sábado, 20 de fevereiro de 2010

AS RAZÕES DO HOMEM X AS RAZÕES DE DEUS

Jó 23: 1-7; 24: 1-17; 27: 1-6; (Deus fala) 38: 1-6, 24, 28-29, 32-33; 40: 1-2 (Jó se humilha) 40: 3-5 (mais uma vez Deus) 40: 6-9 (Jó conclui) 42: 1-6

Eu tenho insistido em casa com minha família e na igreja para que aprendamos a ter um coração grato a Deus. Por esta razão no final do ano fazemos um culto de passagem de ano onde buscamos agradecer ao Senhor por um ano que termina e já consagramos o ano que se inicia.
Costumo pensar que é dever de todos nós enxergar nossa insignificância e a necessidade que temos de depender de Deus para tudo em nossas vidas. Porém, como limitado que sou também tenho propensão a questionamentos sobre aquilo que não entendo.
Esta semana recebi a notícia mais triste deste ano que foi o falecimento de Ana Beatriz. Não sei absolutamente o que ainda me está reservado, mas desde o recebimento da notícia por misericórdia o Senhor falou-me por meio de Sua Palavra, porque muitas perguntas povoaram minha mente, muitas razões (se é que podemos ter alguma) e eu precisava e preciso manter uma fé lúcida, confiante, quase como a de Habacuque (Hc 3: 17-19).
Eu, como muitos de nós, tinha muitas razões para acreditar que Bia seria curada, que um grande milagre iria acontecer e muitos seriam alcançados pela salvação de Cristo Jesus por causa dele.
Eu também poderia pensar ao contemplar toda sujeira que nos rodeia neste mundo dominado pelo pecado, que há muitas outras pessoas que mereceriam a morte ao invés de Bia. Foi então que a voz de Deus soou mais forte em minha mente e Ele me levou a revisitar a vida de Jó que também foi um grande questionador.
Jó, inicialmente, foi alguém que se mostrou muito dedicado e agradecido a Deus. Socialmente e religiosamente não havia o que se falar a seu respeito. Mas enganoso é o coração, quem o conhecerá (Jr 17: 9).
Um dos grandes perigos que rondam a vida de quem experimenta o conhecimento do Evangelho, e mesmo passa pela experiência da regeneração, é o de começar a se ver como merecedor da salvação, melhor do que outras pessoas, principalmente daquelas que ainda não a experimentaram e então sucumbir diante da justiça própria.
Jó passou por tudo isso, enfrentou um grande sofrimento e se comparou com quem estava a sua volta a ponto de se justificar e questionar as atitudes de Deus. Esta semana o Senhor me deu o livramento disso pela própria experiência de Jó.
Quando imaginamos ter algum argumento diante de Deus é importante refletirmos sobre as nossas limitações. Ninguém, nem mesmo os ímpios, são desculpáveis diante de Deus que revela Sua grandeza diariamente pela natureza (Rm 1: 18-20).
O Senhor, conhecendo a limitação de Jó, lhe respondeu e essa resposta está registrada na Palavra eterna para que todos tenham a oportunidade de se auto-analisar e reconhecê-Lo em todos os seus caminhos.
Ainda tenho dificuldade de entender o que se passou com Bia, eu orava constantemente por sua cura e pela força necessária nas vidas de Neilson e Suze, mesmo não sendo tão próximo. Mas também não consigo entender o amor de Deus por nós que levou Cristo à cruz, a se sacrificar por pessoas que sequer pensam em Deus e ao invés disso se entregam à luxúria, depravação, mentira, ódio, vícios, amargura, descaso, etc.
A Bíblia afirma que não subiu ao coração do homem o que Deus preparou para os que O amam (I Co 2: 9).
Não sei a repercussão da vida de Bia na de todos os que tiveram o privilégio de em algum momento conhecê-la, mas eu creio profundamente que os pensamentos de Deus não são iguais aos meus pensamentos, que Sua vontade é boa, perfeita e agradável, e que nada ficará encoberto porque a luz tudo manifesta. De algum modo a luz de Cristo Jesus brilhou em Bia e mudou relacionamentos, rumos, conceitos, atitudes, em resumo, a vida de muitos.
Nós ainda podemos fazer escolhas e a maior e melhor é entregar nossa vida a Cristo Jesus, crendo do milagre da cruz, misturando fé ao ouvir a Palavra de Deus.
Que Deus nos abençoe!
Pr. Luciano M. Bastos,21/02/2010

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