“Pois a
nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo,” (Fl 3.20).
“Porque
os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria” (Hb 11:14).
“Mas,
agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se
envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma
cidade” (Hb 11:16).
Temos visto e ouvido
nestes tempos um evangelho que, como afirma o apóstolo Paulo em Gálatas 1.6,
que é outro evangelho, não o que ele e os apóstolos haviam pregado.
Temos templos cheio de
pessoas que estão iludidas, que de certa forma aceitam este evangelho da
teologia sacrificial do bispo Macedo, comenta o Prof. Paulo Ayres de Mattos,
"O sucesso da teologia sacrificativa de Macedo se faz possível devido essa
tríade de “sacrifício, sangue e dinheiro” prevalecente na cultura religiosa
brasileira, quer seja do catolicismo popular, das religiões afro-brasileiras,
ou do mundo evangélico-pentecostal, ainda que não se expresse de igual maneira
em cada uma dessas manifestações religiosas."
Essas teologias são de
cunho humanistas, as quais visam o bem estar e o sucesso das pessoas, aqui
neste mundo, desconsiderando o principal alvo da criação do homem, segundo o
Supremo Propósito de Deus; em Jesus Cristo. E desconectadas com o verdadeiro
objetivo da existência humana, que é viver eternamente em comunhão com Deus, no
lar que é celestial.
O Caráter peregrino que
foi implantado no coração de Abraão - "Pela fé, peregrinou na terra da
promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros
com ele da mesma promessa;" (Hb 11.9), está praticamente eliminado por
estas teologias pós-modernas e antropocêntricas. Os crentes de nossa época já
não tem "saudade dos céus", não vivem na expectativa da iminente
volta de Cristo, para os levar para a sua pátria celestial, como nos afirma
Paulo na sua carta aos Filipenses - "Pois a nossa pátria está nos céus,
de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo". Não
temos mais a aspiração dos heróis da fé de Hebreus 11.16 - "Mas, agora,
aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se
envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade".
Isso é muito
preocupante, pois a fé cristã que está baseada no fundamento dos apóstolos as
quais foram escritas e recitadas nos credos apostólicos, hoje parece totalmente
esquecida, não mais recitada, nem crida, ou vivenciada. Aquelas verdades que culminam com a
declaração enfática sobre a esperança da volta de Cristo, que vem buscar a Sua
igreja, para habitar na sua Pátria Celestial, a antiga Canaã de Israel, ou Nova
Jerusalém para os cristãos.
No texto de Hebreus
11.14 "Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma
pátria.", temos uma declaração que deve ser a principal de todo crente
que realmente recebeu a revelação da sua pecaminosidade, corrupção e
afastamento de Deus, mas que pela fé no evangelho foi justificado, regenerado e
reconciliado com Deus para viver segundo o Supremo Propósito do Trino Deus (Ef
1.3-14; 2.1-9): sendo Filho do Pai Eterno; membro do corpo místico de Cristo, a
igreja (1Co 12.12-13); e pedra viva do templo do Espírito Santo (1Co 6.19; 1Pe
2.5). Estes, Jesus afirma - "não são deste mundo" (Jo 17.14). São
os que o escritor de Hebreus afirma, “buscam uma pátria”.
O salvo que se tornou
filho do Deus Eterno, ganhou um coração, ou uma alma peregrina, isto é, uma
mentalidade de estrangeiro, cuja vida está se desenvolvendo num lugar que não é
a sua pátria. Á aquele que “vive em
tendas” (Jr 35.7; Hb11.9), não tem propriedade fixa, nesta terra estranha. Não
se sente deste lugar, apesar de estar morando e trabalhando nele; como Israel
na Babilônia. Está desconfortável, e anseia por voltar para a sua verdadeira
pátria, seu canto e poesia é como o do poeta que suspira pela sua terra "minha
terra tem palmeiras, onde canta o sabiá. As aves que aqui gorjeiam, não
gorjeiam como lá" (Gonçalves Dias). Ou como canta o poeta cristão no
seu hino - "Passarinhos, belas flores, querem me encantar, ó vãos
terrestres explendores, de longe enxergo o lar".
Voltemos ao evangelho
de Cristo, no qual o epílogo não é nesta terra, mas no Novo Céu, na Nova Terra,
Canaã que mana leite e mel, onde estão as insondáveis riquezas de Cristo (Ef
3.8). Somos salvos para esta esperança (Rm 8.24), "Pois quem é a nossa
esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor
Jesus em sua vinda? Não sois vós?" (1Ts 2.19).
"Aquele que dá
testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor
Jesus!" (Ap 22.20)