, selando o melhor momento da História da Nação, a consolidação da Conquista da Terra. Não posso imaginar a hora deste momento histórico, pois foi gerado com muita guerra e Deus estará nos honrando de forma Sobrenatural. É CHEGADO O REINO DE DEUS NA NOSSA NAÇÃO.
Temos, portanto, as comissões de passagens, hospedagem, venda quinquilharias e os ingressos das festas que são caríssimos. Mas não fica ai. Há sempre uma unção nova a ser vendida aos participantes. No vídeo humorístico a seguir, vemos a unção da MULTIPLICAÇÃO que foi vendido por “milzinho” e jogada ao povo, como Chacrinha fazia com bacalhau...






E pensar que o próprio Senhor Jesus, ainda antes de sua derradeira ida a Jerusalém (quando se encontrou com a mulher samaritana no poço de Jacó), decretou o fim das peregrinações a templos e “locais sagrados” objetivando cumprir obrigações religiosas ou para “estar” com Deus (Jo.4:21-24).

Não temos nada contra viagens de cunho cultural a Israel e outros locais. É mesmo especial poder visitar os locais onde acontecimentos tão marcantes ocorreram. Contudo, não é esta a prática da “visão”, mas os atos proféticos, a idolatria geográfica, a insanidade que costura o Véu que Jesus rasgou e ressuscita os sacerdotes do templo e seus vendilhões, até mesmo onde nunca existiram, como nas paradisíacas praias da Bahia.

Dono de uma unção tão especial que o faz representante do “Eterno” na terra e o tem permitido conversar até com o próprio demônio (3), como o próprio afirma em matéria listada a seguir, Renê Terra Nova se consolida como o líder inquestionável de um movimento que, a cada dia, se separa mais e mais do cristianismo enquanto realiza um dos maiores estragos já feitos na Igreja Brasileira. Um homem que hoje assina sua cartas aos “filhos” assim:


PAItriarca, 24 horas gerando a Visão e avivamento no espírito. Shalom!

Podem esperar. A coisa não fica por ai! Enquanto houver cego o Terra Nova vai deitar e rolar!


--
No amor de CRISTO nosso comum SALVADOR e SENHOR,

Valter

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A IGREJA, O CORPO DE CRISTO


A partir deste domingo, estaremos estudando a Epístola aos Efésios, na EBD e compartilhando nos cultos dominicais sobre o Propósito Eterno de Deus e a Igreja, o corpo de Jesus Cristo. Veja o que declara o irmão Stephen Kaung, em seu livro “Visão Celestial” – “Agora temos a visão plena revelada a nós na Palavra de Deus. Hoje, não é uma questão de quão plena é essa visão, é uma questão de quanto a vimos. A visão está aí, mas quanto vimos dela?... O que é essa visão? Se quisermos colocá-la em palavras bem completas, essa visão não são apenas palavras, essa visão celestial não é outra senão Cristo e Sua Igreja. Não importa que tipo de visão você veja, que tipo de ambição ou sonho você tenha, em essência, a visão celestial é Cristo e Sua Igreja”.

