sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tuya es, oh Jehová

VAMOS VOLTAR ADORAR COM SIMPLICIDADE

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A revelação de Cristo pelo Espírito



G. Campbell Morgan

A restauração do homem para Deus forçosamente resulta na restauração para o homem do conhecimento de Deus. O propósito original na criação do homem era que fosse um ser capaz de conhecer o próprio Deus, em comunhão e cooperação com ele. Tudo isto é restaurado em Cristo. Assim como a união vital entre Deus e o homem é criada e mantida pelo Espírito, também a obra de revelar Deus ao homem é do Espírito. «O Espírito tudo esquadrinha, até as profundezas de Deus», e estas «coisas que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem subiram ao coração do homem… são as que Deus preparou para os que o amam», quer dizer, as coisas do amor de Deus em Cristo, das que o homem na inteligência nublada era ignorante, «Deus nos revelou pelo Espírito» (1ª Coríntios 2:9, 10). Assim, enquanto que em Cristo Deus tem se provido de um Meio de revelação própria, Cristo é revelado ao homem pelo Espírito.

Este esquema da revelação deve ser compreendido se houver uma verdadeira apreciação da revelação em si. Este perfeito sistema está revelado nos últimos discursos de Jesus aos seus discípulos antes da sua paixão. Quando Felipe, como porta-voz da humanidade caída (ainda que não o compreendesse cabalmente), disse a Jesus: «mostra-nos o Pai, e nos basta» (Jo. 14:8), não houve nem dúvida nem incerteza na resposta do Senhor. Claramente disse: «quem me vê a mim, vê o Pai» (Jo. 14:9).

Esta declaração está em perfeita harmonia com a inspirada afirmação de João de que «ninguém jamais viu a Deus; o Unigênito filho, que está no seio do Pai, o deu a conhecer» (João 1:18). Não há maneira em que ele possa conhecer a Deus salvo por meio de Cristo. Toda tentativa da parte do homem de formular um conceito de Deus, ou declarar uma doutrina concernente a ele, é inútil, a menos que o conceito e a doutrina se apóiem sobre a revelação que ele tem feito de si mesmo em Cristo, e sejam sempre fiéis a ela.



A obra do Espírito Santo

Reconhecendo a inabilidade do homem para conhecer a Deus por si mesmo, o Senhor também reconhece que os homens eram incapazes de compreender a revelação de Deus em si mesmo, salvo que for explicada por esse Espírito que «tudo esquadrinha, até o profundo de Deus» (1ª Cor. 2:10). Portanto, imediatamente depois da pergunta de Felipe, deu a promessa do Espírito, junto com um ensino a respeito dele, que prepararia os discípulos para a sua vinda e obra. Desse ensino final serão suficientes como cabeçalho, três declarações principais:

a) «O Espírito Santo – aquele que vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que eu vos tenho dito» (João 14:26)

b) «O Espírito da verdade – ele dará testemunho a respeito de mim» (João 15:26).

c) «O Espírito da verdade – ele me glorificará; porque tomará do que é meu, e vos fará saber» (João 16:13, 14).

Estas palavras claramente demonstram duas coisas. Primeiro, que a obra do Espírito é essencialmente a de revelar a Cristo a aqueles em quem ele tem feito morada; e segundo, que o homem só pode conhecer a Cristo mediante a iluminação do Espírito, assim como o homem só pode conhecer a Deus pela revelação de Cristo.

Qualquer cristologia que ele não seja o resultado direto do ensino do Espírito é falsa, porque o mistério da sua pessoa e o significado da sua obra são igualmente inescrutáveis para a mente entenebrecida do homem, e só podem ser compreendidos à medida que a luz de Deus desce sobre eles. Por meio de Cristo, o Espírito da verdade habita no crente e por meio do Espírito da verdade, portanto, Cristo chega a ser o Morador. Sendo ele revelado ao homem pelo Espírito, o homem é restaurado para o conhecimento de Deus que tinha perdido por causa do pecado.

O conhecimento que o homem tem de Deus mediante Cristo pelo espírito pode contemplar-se, então, considerando primeiro a revelação de Cristo pelo Espírito; em seguida, a compreensão de Cristo por meio do Espírito; e finalmente o conseqüente conhecimento de Deus.



Uma revelação individual e histórica

A revelação que o Espírito tem feito de Cristo foi individual e histórica. Começou a sua obra com indivíduos, e depois por consideração às gerações vindouras e em cooperação com elas, procedeu para prepará-las para o futuro. Por revelação pessoal de Cristo a indivíduos preparou a homens para deixar um registro escrito no tocante a Cristo. Em seguida, mediante homens assim preparados veio ser o Autor do novo registro. Completada essa narração, deu uma exposição dela através dos séculos, em constante cooperação com os homens.

