Isaías 1.1-9
O moderno neo-pelagianismo, apoiado no
humanismo pós-moderno, representado pelos direitos humanos e o individualismo.
Insistem em afirmar que o homem é bom, e que se torna mal, devido ao seu
desenvolvimento comprometido pelos processos relacionais familiares e
interações sociais a que é exposto. Desenvolvendo assim uma tendência errada,
violenta contra tudo o que sofreu. Também há o pensamento freudiano que seus
problemas e reações emocionais, de qualquer espécie, são resultado das suas
frustrações sexuais, a base de toda a realização e felicidade humana. E outras
tantas variações destes conceitos que tentam responder e responsabilizar a
maldade exibida cotidianamente do homem em todas as suas relações.
Mas a Palavra de Deus é taxativa em expor
literalmente, qual é, realmente, a razão da natureza má e corrupta da
humanidade, em suas infindáveis manifestações iníquas.
Neste trecho de do Livro de Isaías que
lemos, assim como Paulo mostra em Romanos nos primeiros capítulos de sua
epístola irmã no Novo Testamento, a carta aos Romanos, está mais uma vez a
demonstrando a natureza corrompida de todo os seres humanos. Vamos lê-las
novamente.
John MacArthur, em seu comentário desta
perícope, os versos um a nove, sugere neste trecho uma cena de um tribunal onde
o Senhor está levantando uma acusação contra a nação de Israel.
O verso declara quem é que está falando –
“o Senhor é quem fala”, não Isaias. Esta
é uma testemunha que não pode ser desacreditada, pois é fiel. Diferentemente
dos profetas falsos de hoje em dia que dizem – “eis que te digo”, estes termos
não são encontrados nas Escrituras. Outro ponto a ressaltar neste verso e no
terceiro é que Deus faz uma comparação do povo com o boi e o jumento, que
apesar de serem animais, parecem bem mais racionais, pois sabem quem é o seu
dono, mas com Israel não é assim.
Na primeira parte do quarto verso o Senhor
faz uma tomografia da natureza do Seu povo: “nação pecaminosa, povo carregado de iniquidade, raça de malignos,
filhos corruptores; abandonaram ao Senhor, blasfemaram do Santo de Israel,...”,
esta é a acusação do Senhor contra o Seu povo, a Sua nação escolhida. Como
duvidar da palavra daquele que é Verdadeiro, que não pode mentir? Na segunda
parte deste versículo Deus mostra que sua natureza pecaminosa, faz deste povo uma
geração de apostatas, pois - “voltaram
para traz”. Mas o Novo Testamento mostra que isso também pode acontecer com
o povo Cristão, que foi salvo e regenerado pelo Senhor Jesus Cristo, como
adverte o escritor de Hebreus, exortando os cristãos a não retrocederem na fé,
pois isto é obra da carne, que não persevera em olhar para “o Autor e consumador da fé”, Jesus
Cristo, que nos faz permanecer firmes e não ceder à força da carne corrompida.
Nos versos cinco e seis, assim como Paulo
em Romanos um a três, Isaías relata a completa corrupção da humanidade, “toda a cabeça e coração”. “Desde a planta do pé até a cabeça, não há
coisa sã”. Penso que na primeira declaração - cabeça e coração, o profeta
esta se referindo à alma e espírito, o ser interior. E quando está se referindo
- da planta dos pés à cabeça, está descrevendo a sua estrutura física. Toda a
pessoa humana está corrompida, doente e necessitada de cura – “,nem amolecidas com óleo”, aqui está uma
plena demonstração da necessidade da obra redentora do Espírito Santo em toda a
vida do homem (Jo 18.6; Tt 3.5).
Nos versos sete e oito o profeta Isaias,
mostra as consequências da corrupção humana, que não fica somente no nível
individual, corrói também tudo o que ele toca, onde a carne corrupta toca ela
contamina (Nm 19.13; Mt 15.11,18). Terra, cidades, lavoura, devastação social,
famílias ficam expostas a todo tipo de violência.
Mas em vista de toda essa corrupção que o
homem atraiu para si e para seu entorno, há um Plano Eterno, há uma intervenção
nesta situação aparentemente irreversível. “Se
o Senhor dos Exércitos” do verso nove está a declaração confiante de Isaías
na Aliança de Deus com o homem que foi criado para um Projeto Eterno, que esta
sendo desenvolvido na história da humanidade, e que apesar da corrupção, da
rebeldia e da apostasia, sempre Ele conservará um remanescente fiel, que será a
semente da continuação e conclusão da Sua vontade (Jó 42.2; At 3.18, 24-25; Rm
8,9). “O Senhor dos Exércitos”
segundo a profecia de Davi no Salmo 24, é o Senhor Jesus Cristo que venceu a
carne, o pecado, a iniquidade e a corrupção de toda a carne, na Sua batalha
final na cruz do calvário (Jo 1.29; Jo 19.20; Rm 6.6, Cl 2.11; 3.3).
Aleluia! Deus está no trono reinando
apesar do Diabo, do homem corrupto.
Douglas Bataglião
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