Temos aprendido, nestes últimos dias que toda a Bíblia fala da visão celestial, e que desde Gênesis até o Apocalípse, a visão é uma só. Entretanto temos entre as cartas do apóstolo Paulo, duas que foram escritas durante o tempo de sua prisão, provavelmente em Roma, as quais desvendam com mais clareza o “mistério” que esteve em sombras (Ef 3.4-5) durante todo o Velho Testamento, e parcialmente revelado nos Evangelhos. Estas duas cartas são Colossenses e Efésios.
Talvez, Colossenses seja o livro mais centralizado em Cristo da Bíblia, nele Paulo enfatiza a primazia da pessoa de Cristo e a salvação completa que Ele traz. Nessa Carta o apóstolo enfatiza A Cabeça, Cristo, sua pessoa, sua glória, seus atributos(Cl 1.13-20). Mas a Carta aos Efésios, que estaremos estudando, a partir deste mês, pode ser rotulada como a epístola que retrata a “igreja de Cristo”, ela enfatiza o Seu Corpo. Ela é dirigida a um grupo de crentes que tem riquezas sem medidas em Jesus Cristo, mas vivem como mendigos, porque são ignorantes a respeito de sua riqueza. Será que não estamos no mesmo estado que aqueles crentes de Éfeso?
Queridos irmãos e irmãs, a igreja é a noiva do Senhor - “O que tem a noiva é o noivo” (Jo 3.29), mas o Senhor não irá celebrar suas bodas, seu casamento, com uma igreja imatura, adolescente, mas Ele irá se casar com uma noiva amadurecida, adulta, responsável, que sabe que é, e que conhece quem é o seu noivo “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.”(Ap 21:2). Na Carta aos Efésios esta realidade da maturidade da igreja é revelado nos versos – “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos,…” (Ef 4.13,14a). Podemos também ver esta verdade quando Paulo fala do casamento, que é uma metáfora das bodas de Cristo e a igreja – “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.32).

sábado, 24 de julho de 2010

BOCA DE SAPO, LÍNGUA DE SERPENTE E ESTÔMAGO DE URUBU

– Por:Glenio Paranaguá

O prato do dia em muitas mesas caseiras é a vida alheia. Alguém falou descuida-damente que – com freqüência a sua família, quando está reunida, almoça e janta sempre o mesmo cardápio: falar mal dos outros, com um condimento a mais.
Como é difícil não fuxicar das pessoas. Deve haver alguma atração doentia para o assunto, pois vira e mexe alguém é jantado com molho forte de pimenta e tudo. E como disse Walter Knight, “não há maledicentes ociosos. Eles estão sempre ocupados”.
Sujeitos com uma boca de sapo, comumente apreciam o coaxar da suas intrigas. O som desconexo de seu ruído berrante é a distração favorita na realimentação da própria deformação moral. Quanto mais degenerados forem os tais sujeitos, mais sujeitos ficarão ao zunido zureta do seu diz-que-diz-que, diz-que-diz-que, diz-que-diz-que.
O veneno da difamação é maligno e triplamente tóxico. Além de desfigurar e ma-tar as vítimas da picada, ao mesmo tempo aleijar o próprio agente da toxina, bem como corrompe e mata o ouvinte. A linguagem viperina tem sido responsável pela amargura e deformação de muitos lares e pessoas inocentes. Muitos escapam dos destroços letais da peçonha maldita, mas carregam pelo resto da vida as seqüelas morais do envenenamento.
A receita da fofoca é uma farofa venenosa de futricas que o inferno inventa para manter os canalhas subservientes a serviço da imundícia dos seus estômagos de urubu. Não há coisa mais nojenta do que comer carniça na cocheira da calúnia. A podridão do pecado servindo de alimento para um povo maníaco é um grude repugnante que os no-bres participantes do reino de Deus devem rejeitar determinantemente.
Por favor, não me convidem, nem me incluam no chiqueiro da maledicência, já que tenho uma tendência natural bem aguçada para a corrupção. Eu sei que a minha natu-reza humana gosta de tomar parte nesses rega-bofes do achaque, por isso conto com a sua discrição me poupando de participar da agenda nestes casos. Fico grato também, se você deixar de fora outros irmãozinhos, como Daniel na Babilônia, que preferem alimentar-se de uma comida frugal e saudável. Como é bom comer comida sem agrotóxicos.
Quem sabe se você também não poderia ficar de fora desse ajuntamento de abu-tres ávidos por cadáveres em putrefação, para participar do festival de Aleluia? Sou ainda um principiante nessa escola da graça, mas tem sido magnífico poder aprender a louvar e bendizer. Estou apenas sugerindo a você: matricule-se no discipulado de Jesus e aprenda dele a falar a linguagem da elite dos eleitos que foram libertados pela obra da cruz. Espe-ro por você no hall de entrada na Universidade da Alegria e do Louvor. Seja bem-vindo!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

QUE É VISÃO CELESTIAL?