O Espírito começou a sua obra quando no dia do Pentecostes batizou àquelas almas que se achavam em atitude de espera, em uma nova união com Deus em Cristo. Ao traçar a sua obra, pois, é necessário começar com os Atos dos apóstolos, enquanto que, é obvio, ao estudar a sua revelação, a estrutura do Novo Testamento é a verdadeira ordem. Nos Atos dos apóstolos vemos o Espírito comunicando vida aos homens individuais, e em seguida dirigindo-os definitiva e imediatamente em todos os assuntos de sua vida.

Uma das notas destacadas da narração da igreja primitiva é de como estes homens foram especificamente guiados pelo Espírito, e não obstante, sempre se observa que a sua ação sob a sua direção é de lealdade a Cristo. O Espírito impede ou impele, mas são restringidos quando ele impede, ou seguem adiante quando ele impele, sendo leais a Cristo. Assim é evidente que embora estes homens fossem conscientes da constante interposição do Espírito, reconheciam que esta era uma interpretação da vontade do seu coroado Senhor para eles.

Eventualmente, para a consolação da igreja em sua relação a Cristo, e para a continuidade do seu sentido de Cristo, era necessário que se escrevesse esse relato dele como uma pessoa na história, constituindo uma base perpétua para a interpretação do Espírito. Desta necessidade surgiram as Escrituras que agora se conhecem como as do Novo Testamento. Nestes escritos o único tema do Espírito é Cristo. Nos Evangelhos estão registrados os atos que são necessários referentes à sua pessoa e ensino. Neles o vemos principalmente em esplêndida solidão, separado, mas no meio dos homens; glorioso em verdadeira e régia dignidade, como mostra a narração de Mateus; paciente em incessante serviço, conforme registra Marcos, supremo na realização do ideal divino da humanidade, como demonstra o Evangelho de Lucas, e misterioso na Majestade essencial da Deidade como declaram os escritos de João.

Em seguida segue esse tratado no qual Cristo é manifestado em nova união com os homens, continuando essa obra começada em isolamento, em cooperação com aqueles que estão unidos a ele pelo Espírito Santo. Este testemunho tem que ver quase exclusivamente com Cristo chamando para Si mesmo os homens para a remissão de pecados, para a renovação da vida, para a restauração da ordem perdida.

Passando disto, nos grandes escritos didáticos, o Espírito revela a Cristo como realizado no crente, e expressando-se a si mesmo por meio da igreja. Enquanto que nos Atos o vemos quase inteiramente chamando o pecador, nas epístolas o vemos quase exclusivamente em sua relação com aqueles que foram em obediência ao seu chamado. Depois, em Apocalipse, a um homem que está «no Espírito» lhe concedendo a própria visão que Cristo teve de sua vitória vindoura, e a consumação de todos os propósitos de Deus concernentes aos homens, fatos efetivos em Cristo.



Uma compreensão mais ampla e profunda de Cristo

Ao chegar a este ponto, os escritos estando completos, o Espírito não cessou a sua obra, melhor, a começou em toda a sua plenitude e formosura. Através dos séculos da era cristã pode traçar uma compreensão de Cristo sempre mais ampla e profunda, devido invariavelmente à revelação do Espírito à igreja de Cristo, uma revelação que constantemente está em harmonia com os escritos inspirados, de modo que não foi revelado nada fora dos atos inspirados, de modo que não foi revelado nada fora dos atos registrados naqueles, embora em uma compreensão sempre mais ampla, chegou esta sempre crescente apreciação de Cristo.

Podemos com segurança afirmar que a pessoa e obra de Jesus são melhores compreendidas agora do que antes, e que ele, pelo Espírito, está demandando e recebendo uma maior e mais profunda lealdade que em qualquer tempo passado. Esta afirmação se faz com um reconhecimento muito intenso de que o conflito que foi produzindo-se na periferia da revelação cristã se está concentrando ao redor da cidadela central da pessoa de Cristo. Em vista e na presença desse conflito, não há temor no coração de quem seja consciente da continuada presença e trabalho do Espírito. O resultado tem que ser uma nova vindicação da personalidade do Deus-homem, e uma nova apreciação daquilo que, relativo a ele, sempre estará além da possibilidade de declarações formuladas por parte do homem.

