sexta-feira, 11 de março de 2011

SUPREMA DEDICAÇÃO

Cada indivíduo vive, planeja e se move conforme certo ponto de referência. A visão que uma pessoa tem do mundo, da vida e da eternidade pode ser comparada a uma janela que pode restringir ou permitir uma visão mais ampla. Consequêntemente, todos os conceitos básicos da verdade são circunscritos pela “janela”, a qual chamaremos ponto de referência. “Onde não há visão o povo perece” (Pv 29.18), e quando o ponto de referência é restrito, há uma grande limitação! É impossível uma pessoa viver além da visão que possui; da mesma forma, é impossível alguém se dedicar além do seu maior objetivo.
Dificilmente apreciaremos o ponto de visa de outras pessoas se não nos colocarmos na posição em que ela se encontra a fim de podermos apreciar as coisas a partir da sua perspectiva. É isso que Ezequiel quis dizer quando declarou: “Sentei-me ali... onde eles sentaram...” (Ez 3.15).
Uma experiência recente possibilitou que o escritor tivesse uma compreensão mais clara desse problema. Ele estava conversando com Líder Mormon, que após questioná-lo sobre o a busca de salvação somente para ir para o céu, afirmando que esta era uma posição egocêntrica. Este líder surpreendeu-se ao saber que o autor não pensava assim, mas que partia de um propósito maior e anterior a este somente. Assegurando-lhe que Deus havia revelado em sua Palavra o supremo arcabouço de toda a referência. Embora, como seres humanos, não possamos conhecer todos os detalhes do supremo propósito de Deus, ainda assim explicou-lhe que estava convicto de que Deus tem dado a revelação mais necessária para que cada um de nós ofereça suprema dedicação à realização desse propósito. Passou, então, a esboçar para ele um diagrama simples, abaixo, que ilustra os três pontos de referência mais comuns, e o Supremo Ponto de Referência.



PONTO DE REFEÊNCIA 1: Para os que estão fundamentalmente ocupados com a salvação pessoal, seu ponto de referência se inicia na Queda do homem e finaliza com sua redenção e acesso ao céu. Mas, uma vez que tudo principia com o homem, finaliza com ele e com aquilo que ele pode receber.
PONTO DE REFERÊNCIA 2: Outras pessoas parecem desconsiderar quase totalmente qualquer necessidade de redenção pessoal. Praticamente ignoram que a Queda e passam a envolver-se apenas no estabelecimento do Reino de Deus, como os Testemunhas de Jeová.
PONTO DE REFERÊNCIA 3: Ainda existem os que iniciam com o Deus Eterno como Criador. Ao iniciarem neste ponto, Deus em Sua criação no Gênesis, procuram razão e significado para a existência desta vasta criação.
PONTO DE REFERÊNCIA 4: Finalmente, chegamos ao Supremo Ponto de Referência. Se ainda não percebemos, fiaremos surpresos ao constatar que ele se inicia “lá atrás”, no próprio coração do Pai, não meramente na fundação do mundo, mas antes de ele ser fundado – “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,” (Ef 1.3) o qual é a razão primeira de todas as razões. Não foi a Queda do homem que determinou todas as coisas, nem o desejo de Deus em ter um Reino, nem mesmo Seu plano para uma nova criação – foi a natureza Paternal de Deus que determinou Sua principal motivação, Seu propósito eterno e Sua suprema dedicação. Finalmente, a realização suprema de Deus Lhe trará a satisfação da qual Seu coração de Pai é tão digno.
Que ponto de referência poderia ser maior do que aquele que inicia com o Pai eterno e finaliza com a Nova Jerusalém, a habitação de Sua enorme família que trará honra, glória, prazer e satisfação a Ele e ao Seu Filho e ao Espírito Santo? Nesse ponto de referência vemos a importância da salvação (uma vez, de fato, houve a Queda); vemos o reino, ; vemos a Nova Criação; mas também vemos o Pai e a sua imensa família. É esse ponto de referência que dá significado apropriado a todas as demais coisas.
Leia uma vez mais as palavras de Paulo em Romanos 8 e veja se agora lhe parecem mais significativas: “É claro, também... que no final temos cumprido nossa plena filiação nEle. Além disso, sabemos que aqueles que amam a Deus, e que são chamados segundo o Seu plano, tudo o que acontece redunda em bem. Na Sua presciência Deus escolheu-os para ingressarem na família conformadamente ao seu Filho, que se tornará o primogênito de família de muitos irmãos. Ele escolheu há muito; e quando chegou o tempo devido, os chamou; Ele os fez justos aos olhos dEle e elevou-os ao esplendor de uma vida conforme a do Seu Filho” (Rm 8.28-30, J.B, Phillips).
Viver na glória de tudo o que Ele um dia realizará em nós faz com que esqueçamos não apenas nossos sofrimentos presentes, mas também nossos objetivos e ambições particulares. Tudo que antes nos parecia tão urgente e importante passa agora a se ajustar ao Supremo Propósito.
Portanto, a que devemos nos dedicar? Temos entendido que é a própria verdade que nos libertará de nos dedicarmos a algo menor do que Seu propósito. Agora que nos movemos no rio onde podemos enxergar todas as coisas do Seu próprio ponto de vista, não podemos fazer outra coisa a não ser dedicar-nos a cooperar com Ele na realização do Seu glorioso plano e SUPREMO PROPÓSITO.
“Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.” (Judas 24,25, Weymouth).

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