“Creio que todos nós temos um sentimento em nosso coração de que a vinda de Cristo está muito iminente. Está mais perto, provavelmente, do que pensamos. Exatamente como a Escritura diz: “…está próximo, às portas” (Mt 24.33). E porque a vinda do Senhor está tão perto, a manhã está chegando, mas a noite também vem. Assim, de certo modo, estamos vivendo a parte mais escura da noite antes que o dia amanheça, e é muito difícil durante estas horas para nós nos mantermos vigilantes, preparados, em sintonia com Deus e Seu propósito.
Antes de seu martírio, o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7). Que combate o apóstolo Paulo combateu! Ele combateu contra as feras selvagens em Éfeso. Ele combateu contra os gentios incrédulos e idólatras. Ele combateu contra os judeus incrédulos. Ele combateu contra os judaizantes que tentavam mudar a verdade do evangelho. Ele combateu contra as formas do mal no mundo. O apóstolo lutou com tudo o que Deus tinha dado a ele. Ele recebeu muitos ferimentos, mas lutou. Ele era um bom guerreiro.
Ele realmente correu a carreira. Na estrada de Damasco o Senhor o colocou na carreira. Era uma maratona, uma corrida com obstáculos. Em 2 Coríntios 6.11 você encontrará como ele correu aquela carreira em muitos perigos, algumas vezes em prisão, em nudez, em fome, por honra e por desonra. Ele passou por esses problemas e dificuldades com paciência e perseverança. Ele podia declarar no final que tinha completado a carreira.
Então, certamente, sabemos como Paulo guardou a fé. O apóstolo Paulo podia declarar no final de sua vida de sua vida que tinha combatido o bom combate, completado a carreira e guardado a fé – a fé que uma vez foi dada aos santos. Ele não abriu mão nem um pouco da fé. O apóstolo Paulo podia declarar no final de sua vida que tinha combatido o bom combate, completado a carreira e guardado a fé.
Nós temos um combate menos rigoroso para combater? Nós temos uma corrida mais fácil para correr? Nós temos menos fé para guardar? Se compararmos os nossos dias com os dias de Paulo, provavelmente podemos dizer que que nossos dias são mais difíceis porque estamos nos aproximando do fim. Quando o fim se aproxima, os dias se tornam mais difíceis. Mas então precisamos perguntar a nós mesmos: combatemos o bom combate? Completamos a carreira? Guardamos a fé? Somos bons guerreiros do Senhor? Corremos com paciência até o fim? Estamos compromissados com a fé uma vez dada aos santos?
Assim, penso que é muito urgente, muito essencial para nós, que consideremos juntos diante do Senhor como podemos combater o bom combate, completar a carreira e guardar a fé nestes últimos dias. Há algum segredo que capacitou Paulo a fazê-lo? Se há tal segredo, gostaríamos de aprendê-lo.
Se quisermos usar uma sentença para resumir a vida e o ministério do apóstolo Paulo, penso que é essa: “Rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial” . Ele põde testificar diante do rei Agripa que não foi desobediente à visão celestial. Isso explica Paulo, isso explica a sua vida; isso explica o seu ministério. Isso nos conta o seu segredo de como foi capacitado para combater o bom combate, completar a carreira e guardar a fé.”
(extraído de “Visão Celestial”, Stephen Kaung – Ed.Restauração)

Meus irmãos, o Senhor está nos restaurando a visão do Seu propósito eterno, em Cristo Jesus. não queremos ser desobedientes à visão celestial, a exemplo de Paulo. Por isso buscaremos cada vez mais conhecer e nos envolver com a vontade soberana do Pai, através de sua Palavra e atuação do Espírito Santo, na revelação da pessoa, obra e glória de Cristo. Isto faremos buscando através do estudo mais profundo da Palavra de Deus. À semelhança do primeiro semestre em que estamos terminando de estudar o livro de Hebreus, sobre “Supremacia de Cristo”, no segundo semestre estaremos nos debruçando sobre as cartas de Paulo aos Efésios e aos Colossenses, onde queremos ver e entender melhor, Jesus; o Cabeça, e a igreja; o Seu corpo, esse mistério que já nos foi revelado, como nos afirma o apóstolo. Se já fomos crucificados e ressucitados com Cristo, agora temos o caminho da cruz para trihar. Vamos juntos pela graça do Pai. Graça e paz!
Douglas Bataglião

quarta-feira, 23 de junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uma luta árdua