Assim se vê que o Santo Espírito da verdade, mediante processos de infinita paciência, seja com o indivíduo ou na história da raça, continua a sua sagrada obra de revelar a Cristo, interpretando a sua palavra e administrando a sua obra.

Tirado de "As Crises de Cristo".

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

NOVA HIERARQUIA NA IGREJA (você já viu isso ?)

AS NOVAS LOUCURAS DO "PAITRIARCA" (EX-"PAIPÓSTOLO") RENÊ TERRA NOVA

Por Danilo Fernandes e Hermes Fernandes
Adaptado por Artur Eduardo

A WEB cristã se escandalizou com o último delírio de Renê Terra Nova. Cercado de pompa e circunstância o já apóstolo da visão celular foi proclamado patriarca por vários líderes – ligados ao Ministério Internacional da Restauração – dando conta que a sua “unção” é a mesma dada por Deus a Abraão, o que pode ser conferido em seu próprio site (1). Esta unção foi inicialmente referendada em um “ato profético” realizado no final de 2009 por Morris Cerrullo (2). Desde então, Terra Nova deixou de assinar “apóstolo” e passou a se auto proclamar PAIpóstolo e, agora, patriarca. Ou seja: Temos um Papa Gospel!

Genizah faz uma radiografia do movimento celular brasileiro, em especial o MIR. Apresenta os meandros e técnicas de captação de membros, refuta as doutrinas espúrias do modelo dos 12 e defende a tese de que, por trás das práticas de idolatria geográfica e das mudanças na hierarquia eclesiástica, não há tão somente vaidade ou ignorância bíblica, mas a montagem de um arcabouço de gestão. Tal estrutura, em conjunto com o dogma da infalibilidade patriarcal, estabelecido recentemente por Terra Nova, e as campanhas de HONRA e FIDELIDADE ao “pai da visão”, garantem o controle financeiro e político sobre a dispersa, mas imensa estrutura da nação celular nacional.



O movimento G12 tem sido acusado de práticas absolutamente anti-bíblicas, em especial, função dos ventos de doutrina e modismos criados a partir de meras ilustrações vetero-testamentárias retiradas de seu contexto.

Contudo, antes de prosseguir, gostaríamos de fazer dois parênteses:

(1) Percebam que não generalizamos a crítica ao modelo ou as pessoas envolvidas, mas às práticas perniciosas vistas em alguns movimentos neste formato.

(2) Que fique claro que o foco da nossa crítica à estrutura celular não é em função da existência de grupos pequenos, ao contrário. Reconhecemos a importância de uma congregação baseada em grupos pequenos.

Entretanto, entendemos que os grupos pequenos são apenas satélites, não se pode transferir para as células a condução do discipulado e as bases doutrinárias da congregação. A nós, preocupa ver pessoas despreparadas assumindo um papel de liderança espiritual e doutrinária que caberia somente a um líder preparado, pastor aprovado e avaliado por anciões, como ocorre em uma congregação tradicional onde é dado o tempo necessário à formação de um líder de pessoas.

Diferentemente de um grupo pequeno de uma congregação tradicional, cujos objetivos são aumentar a comunhão dos membros, fortalecer os irmãos na fé, acompanhar neófitos e encorajar o estudo da Palavra; a estrutura celular assume papeis que caberiam às lideranças preparadas e o fazem no intuito primeiro de crescimento, não de fundamentação.

Sem a devida formação, ficam as células e seus líderes sujeitos a todo vento de doutrina, não são tendas fundadas na rocha, mas grupos frágeis emocionalmente dependentes de experiências sensoriais vividas em congressos e encontros periódicos, onde a sã doutrina passa longe. Ou seja, são cegos guiando outros cegos. Muitas igrejas saudáveis, ao aderirem ao tal “movimento”, acabaram divididas, comprovando que as células produzidas tornaram-se potencialmente cancerígenas.

No Brasil, não são poucas as ocorrências de claro sincretismo com práticas ocultistas, numerologia, candomblé e outras práticas disfarçadas sob uma “nomenclatura” pretensamente bíblica, mas que não encontra respaldo na Palavra e provoca um verdadeiro abismo entre suas práticas bizarras e a sã doutrina. Dados a realizar atos proféticos em profusão, destes que demarcam território com urina, atiram pétalas de rosas ungidas de helicóptero, ou realizam performances teatrais que lembram aquelas vistas em filmes de Hollywood simulando cortes de reis da antiguidade, os g12zistas são reconhecidos rapidamente pelo seu linguajar peculiar.