Gostaria de mencionar algumas fontes de preocupação nos dias em que vivemos, quando o assunto é a FAMÍLIA. Longe de desejar esgotar o assunto, desejo apenas fazer referência a alguns dos problemas que mais têm atingido nossos lares. Como a limitação do nosso espaço não permite que discorra sobre cada um deles, permitam-me uma breve menção. Acompanhamos, em nossos dias, o desenrolar de uma batalha sem trégua na qual o inimigo de nossas almas tem tentado destruir as famílias. E nem é preciso lembrar a amplitude dos efeitos de tal investida sobre a sociedade como um todo. Nesta batalha, eis algumas das armas que mais têm causado prejuízo e destruição:

- a promoção de uma conduta desregrada, diante da qual a mera referência a limites, princípios e padrões é tida como retrógrada e tachada como tabu.
- o afrouxamento no estabelecimento e na observância de valores éticos e morais, inclusive (ou a começar) na educação doméstica;
- a negligência dos pais na formação dos seus filhos, quer por comodismo, por egoísmo, por priorização da busca de bens materiais, ou mesmo por se curvarem diante do discurso (politicamente correto) de que filho não deve ser castigado, mas somente tratado com diálogo (como se criança já nascesse com a capacidade de compreender todos os ensinos e motivações dos pais). Deixa-se à vida (ou à polícia) a tarefa de algum dia ensinar-lhes limites.
- a desvalorização dos relacionamentos, seja conjugal, fraternal ou paternal/maternal, gerando uma sociedade marcada por cônjuges descomprometidos um com o outro, pais descomprometidos com os filhos (e vice-versa) e famílias transformadas em agrupamentos de pessoas (quando ainda agrupadas), sem vínculos afetivos e sem cooperação mútua;
- a pressão escandalosa da mídia (mormente a televisiva) na promoção de comportamentos caracterizados pelo sexo fora do casamento, pelo adultério, pelo homossexualismo, pelo total descompromisso nos relacionamentos. Esta pressão se dá pela reiterada exposição desses comportamentos de tal forma que se tornem gradativamente mais aceitáveis, pela apologia aberta aos mesmos, e pela depreciação e ridicularização daqueles que tentam defender os valores e princípios morais que se contrapõem a estas propostas de conduta.

A lista poderia se estender muito mais. E nem é preciso ser um profundo conhecedor das Escrituras para perceber que tudo isto contraria a Palavra de Deus e conduz nossa sociedade numa rota de autodestruição (aliás, contra fatos não há argumentos).

Resta-nos o desafio de, teimosamente, resplandecer como astros, em meio a uma geração corrompida e perversa (Filipenses 2.15).

Por Angelo Manassés ⋅ maio 7, 2010
* Ney Ladeia
pastor da Igreja Batista da Capunga
e atual presidente da Convenção Batista de Pernambuco

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CURADOS DA CEGUEIRA


Jo.9:1-11;35-41

A maior parte dos problemas que o mundo vive hoje tem sua raiz na cegueira.
João nos diz que o problema do homem era a cegueira física. Mas também é uma ilustração de uma pessoa sem Cristo.
Todas as pessoas são cegas de nascença, todas as pessoas nascem sem a vida de Deus e por tanto sem luz.
Você não precisa ser um criminoso perverso para estar perdido. Jo.3:3
Jesus veio a este mundo trazer luz. Jo.1:4-5; Jo.8:12 Jo.12:46. Neste texto de Jo.9 Jesus afirma: eu sou á luz do mundo. Ele estava lidando com um cego de nascença, mas ao mesmo tempo lhe dando com a cegueira espiritual.
A visão espiritual é um milagre do céu. Isto significa que aquele que vê espiritualmente experimentou um grande milagre. E é exatamente aqui onde a vida espiritual começa, no VER.
Precisamos da mesma declaração daquele cego: uma coisa eu sei antes eu era cego mas agora, EU VEJO!
Carecemos de homens que enxergam. Aqui esta toda a diferença! Não são homens que leram, que estudaram e prepararam, mas homens que viram. Se é pecador eu não sei, mas eu era cego e agora vejo. A menos que o Senhor mostre, revele, ou faça algo novo, nada acontece. Jo.9:35-41. IICo.4:3-6 – toda a intenção do inferno é a tentativa de nos manter cegos. At.26:18. Mc.10:49-51 – simboliza as pessoas que viram mas perderam a visão. Viram e seguiram, mas perderam a visão espiritual que uma vez possuíram e agora estão cegos. E pior, com um fator adicional: eles pensam que vêem e estão cegos para a sua própria cegueira. Está foi á tragédia de Laodicéia. Ap.3:1
Perder a visão espiritual é perder a vida espiritual, isso produz a situação de Laodicéia. Qual era o problema? Nem és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. O que está por traz disso? Desceu do lugar celestial e desceu para a terra. Isso é religiosidade. Perder a visão é perder a vida espiritual.
O que nos faz perder a visão espiritual?
Nm.22:21-33 – Balaão foi cegado pelo lucro; ou pela possibilidade de lucro. Jd.11. Alguns ficam tomados com a questão do ganho e da perda – isso os torna cegos para Deus, seus sonhos e seus projetos. Cegos para as coisas espirituais.
O grande PERIGO: O que tem influencia sobre você? Isso afetará a sua visão.
As perguntas de Balaão: o que eu vou ganhar ou perder com isso? Quanto isso me custará?
É neste momento que as trevas podem tomar posse do nosso coração e ai seguiremos o caminho de Balaão.
Que o Senhor use de misericórdia para conosco e nos ilumine em nome do Senhor Jesus.
Pr. Aldo Anselmo Gallo
Comunidade Vida - São Paulo

terça-feira, 1 de junho de 2010

Jesus Cristo Mudou Meu Viver

FUJA DE QUEM DESPREZA A PALAVRA




"Encontre-se com o homem a ursa à qual roubaram os filhos, mas não o louco na sua estultícia" (Provérbios 17.12).
É loucura descrer da Palavra de Deus. Melhor é estar frente a frente com a ursa que teve os filhotes roubados. A pessoa que abre o coração para o diabo pode fazer qualquer mal a você, portanto, fuja dos que desprezam a Verdade e aceite o conselho bom.
Quando um indivíduo decide descrer da Palavra de Deus, ele se deixa possuir pela pior loucura que o inferno já produziu e passa a ser alguém de alta periculosidade em todos os sentidos. Ele fica cego para a Verdade, começa a ser controlado pelas forças diabólicas e, por isso, não é bom ficar diante dele, pois o diabo poderá usá-lo em suas mais sujas operações. Somente o temor à Palavra do Senhor dá ao homem juízo sadio (Salmo 111.10; Provérbios 1.7).
Coitado de quem, sem o poder de Deus, coloca-se diante dessa pessoa, pois o amor, a consideração e outras virtudes que são comuns ao homem normal não são encontrados nos loucos. Eles nem pensam duas vezes em fazer o mal. As Escrituras declaram que é preferível encontrar uma ursa de quem foram subtraídos os filhotes a estar diante dos loucos. No entanto, os servos de Deus devem estar conscientes de que receberam poder ao serem batizados no Espírito Santo para libertarem esses infelizes. Na verdade, nós, servos do Altíssimo, somos os únicos com poder para livrar essas pobres e infelizes vidas.
A pior coisa que uma pessoa pode fazer é abrir o coração para o inimigo. O diabo usa os que se dão a ele das mais diversas e perdidas maneiras. Os loucos não têm vontade própria, pois são dominados e dirigidos pelo gênio do mal. Agora, quem se oferece a Deus para libertar esse tipo de gente consegue a maior glória que alguém poderia desfrutar. Como membros do Corpo de Cristo, estamos autorizados e armados para a batalha que liberta essas pessoas. Não tema o que o inimigo aparentemente possa fazer, pois você pode tudo desde que o Senhor o esteja fortalecendo (Filipenses 4.13).
É bom manter uma distância daqueles que desprezam a Verdade, mas precisamos anunciar-lhes a mensagem libertadora do Evangelho, sem mantermos comunhão com eles. Observar, analisar e presenciar o que eles fazem podem contaminar até os mais santos. Não é necessário conhecermos as profundezas de Satanás, basta ter ciência do que o Senhor nos dá.
Atenção aos conselhos de Deus! Ele não fala nada por acaso nem nos adverte à toa. O inimigo é pernicioso, astuto e está sempre em batalha para destruir aqueles que não são fiéis ao Senhor. Já o Pai protege todos os que dão à Sua Palavra o respeito e atenção devida, e guarda os que são dEle (2 Timóteo 2.19; 2 Tessalonicenses 3.3).
Em Cristo, com amor,(Transcrito) Pr. Alberto de Almeida