Seus encontros são famosos pelo uso de diversas práticas e jogos psicológicos envolvendo exposição humilhante dos novos participantes a técnicas de lavagem cerebral visando desestabilizá-los e torná-los susceptíveis ao processo de adesão ao grupo, tudo realizado em isolamento, horários maçantes e clima de constante pressão emocional.

Há muito material tratando destes aspectos de alguns movimentos de visão celular e de suas heresias. Nosso objetivo neste artigo é tratar de certos aspectos organizacionais do movimento no Brasil e defender a tese de que certas práticas, incluindo as recentes mudanças na hierarquia eclesiástica evangélica não têm base doutrinária (e nem mesmo são atos apenas de vaidade, como o supracitado caso do “patriarca”), mas são, simplesmente, a implantação de instrumentos de gestão financeira e política.

E tome encontros! E tome penas nos cocares dos caciques!

Quem vê filme de bang-bang sabe que quanto mais pena tem o índio no cocar, mas ele manda na tribo. Com uma estrutura que cria células (e caciques de células) em alta velocidade, botar ordem nesta tribo não é fácil. Mais do que isto, ao contrário dos grandes líderes de denominações com estrutura tradicional, o cacique manda-chuva da visão celular não conta com a mesma facilidade de arrecadação financeira e, função da distância das bases, fica mais sujeito ao sabor das disputas políticas e dos motins dos pequenos caciques.


Atos proféticos são a "alegria" dos encontros. Este aqui era para São Jorge, risos.


Com tantos índios de cocar e muito dinheiro circulando – veja que a arrecadação é alta, a doutrina é fundamentada na teologia da prosperidade e não há os custos tradicionais com obras, luz, aluguel, obreiros, etc. das congregações tradicionais – a gestão política é um caminhar no fio de navalha e gestão financeira... bem; tome taxa de evento ungido!

Congresso disto, encontro daquilo, caravana sabe-lá-pra-onde, esta é forma dos escalões superiores cobrarem das células a sua receita. Crescendo ao ritmo daqueles esquemas de pirâmides, cada encontro local, da região, da cidade, estado, nacional, internacional, vai ficando cada vez mais “tremendo” e enchendo os bolsos do cacique com mais pena.


Ninguém quer ser servo! Torpe ganância!

Bem disse Pedro, que embora apóstolo com pedigree, contentava-se em ser chamado “presbítero”: “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas. Para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe.2:3). Não quero estar por perto quando o juízo de Deus descer arretado no lombo desses pseudo-qualquer-coisa. Que bom seria se os pastores que se colocam sob sua "cobertura" atentassem para as palavras de Pedro, e percebessem a encrenca na qual estão se metendo. Se ainda há alguns sinceros, entre os milhares de ávidos por títulos e lucros, é a eles que o apóstolo endereça sua advertência: “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade; não como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe.5:2-3).


Logo o leitor começa a perceber que a criação e distribuição de honrarias e títulos hierárquicos são estratégias necessárias a manutenção da ordem nesta nação. A FIDELIDADE é um dogma! E como a palavra HONRA é repetida nos discursos de Renê Terra Nova. Ser “legítimo” é ser aprovado pelo cacique e, a este, se deve fidelidade. A “honra” é dada ao fiel e ao pai da visão. O que ninguém consegue explicar é a razão pela qual o auto-aclamado patriarca se esquece de dar honra ao verdadeiro idealizador do modelo gedozista, o colombiano Cesar Castellanos, de quem, após aprender o pulo do gato, veio a separar-se em Março de 2005. O princípio protestante de que TODA HONRA e TODA a Glória devam ser atribuídas exclusivamente a Cristo, não faz parte do discurso de Terra Nova:

Filhos, os nossos Congressos estão crescendo na maturidade e adesão de novas lideranças. Estamos vivendo momentos singulares, pois a Visão chegou em um nível de consolidação que está atraindo os novos Filhos e os Filhos Legítimos estão mais sedimentados no propósito que antes.

Vamos consolidar com saúde os novatos, mantendo o testemunho da Honra ao nosso Líder. [...] Quero deixar claro aos Fiéis discípulos, Filhos Legítimos, possuidores do DNA da Honra que são de uma linhagem inegociável, que meu coração está pleno de alegria, pois tenho visto a Mão do Poderoso Deus nos dirigindo para coisas maiores. Tenho conhecido uma demanda de fidelidade em discípulos que jamais esperava que Deus fosse nos agraciar com tamanha medida.