quarta-feira, 26 de maio de 2010

As sete igrejas


Apocalipse 2.1-3.22

O numeral sete tem na Bíblia geralmente o significado de totalidade, perfeição, completude.

Aqui Jesus revela a João a totalidade da realidade do desenvolvimento da igreja de cristã na história.

O significado dos nomes das igrejas determinam a realidade espiritual e social do seu tempo. Vamos quão sugestivos são esses nomes e contextos de cada igreja citada por Jesus.

Éfeso significa “desejo” ou “relaxamento”, que mostra que eles deixaram o primeiro amor.
Esmirna é originada da palavra “mirra”, a qual significa “amargo”, mostra o período que a igreja sofreu as peserguições de Roma.
Pérgamo tem signifcado de “torre alta”, representando a igreja com posição e poder mundanos, seguindo o imperador romano Constantino, apos este ter acaitado o cristianismo e feio dele a religião oficial do império.
Tiatira tem significado de “sacrifício infatígável”, cujo período se encaixa perfeitamente no surgimento do sistema católico romano de sacerdócio especial, adoração de ídolos. Considerada a época mais negra e corrupta da igreja “Idade das Trevas”.
Sardes significa “reavivamento” ou “restauração”, um indício de fatos que ocorreram no tempo da Reforma Protestante, apesar de a condição espiritual ainda ser fraca.
Filadelfia tem o significado de “amor fraternal”, a qual teve sua manifestação em torno de cento e cinquenta anos atrás quando ocorreu ocorreu certa restauração da igreja quando muitos irmãos uniram-se em amor, mantendo-se fiéis as verdades bíblicas (restauração, grupos familiares, comunhão entre igrejas).
Laodicéia sugere significado de “opinião do povo”, e com isso se aplica apropriadamente à condição da igreja hoje, humanista.


A Igreja de Laodicéia – sinal da falsa igreja do século XXI
(Apocalipse 3:14-22)

"Estou absolutamente convencido de que a falta de sentido não advém de sermos molestados pela dor. A falta de sentido vem de sermos molestados pelo prazer. E é por isso que estamos desprovidos de sentido em uma terra de tantas coisas". Ravi Zacharias

Não há dúvida de que vivemos nosso melhor momento. Nunca, na história do cristianismo, houve tantas conversões, tantas igrejas e tanto dinheiro para apoiar o empreendimento evangelizador. Construções de grandes templos, livros, cds, bandas, astros da televisão nas igrejas, programas evangélicos na TV, todos os dias.

Assim era a igreja em Laodicéia. Rica, muita rica, porém cega, muito cega.
"Ricos somos, e estamos enriquecidos, e de nada temos falta!"