A fim de assegurar para si o controle da nação e evitar a rebeldia de líderes regionais, o que já ocorreu diversas vezes, os líderes tomaram para si a aprovação dos líderes locais e o senhor Terra Nova tratou de, reiteradamente, conceder novos títulos aos líderes regionais, organizando macro e micro áreas de influência, o que o levou a conceder no ano passado o título de apóstolo aos líderes regionais, dando um upgrade no topo da hierarquia evangélica nacional, criando para si, a principio, o título de PAIpóstolo (o pai dos apóstolos) e, não lhe parecendo bastante, arvora para si o título ainda mais eloqüente: Patriarca, tal qual Abraão.

A infabilidade do patriarca

De que vale um título de patriarca sem todo o poder que este pode oferecer? O patriarca da igreja católica, o papa, conta com o dogma da infalibilidade que afirma ser o mesmo, em comunhão com o Sagrado Magistério, quando delibera e define solenemente algo em matéria de fé ou moral, ex cathedra, estar sempre correto. Pois não é que o senhor Renê Terra Nova defende para si o mesmo poder, veja o que disse em seu site:

Na Palavra principal desta manhã, o Apóstolo Renê Terra Nova falou sobre a responsabilidade que o líder da Visão Celular tem em preservar a identidade do Grande Eu Sou. Lembrou que o nome de uma pessoa é o bom tesouro que deve ser preservado. Para isso, no entanto, o líder deve em primeiro lugar conhecer a identidade do Grande Eu Sou, que fará toda diferença na sua vida, deixando de lado a exaltação pessoal. “Nunca um líder deve questionar a identidade do Grande Eu Sou. Todos os que fizeram isso, acabaram provando a morte física e espiritual, com o exemplo de Faraó, no Egito”.



Em segundo lugar, lembrou o Ap. Renê Terra Nova, o líder deve preservar a identidade do seu líder. Ele nunca deve questionar a identidade de seu mentor, a identidade de sua liderança. No dia em que João Batista fez isso, perdeu a cabeça. Ele que havia preparado o caminho de Jesus, que era primo de Jesus, mas que perdeu o legado da identidade de Jesus, quando entrou na rota da suspeita da identidade de seu líder. “Herodes questionou a identidade de Jesus e foi comido por bichos. João Batista questionou a identidade de seu líder Jesus e por isso perdeu a cabeça. Todo aquele que duvida da identidade do líder perde a legitimidade e o legado da liderança de Jesus”, disse o Apóstolo.



Que bela "exejegue"! Alguém já ouviu tamanho absurdo relativo ao profeta João Batista? O que o levou a perder a cabeça foi sua fidelidade para com o exercício de sua chamada, não negociando com a verdade.

Idolatria Geográfica

Encarrapitado no extremo norte do país, Terra Nova sabe que são limitadas as oportunidades de seu rebanho disperso visitar seu luxuoso templo em Manaus, a geografia não ajuda. Apesar disto, realiza ali alguns encontros cercados de meandros faraônicos e usa de forte pressão sobre os seus líderes regionais para trazer membros para as fanfarras gospel.


Mas são as viagens proféticas as grandes receitas do grande líder, que reciclou diversas festas do judaísmo vetero-testamentário e, mesmo do atual, de maneira a encher a “embaixada da visão” em Israel, para alegria dos vendedores de badulaques da baixa Jerusalém...


Comemorar Purim, Festa dos Tabernáculos, ano-novo judaico, Chanucá, etc. pode até parecer doutrina judaizante da parte deste senhor, e é. Mas o propósito maior é reunir o seu rebanho disperso para ouvir de “sua boca ungida de patriarca” a última visão dada por “deus” ao iluminado e garantir uma receita forte nas comissões das caravanas e nas ofertas alçadas em profetadas memoráveis.


Ei, você ai! Me dá uma oferta ai! Me dá uma oferta ai!


Será que o untado patriarca jamais leu Gálatas? Nunca lhe disseram que a Jerusalém atual é escrava juntamente com seus filhos, e que a Jerusalém que é de cima, da qual somos filhos, é livre? (Gl.4:25-26). Se ele não sabe disso, não serve para liderar. Se sabe, mas prefere manter o povo na ignorância, servindo-se da mesma, ele não presta nem pra ser cristão.