Jesus viu aquela igreja de maneira diferente: leia Ap. 3:17 ("e não sabes que és um desgraçado, miseravél, pobre, cego e nu...")

Uma igreja mundana vê o sucesso diferente de Jesus. A primeira vê o sucesso exterior e suas armadilhas - edificios grandes contas bancarias lucrativas e multidões de seguidores predispostos a idolatria. Jesus vê o caminho extreito para a cruz e as qualidades interiores de uma vida piedosa, de humildade e devoção real por suprir as necessidades dos outros.

Como a Igreja de hoje parece com a Igreja de Laodicéia, criamos um evangelho para nossa cultura, tudo do nosso jeito, sempre negligenciando os principios bíblicos.

A Carta à Igreja em Laodicéia
O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, conhecida por sua igreja morna, que causou enjôo no seu Senhor, Jesus Cristo.

A igreja em Laodicéia (14): A igreja em Laodicéia é citada no Apocalipse (aqui e em 1:11) e na carta de Paulo aos colossenses (4:13-16). As cidades de Laodicéia, Colossos e Hierápolis (veja Colossenses 4:13) ficavam no vale do rio Lico. Laodicéia situava-se no local da cidade moderna de Denizli, Turquia, no cruzamento de estradas principais da Ásia Menor. Antigamente, a água da cidade vinha via aquedutos das fontes termais ao sul da cidade. Até chegar em Laodicéia, a água ficava morna. A qualidade dela não era boa, e a cidade ganhou a reputação de ter água não potável. Ao engolir esta água, muitas pessoas vomitavam. Semelhantemente, Jesus sentiu vontade de vomitar de sua boca a igreja de Laodicéia (3:15-16).

O nome Laodicéia vem de duas palavras gregas:“laos” – leigos, povo e “diceia” – opinião, costume, que significa ”POVO REINANTE: era uma IGREJA ARROGANTE, governada pelos seus membros.
A cidade de Laodicéia era um centro comercial importante. Foi conhecida como um centro bancário (3:17-18), famosa por causa da sua linda lã negra(3:18), que era tecida e usada para fazer roupas finas e caras. Havia também uma escola de medicina ligada ao templo de Esculápio, cujos médicos preparavam um pó frígio famoso para a cura de infecções oculares, usado em forma de colírio(3:19). Seus moradores, entre os quais havia uma grande colônia judia, haviam reunido consideráveis fortunas, e se orgulhavam de sua cidade que se tornara também em um grande centro financeiro. Seu grande problema era o suprimento de água: suas próprias fontes produziam água geralmente muito quente e poluída, que não se podia beber; construíram então canais de pedra para trazer água da cidade vizinha, Heliópolis, mas a água chegava ainda morna, tendo que ser esfriada antes de se poder beber.

Conheço as tuas obras (15): Como fez com todas as igrejas destes dois capítulos, Jesus expressa o seu conhecimento íntimo da igreja em Laodicéia. Ele anda no meio dos candeeiros (1:13,20; 2:1).

Que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! (15): As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Mas as águas das fonte mornas de Laodicéia basicamente não serviam para nada; só davam ânsia de vômito aos viajantes sedentos!

Assim...estou a ponto de vomitar-te da minha boca (16): Jesus olhou para a igreja de Laodicéia, contente no seu estado de auto-suficiência e falsa confiança, e sentiu vontade de expulsá-la de sua presença.

Pois dizes (17): As afirmações da própria igreja de Laodicéia não refletiam o verdadeiro estado dela. É fácil dizer que está tudo bem na vida espiritual de uma igreja ou de uma pessoa, mas Jesus sabe a verdade. Ele vê as obras e sonda os corações. A igreja de Laodicéia mentia para si mesma, mas Jesus não foi enganado!

Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu (17): O orgulho dos discípulos de Laodicéia os cegou ao ponto de não enxergarem os seus problemas. Eles se achavam fortes e independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e infrutífera. A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Parece que a igreja sentia a mesma atitude de auto-suficiência, perigosíssima num rebanho de ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor! Numa cidade conhecida por tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do Grande Médico. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lucas 5:31-32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2 Coríntios 5:3; Colossenses 3:9-10).