Percebam que estes encontros são necessidades vitais na gestão do negócio, contudo se não há o contexto mágico / espiritual da idolatria geográfica é muito mais difícil forçar uma adesão em massa. Sendo assim, práticas de “tomada de território para Jesus” e atos proféticos dependentes da energia dos locais “santos” são fundamentais para o alimento infantil dos membros deste grupo. (1Co 13:11). São viagens a Israel, Jordânia, Egito, Coréia (Vai saber o porquê!) e, a cada ano, uma visão nova dada pelo patriarca. E tome sacolinha subindo com ofertas da base para o topo da pirâmide da nação em ritmo acelerado!


Costuram o véu que Cristo rasgou! Sacerdotes, arcas, shofares e outras palhaçadas!



O acarajé de Jesus

A última tacada estratégica do Sr. Terra Nova foi estabelecer no Brasil um centro de peregrinação, mais viável econômica e logisticamente função de uma nação continental. Para tanto, era necessário criar uma falácia espiritual capaz de sustentar o engodo profético.


Neste intuito, há três anos Terra Nova colocou 800 “profeteiros” em escunas e redescobriu o Brasil em Porto Seguro, tomando posse espiritual no país para a visão celular: Uma bela conversa fiada que cria a atmosfera espiritual perfeita para a “Sião” brasileira, que não por acaso, é um destino: (1) central, (2) com super estrutura hoteleira – normalmente pouco ocupada na época do evento de Renê; e (3) conta com a milha aérea mais barata do país, função da profusão de vôos charter. Resumo da Ópera Gospel: Ali a “visão” criou uma espécie de PARINTINS GOSPEL, que a cada ano vem crescendo em gigantismo e bizarrice.



O apóstolo colabora com a mancha de óleo do golfo e unge o mar da Bahia para que não falte atum em óleo nos supermercados da nação.


Porto “Sião” Seguro, um evento feito na medida para atender a todo bolso da visão celular e garantir uma arrecadação milionária aos líderes, veja trecho da carta de Terra Nova sobre o assunto:

O que nos fortalecerá para esse êxito é a FIDELIDADE dos nossos Líderes, que são nossos representantes e que deverão, no ofício do chamado, fazer as convocações regionais ou ministrar nos Congressos acerca de Sião e da nossa aliança. Isso honrará o BRASIL como nação que visita e impacta Israel dentro do território, como equipes e não como isolados, pois a força de uma conquista é a UNIDADE.
Bem, também estamos esperando as inscrições para Porto Seguro, pois sabemos que neste ano de 2010 haverá uma explosão de fiéis que estarão dentro do nosso território profético, selando o melhor momento da História da Nação, a consolidação da Conquista da Terra. Não posso imaginar a hora deste momento histórico, pois foi gerado com muita guerra e Deus estará nos honrando de forma Sobrenatural. É CHEGADO O REINO DE DEUS NA NOSSA NAÇÃO.
Temos, portanto, as comissões de passagens, hospedagem, venda quinquilharias e os ingressos das festas que são caríssimos. Mas não fica ai. Há sempre uma unção nova a ser vendida aos participantes. No vídeo humorístico a seguir, vemos a unção da MULTIPLICAÇÃO que foi vendido por “milzinho” e jogada ao povo, como Chacrinha fazia com bacalhau...






E pensar que o próprio Senhor Jesus, ainda antes de sua derradeira ida a Jerusalém (quando se encontrou com a mulher samaritana no poço de Jacó), decretou o fim das peregrinações a templos e “locais sagrados” objetivando cumprir obrigações religiosas ou para “estar” com Deus (Jo.4:21-24).

Não temos nada contra viagens de cunho cultural a Israel e outros locais. É mesmo especial poder visitar os locais onde acontecimentos tão marcantes ocorreram. Contudo, não é esta a prática da “visão”, mas os atos proféticos, a idolatria geográfica, a insanidade que costura o Véu que Jesus rasgou e ressuscita os sacerdotes do templo e seus vendilhões, até mesmo onde nunca existiram, como nas paradisíacas praias da Bahia.

Dono de uma unção tão especial que o faz representante do “Eterno” na terra e o tem permitido conversar até com o próprio demônio (3), como o próprio afirma em matéria listada a seguir, Renê Terra Nova se consolida como o líder inquestionável de um movimento que, a cada dia, se separa mais e mais do cristianismo enquanto realiza um dos maiores estragos já feitos na Igreja Brasileira. Um homem que hoje assina sua cartas aos “filhos” assim:


PAItriarca, 24 horas gerando a Visão e avivamento no espírito. Shalom!

Podem esperar. A coisa não fica por ai! Enquanto houver cego o Terra Nova vai deitar e rolar!


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No amor de CRISTO nosso comum SALVADOR e SENHOR,

Valter