Aconselho-te (18): Jesus não elogiou a igreja em Laodicéia, mas ofereceu conselho para guiá-la de volta à comunhão íntima com ele. Sugeriu três coisas necessárias para a igreja:

1. Comprar de Cristo ouro refinado. A verdadeira riqueza é espiritual, e vem exclusivamente de Deus. Ele oferece o ouro puro, refinado pelo fogo.

2. Comprar do Senhor vestiduras brancas. É Deus quem lava os nossos pecados e nos veste de pureza e de atos de justiça (3:4; 19:8).

3. Comprar de Jesus colírio para os olhos. Somente Jesus pode curar a cegueira espiritual que aflige os orgulhosos e auto-suficientes. Foi exatamente o mesmo problema que Jesus criticou nos fariseus (Mateus 15:14; 23:25-26). É o mesmo problema de qualquer um que esquece da importância do sacrifício de Jesus e começa a confiar em si mesmo (2 Pedro 1:9).

Eu repreendo e disciplino a quantos amo (19): A correção que vem de Deus é uma manifestação do seu amor (Hebreus 12:4-11). Quando Deus nos corrige, devemos aceitar a disciplina como ele deseja, para o nosso próprio bem. Ele quer nos conduzir ao arrependimento e à plena comunhão com ele. A disciplina aplicada pelos servos de Deus deve, também, ser motivada pelo amor (Hebreus 12:12-13). Esta atitude deve guiar os pais que corrigem os seus filhos (Provérbios 13:24), e os cristãos que corrigem os seus irmãos na fé (Tiago 5:19-20; 2 Coríntios 2:5-8).

Sê, pois, zeloso e arrepende-te (19): A solução ao problema dos discípulos em Laodicéia não seria meramente algumas mudanças externas. Precisavam do zelo para com Deus para se arrependerem.

Eis que estou à porta e bato (20): Jesus pôs uma porta aberta diante da igreja de Filadélfia (3:7), mas a igreja de Laodicéia colocou uma porta fechada diante de Jesus! Ele bate, mas não força ninguém a abrir a porta. Ele chama, mas depende dos ouvintes atender à voz dele. Este versículo reforça o entendimento do livre arbítrio do homem. Jesus oferece a salvação a todos, mas cada pessoa toma a sua própria decisão.

Entrarei ... e cearei (20): Ambas as figuras, aqui, representam a comunhão com Cristo. Ele entra na casa e habita naqueles que obedecem a palavra dele (João 14:23). Cear com alguém sugere uma relação especial de estar de acordo ou em comunhão (1 Coríntios 10:21; 5:11). É um privilégio especial comer à mesa do rei (2 Samuel 19:28). Não há privilégio maior do que a bênção de cear com o Rei dos reis!

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono (21): Os vencedores terão o privilégio de reinar com Cristo (veja 2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus foi obediente ao Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9). Somente os obedientes serão exaltados com Cristo.

Quem tem ouvidos... (22): Jesus bate e chama. Cabe ao homem ouvir e atender a sua voz!

Na carta à igreja em Laodicéia, Jesus não citou nenhuma doutrina errada e nenhum pecado de imoralidade. Ele não condenou a igreja por práticas idólatras. Esta igreja, que se achava rica e forte, foi criticada por seu orgulho e auto-suficiência. Exaltou-se, ao invés de se humilhar diante do Senhor dos senhores. Grande parte da “igreja” atual manifesta o espirito de Laodicéia, onde Jesus, sua obra de salvação executada na cruz do Calvário, a santidade, e o governo de Cristo como Cabeça da igreja esta do lado de fora batendo na porta, e ela continua fazendo ‘sua’ obra sem necessitar da presença e govero de Cristo. Misericórdia! Ora vem Senhor Jesus!
adaptado, Douglas A. Bataglião